Rede municipal

Fotos: Nosso Jornal

Presidente Venceslau
ALUNOS ENCONTRAM ESCOLA ABANDONADA
O Imparcial
A volta às aulas não ocorreu conforme o planejado para 35 alunos matriculados na Escola Municipal Professora Dalva Ferreira Melo, localizada no Assentamento Primavera II, no bairro Pederneiras, em Presidente Venceslau. Após o período de recesso, os estudantes, que cursam desde a pré-escola até o 5º ano do ensino fundamental, retornaram ao local na manhã de ontem e se depararam com vidros e forros quebrados, além de rachaduras e um matagal tomando conta do pátio. Ciente da situação, a prefeitura, por meio do secretário municipal de Educação e Cultura, Sebastião Erculiani, disse que, ainda ontem, destacou uma equipe para fazer a limpeza da unidade. Além disso, o chefe da pasta garantiu a abertura de uma licitação para viabilizar as obras necessárias. Moradora da localidade há 16 anos, a agricultora Dorizalva Mundin, 44, relata a situação que encontrou a escola ontem, ao deixar a filha de seis anos para estudar. “Começaram as aulas e não mandaram nem limpar o pátio antes. Os banheiros e bebedouros estavam todos sujos. Encontramos a cozinha com rachaduras no chão e a janela do refeitório quebrada. Tanto que os professores tiveram que colocar um saco preto para segurar o vento”, comenta a agricultora. A reclamação é recorrente por parte dos moradores do Assentamento Primavera II. Em 6 de março deste ano, inclusive, o tema foi pauta de uma matéria veiculada em O Imparcial. Na época, a população alegava os mesmos problemas, bem como questionava ainda a qualidade do ensino e a falta de merenda e de funcionários. “Desde que foi inaugurada, a escola nunca passou por reformas. Está bem depredada e com buracos no teto e nas janelas. É uma pena, pois a educação é o alicerce dessas crianças. Que tipo de adultos elas se tornarão com uma educação dessa qualidade?”, questiona Mundin.

Prazos
Outra reclamação citada pela agricultora é com relação a uma piscina localizada no terreno da unidade escolar. De acordo com ela, em reunião realizada em 29 de fevereiro deste ano, ficou acordado que a administração municipal iria cercar o local, para evitar acidentes e a proliferação de insetos, haja vista que a piscina estava desativada. No entanto, no retorno às aulas, os alunos encontraram a mesma aterrada. Na mesma reunião, ainda conforme Mundin, a administração municipal se comprometeu em resolver os problemas apontados pela população por meio das reformas necessárias. “Ficamos entregues às promessas. A sensação para mim é que não mudou nada e não deve mudar. Anteriormente, já foi estipulado um prazo e não foi feito nada, então eu desacredito em uma solução imediata”, lamenta.

Reformas
Por meio da Assessoria de Imprensa e do secretário Sebastião Erculiani, a prefeitura afirmou que a limpeza da unidade teve início ainda ontem. De acordo com o chefe da Educação, nos próximos dias, a administração municipal deverá abrir ainda um processo licitatório para viabilizar as reformas necessárias no local. “Temos uma verba de R$ 29,7 mil disponibilizada para a escola. Nos próximos 20 dias devemos agilizar a licitação e dar início às obras”, garante o secretário. Com relação à piscina, o setor de comunicação da prefeitura cita que “o aterramento da mesma foi definido por meio de votação com os moradores, em virtude dos riscos que ela trazia para as crianças”. Além disso, o poder Executivo salienta que as reclamações anteriores, envolvendo a qualidade do ensino e da merenda já teriam sido sanadas. “Estamos com três professores efetivos, e a merenda é a mesma que servimos em toda a rede de ensino”, finaliza.

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Selma Calçados