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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Especiais


Autismo: há como evitá-lo?


O Autismo é uma condição complexa que tem aumentado de forma significativa: cerca de 80% em 5 anos. Precisamos ter mais consciência e melhor identificação, pois os fatores ligados ao problema são típicos do ambiente do mundo moderno em que vivemos, com desvios nutricionais causados por uma alimentação processada, comprometimento da ecologia intestinal e alta carga de tóxicos. Tudo isso deve ser corrigido e prevenido, não só nas crianças, mas nos pais, antes e durante a gravidez… no mínimo!

Fatores no desenvolvimento do problema

Esta é uma condição com múltiplos fatores e vamos abordá-los passo a passo.

A ciência tem mostrado que os nossos genes respondem constante e dinamicamente ao ambiente, o que significa que tudo com o que você entra em contato ou ingere pode estar induzindo o Autismo, uma somatória de tóxicos que pode ser a causadora dessa disfunção cerebral. Portanto, devemos reduzir toda exposição tóxica e melhorar a nutrição.

Fatores ambientais

São diversos os fatores que podem ter origem em ambientes internos e externos.Vamos listar os mais importantes:

Campos eletromagnéticos

A radiação eletromagnética de telefones celulares, torres de telefonia celular, aparelhos wi-fi e outros aparelhos sem fio podem estar influindo em fatores genéticos, tornando-se aceleradores de Autismo. Segundo o Dr. Dietrich Klinghardt, uma mulher exposta a campos eletromagnéticos durante a gravidez, dormindo em ambientes com essa exposição forte, possivelmente terá um filho que apresentará alterações neurológicas dentro dos 2 primeiros anos de vida, como hiperatividade, disfunção neurológica e distúrbios do aprendizado.

Um estudo, publicado em 2007 pelo Journal of the Australian College of Nutrition & Enviromental Medicine, observou crianças com Autismo durante5 anos. Chegou-se à conclusão que os campos eletromagnéticos afetam desfavoravelmente as membranas celulares, permitindo que cargas tóxicas de metais pesados, associados ao Autismo, se acumulem.

Mercúrio

É um metal que está associado com o problema, e a exposição a ele pode causar disfunções sensoriais neurológicas, motoras, comportamentais e imunológicas, bem compatíveis com as apresentadas por crianças autistas.Suas fontes de contaminação são basicamente pela queima de combustível fóssil, uso de amálgama dentário e vacinas.

Ftalatos

Esse é um exemplo de xenoestrogênio, com mais uma das suas influências negativas. Ele promove uma alteração hormonal não só nas crianças pequenas, mas também naquelas que ainda estão no ventre da mãe. Segundo estudos, crianças que viveram em ambientes com assoalho de vinil tinham 2 vezes mais probabilidade de ter Autismo 5 anos depois, em comparação com crianças que viveram em ambientes com assoalho de madeira.

Os assoalhos de vinil liberam ftalatos, substâncias usadas para diminuir a rigidez dos plásticos, empregadas também em perfumes, garrafas de plástico, cosméticos, lubrificantes, cortinas de chuveiro, vernizes etc.

Deficiência de vitamina D

No desenvolvimento fetal, precocemente os tecidos cerebrais apresentam grande quantidade de receptores da vitamina D, responsável pelo crescimento dos nervos no seu cérebro.E é sabido que a deficiência de vitamina D em mulheres grávidas tem uma correlação importante com predisposição ao Autismo.

Disbiose Intestinal

A criança com flora intestinal anormal, herdada da mãe e/ou do pai, apresenta altíssima toxicidade intestinal e cerebral.Essa situação reflete-se em todo o corpo e em especial no cérebro, comprometendo as funções normais e de processamento das informações sensoriais.Segundo a neurologista Dra. Natasha Campbell-McBride, que curou seu próprio filho de Autismo usando um tratamento natural, com mudança de dieta e desintoxicação, os motivos que levam a essa alteração e danificação de flora intestinal são: mães com dieta com muito alimento processado, uso de pílula anticoncepcional, excesso de açúcar, água clorada e alto estresse,condições que são transferidas aos filhos.

No caso dos filhos, além do erro alimentar, é importante ressaltar que grande porcentagem de crianças autistas foi alimentada por mamadeira. O leite materno é o mais importante, e não pode ser substituído. Fazer isso acaba expondo as crianças ao leite pasteurizado, altamente contra-indicado nesses casos, ou até pior: leite de soja, um fitoestrogênio. Além disso, a mamadeira feita de plástico contém bisfenol e ftalatos, ambos xenoestrógenos. Portanto, esses fatores do mundo moderno criaram muitas mulheres jovens que têm a flora intestinal bem alterada, o que trouxe prejuízos quando chegou o momento de terem filhos.

Desintoxicar antes de ter filhos: dica valiosa

Fica aqui o conselho: as jovens, antes de terem os filhos, devem fazer uma boa avaliação e correção de flora intestinal, assim como desintoxicação de metais tóxicos. Esses metais passam pela barreira placentária e podem comprometer o cérebro do bebê, pois até os 2 anos de idade a barreira hematoencefálica não está completamente fechada. Lembre-se: os metais tóxicos têm maior afinidade por tecido gorduroso, e o cérebro é 70% gordura.

Vacinas

A vacinação pode ser uma sobrecarga tóxica, como se fosse a gota d’água para o aparecimento do problema. Se não for, pode muito bem colocar a criança bem mais próxima do risco. Praticamente todas as crianças com microflora intestinal comprometida estão sujeitas a isso e NÃO devem ser vacinadas enquanto não se resolve esse problema.Numa revisão de estudos publicados desde 1943 sobre Autismo, há numerosos casos descritos de eclosão do Autismo por encefalite pós-vacinação.

Portanto, é necessário identificar o problema da alteração da microflora intestinal nas primeiras semanas de vida do bebê, além de um histórico médico completo dos pais sobre hábitos alimentares e intestinais.Além disso, é importante analisar as fezes do bebê já nos primeiros dias de vida para avaliar sua flora intestinal.Caso o seu bebê tenha a microflora intestinal normal, a possibilidade de desenvolver Autismo fica bem reduzida.

Estratégias preventivas

  • Deve-se, além de corrigir as alterações mencionadas anteriormente, pensar em fatores ambientais como:
  • diminuir o contato e a carga de tóxicos, evitando,ao máximo, substâncias químicas perigosas;
  • consumir alimentos orgânicos, dentro do possível. Eliminar os alimentos processados, transgênicos e adoçantes artificiais;
  • reduzir o campo eletromagnético, especialmente no quarto de dormir;
  • evitar leite pasteurizado, algo importantíssimo neste caso. Devem-se evitar todos os derivados de leite.
  • eliminar açúcar, frutose, sucos e refrigerantes;
  • eliminar grãos e amido;
  • procurar aumentar a exposição ao sol.

Por fim, devemos ter a consciência que o mundo em que vivemos atualmente é muito agredido e com alta exposição a tóxicos de diversas origens, associados a uma alimentação refinada, industrializada, com transgênicos e com muita proteína de animais confinados. Portanto, aconselho sempre ter em mente que é preciso fazer programas de desintoxicação e reposição nutricional personalizada, para melhor enfrentar essas adversidades. O mundo moderno tem seus problemas, mas também temos a possibilidade de combatê-los e manter a nossa saúde!

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Canto do Olho

sábado, 5 de dezembro de 2015

Estética


Nunca e em hipótese alguma coloque isso na sua pele!


Você sabia que 1 entre 5 cosméticos está contaminado com substâncias indutoras de câncer?

Cada vez mais produtos de uso diário, também conhecidos como personal care, têm se transformado em uma indústria bilionária no Brasil. E isso acontece certamente pela sedução aos produtos com aromas intoxicantes e promessas espalhafatosas como, por exemplo, a de conseguir a juventude eterna.

Mas qual é o custo real de se aplicar esses produtos em seu corpo?

Se eu lhe disser que os seus produtos de uso pessoal podem estar colocando em risco o seu cabelo, a sua pele, o seu sistema imunológico, seus olhos e até mesmo aumento a possibilidade de que você desenvolva câncer, você vai prestar mais atenção nos ingredientes dos produtos? Pois deveria!

Estamos começando a nos habituar a prestar mais atenção ao rótulo dos alimentos que estamos consumindo, mas, infelizmente, ainda não temos o mesmo cuidado com os cosméticos. Já está mais do que na hora de tornarmos esse cuidado parte da nossa rotina de compras. Não acha?

Saiba que o que você passa em sua pele pode ser muito mais perigoso do que o que você está comendo!

Utilizar determinados produtos químicos em sua pele ou até mesmo no couro cabeludo pode na verdade ser bem pior do que ingeri-los. Quando você come algo, as enzimas da saliva e do estômago ajudam a degradar e eliminar esses químicos do seu corpo. Entretanto, quando você põe esses químicos na sua pele, eles são absorvidos diretamente pela corrente sanguínea sem nenhuma filtragem, indo para os seus delicados órgãos.

Uma vez que esses químicos encontram um caminho no seu corpo, eles tendem a se acumular no transcorrer do tempo porque você não tem as enzimas necessárias para degradar esses elementos.

Há centenas de químicos usados em produtos de uso pessoal, muitas vezes sem testes comprobatórios avaliados antes de serem colocados no mercado.

Segundo o Environmental Working Group estima-se que 1 entre 5 cosméticos pode estar contaminado com agentes causadores de câncer.

Mas, por que se preocupar tanto com a pele?

Antes de responder a essa pergunta vamos a uma curiosidade. Você sabia que a pele é o maior órgão do nosso organismo? Acho que isso já diz alguma coisa, correto?

Talvez você não esteja consciente de todas as ações protetoras que a pele desempenha em seu corpo. Sendo assim, faço questão de apresentá-las a você. Vamos lá:

– ajuda a manter a temperatura corpórea controlando o aquecimento entre você e o ambiente;
– ajuda a eliminar detritos através da transpiração;
– ajuda o seu sistema imunológico a protegê-lo contra vírus e bactérias ruins, evitando infecções;
– envia feedback sensorial para o seu cérebro, pois é rica em receptores como macio/duro, quente/frio, e assim você reage às condições perigosas à sua volta;
– fornece habitat adequado para bactérias boas, mantendo o seu delicado equilíbrio líquido;
– produz vitamina D fundamental para a sua saúde;
– protege os órgãos internos contra agressões e infecções, sendo a nossa defesa mais importante.

Entenda que a sua pele é vital para a manutenção da sua saúde. Como sua pele tem a habilidade de absorver muito do que você coloca sobre ela informar-se sobre o produto que você está utilizando já é um bom caminho para se ter uma ótima saúde.

Você deve dar a sua pele o mesmo cuidado que dá a sua alimentação, porque muito do que se passa sobre ela, vai para diretamente para o seu organismo.

Então, como escolher os cosméticos?

Não existe uma regulamentação para produtos de beleza e qualquer um pode dizer que é natural ou orgânico. Isso não obrigatoriamente quer dizer que realmente são naturais ou orgânicos, ou muitas vezes contém uma simples porcentagem de ingredientes orgânicos.

Algumas marcas simplesmente usam ingredientes derivados de fontes naturais, mas são altamente processados e contém compostos sintéticos e derivados petroquímicos.

Ao adquirir um cosmético avalie se alguma das substâncias abaixo está contida em seu uso diário.

– Para Benzeno: Muito usado como preservativo pela indústria cosmética.
Os estudos o correlacionam com o câncer por mimetizar estrógeno (desequilibrar os hormônios) e alterar o sistema endócrino.

– Óleo Mineral, Parafina e Petrolatum: Esses derivados de petróleo comprometem a pele como um plástico obstruindo os poros e criando um ambiente que promove o aumento de toxinas. Pode desacelerar o desenvolvimento celular, criando sinais precoces de envelhecimento. Além disso, promovem desequilíbrio hormonal e está em investigação por suspeita de gerar câncer.

– Laureato de Sódio: É encontrado em 90% dos produtos de higiene pessoal. Ele lesa a barreira de hidratação da pele, levando a ressecamento e envelhecimento precoce. Como penetra facilmente na pele, pode permitir que outros químicos também tenham acesso facilmente. O laureato de sódio combina-se com outros químicos e se transforma em uma nitrosamina, um potente cancerígeno.

– Acrelamida: Encontrado em diversos cremes faciais. Está correlacionado com tumores mamários.

– Propilenoglicol: Hidratante de cosmético comum e carreador de fragrância em óleo. Pode causar dermatites e irritação de pele e inibe o crescimento celular. Está correlacionado com problemas renais e hepáticos.

– Ácido Carbólico Fenol: Encontrado em diversas loções e cremes para a pele. Pode causar colapso circulatório, paralisia, convulsões e até mesmo coma.

– Dioxano: Muito comum em produtos de higiene pessoal, ele normalmente é escondido em ingredientes como PEG, polissorbatos, laureato, álcool ethoxylato. Frequentemente esses químicos estão contaminados com altas concentrações de compostos voláteis, como o 1,4 – dioxano, que é facilmente absorvível pela pele. Essa substância foi confirmada como cancerígenos desde 1978 pelo Instituto Nacional do Câncer.

– Tolueno: Derivado do petróleo e alcatrão de carvão esse elemento é encontrado em muitas fragrâncias sintéticas. Exposição crônica, correlacionado com anemia, dano hepático e renal. Pode afetar o desenvolvimento do feto.

Portanto, esteja consciente do que possa estar usando em sua pele e procure o melhor para a sua saúde com produtos realmente naturais, reais, e sem componentes sintéticos.

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Casa Dias

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Especiais


Poluição de interiores: o perigo dentro da sua casa


Se alguém fala em poluição, você logo imagina a fumaça das chaminés das fábricas e o lixo jogado nos rios, só para citar dois exemplos. Mas, muitas vezes, nos esquecemos que a poluição está também dentro de nossas casas!

A poluição de interiores, ou seja, os agressores que se encontram dentro de casa, são de 8 a 10 vezes mais responsáveis por doenças crônicas em pessoas suscetíveis do que a poluição externa. Dentro de um ambiente estamos sob constante exposição advinda de diversas fontes, ao passo que ficamos expostos à poluição externa somente 10% do tempo de nossa vida – uma exposição intermitente a produtos e de fontes limitadas.

Os poluentes de interiores de maior importância são:

  • Pesticidas: inseticidas, herbicidas.
  • Produtos para combustão: gás e produtos derivados do tabaco.
  • Produtos de construção: derivados de formaldeído, carpetes, azulejos, pisos, tinta de parede, móveis imitando madeira etc.
  • Solventes orgânicos: encontrados em pinturas, mobílias, tecidos, produtos de lavanderia para limpeza a seco, amaciantes e engomadores, xampu de tapetes, cola de móveis.

Em relação à poluição de ambientes, temos mais quatro itens de importância secundária:

  • Cosméticos e produtos de banheiro: perfumes, desodorantes, xampu, condicionador, tinturas.
  • Plásticos.
  • Produtos de limpeza: sabões, polidores, detergentes, limpa-vidros, desodorizadores de ambientes etc.
  • Material usado para confecção: em tapetes, roupas sintéticas, colchões e edredons, sapatos e estofados etc.

Para que se desencadeie alguma sensibilidade química importante, é necessária a presença de alguns fatores: sua ação negativa depende do tempo e frequência de uso e da toxicidade do produto. Esses produtos podem ser absorvidos de três formas pelo nosso organismo: inalados, ingeridos ou absorvidos pela pele. Quando absorvidos, tem afinidade maior por estruturas lipídicas que são mais vulneráveis aos produtos químicos, como é o caso das células do cérebro (o cérebro é o órgão mais gorduroso do corpo) e do sistema nervoso, principalmente. Tanto é que a membrana celular é uma estrutura lipídica altamente vulnerável a esses elementos, permitindo sua entrada e provocando alterações no metabolismo celular (o cérebro é o principal alvo).

Sintomas mais comuns da exposição a estes xenobióticos ou agentes tóxicos são: depressão, fadiga, memória diminuída, falta de concentração, ideias dispersas, dor de cabeça, sensação espacial ou aérea, tonturas, confusão mental, irritação nos olhos e garganta, laringite, tosse crônica, asma, bronquite, palpitações, erupção de pele e outros sintomas. Muitas vezes o sistema orgânico tem uma ação suicida: para poder eliminar elementos químicos, destrói partes metabólicas próprias.

A desintoxicação natural do nosso organismo pode ser prejudicada ou bloqueada por:

  • Deficiências vitamínicas, de minerais, de aminoácidos, de ácidos graxos essenciais.
  • Agentes químicos estranhos ao nosso organismo, que este não consegue eliminar.
  • Enzimas envenenadas por metais tóxicos, como alumínio, mercúrio, cádmio e chumbo.
  • Fatores genéticos (falta de enzimas).

Poluição de exteriores

Metais pesados, como chumbo, mercúrio e alumínio estão cada vez mais se tornando presentes no nosso meio ambiente. Nunca deveríamos ter esses metais no nosso corpo, pois como não temos condições de eliminá-los de forma eficiente, eles geram sérios problemas à nossa saúde. Eles impedem o normal funcionamento celular, causando enfraquecimento do sistema imunológico, envelhecimento precoce e aparecimento de doenças degenerativas.

Por isso, hoje devemos estar conscientes desse problema, procurando o modo ideal de medir a existência desses metais no ar, na água e no nosso alimento. Precisamos aprender mais sobre como nos contaminamos com eles para agirmos de forma preventiva, evitando excessiva exposição e acúmulo, e fazendo programas de desintoxicação periódicos para que se mantenha o menor nível desses metais nas células. A melhor forma de avaliar a presença e o acúmulo de metais tóxicos no organismo é a análise de cabelo (mineralograma). Fique de olho!

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Canto do Olho

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Saúde


O que pode estar por trás da síndrome de pernas inquietas


Você conhece alguém assim – ou, quem sabe, até mesmo você sofra com essa situação. É a síndrome das pernas inquietas, uma queixa que aparece com certa frequência e que normalmente deixa os pacientes sem saber o que fazer. Eles não conseguem achar uma solução para isso, mesmo após terem se consultado com vários médicos.

Eu sei como é frustrante quando alguém perde preciosas horas de sono, noite após noite, entrando em exaustão e irritabilidade, e sem sucesso terapêutico. Tenho tratado muitos pacientes com esse problema, e sempre a minha investigação começa com:

1 – Checar deficiência de minerais

Em especial, deve-se checar o magnésio, que é crucial para a atividade dos músculos e nervos, além de precursor de neurotransmissores como a serotonina. Ele também tem outras funções, como gerar energia ativando o ATP, colaborando na digestão de carboidratos, gorduras, proteínas etc. Poucas pessoas conseguem ter nível adequado de magnésio atualmente. Estamos utilizando o cálcio em excesso por causa de alimentos enriquecidos, principalmente pela preocupação com a osteoporose. Com isso, acabamos desequilibrando a proporção entre esses dois minerais.

Mesmo assim, estatisticamente, a osteoporose aumentou 700% nos últimos 10 anos. Possivelmente pelo fato dessa desproporção de minerais ser um fator agravante do quadro.

E se você tem muito cálcio e pouco magnésio, os seus músculos tendem a ter espasmos, o que poderia justificar a síndrome da perna inquieta. Além disso, aumentam os riscos para o seu coração. Portanto, preste bastante atenção na proporção cálcio:magnésio! Criou-se um mito de que precisamos de muito cálcio, sendo que muitos suplementos alimentares apresentam mais cálcio do que magnésio. Na verdade, a proporção deve ser 1 de magnésio por 1 de cálcio.

2 – Medicações

O segundo passo é sempre checar se o paciente está fazendo uso de medicações, antidepressivos, antibióticos, medicações para colesterol, analgésicos a sedativos, pois muitas delas causam a síndrome das pernas inquietas como efeito colateral. Para piorar, o uso contínuo desses remédios causa perda de magnésio, o que deixa a situação cada vez pior.

3 – Estresse

Outro fator importante é o estresse, que também causa perda de magnésio, o que aumenta a tensão nas artérias e eleva a pressão. Com isso, comumente os médicos prescrevem um diurético… e adivinha o que acontece? Você perde ainda mais magnésio! Quando no mês seguinte você vai ao médico e sua pressão continua elevada, ele prescreve um bloqueador dos canais de cálcio para melhorar a relação cálcio:magnésio, já que seu nível de cálcio acabou ficando muito alto. Seria mais simples ter usado o magnésio, que já age como bloqueador natural dos canais de cálcio, não é verdade?

4 – Problemas renais e paratormônio

Outros fatores que devem ser pesquisados são problemas renais e nível baixo de paratormônio, e é por isso que alguns médicos pedem um ultrassom de paratireoide. Caso não se resolva o problema com essas medidas, eu vou contar para você algo que é extremamente eficiente, mas que está esquecido:

Beba cerca de 100 ml de água tônica antes de deitar. Quinino, o ingrediente ativo na água tônica, costumava se usar como a medicação prescrita para a síndrome da perna inquieta, mas está fora do mercado. Provavelmente porque é natural e funciona!

E, finalmente, há uma série de remédios populares para esse problema. O mais estranho é: colocar um sabonete na cama com você! Segundo depoimentos, funciona. Mas, como sempre, quando se trata de certas técnicas populares, ninguém sabe explicar por quê!

Espero que estas informações o ajudem a encontrar a solução!

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Canto do Olho

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Especiais


Hormônio DHEA: a fonte da juventude?


O hormônio DHEA costuma ser rotulado como a fonte da juventude. Será que ele merece esse título? Hoje vou falar um pouco sobre ele e tiraremos essa dúvida!

O DHEA é um hormônio produzido pela glândula adrenal e cérebro. Nosso corpo produz DHEA em quantidades variadas conforme a faixa etária, sendo que nos primeiros anos de vida até a puberdade a sua concentração é pequena. Após isso, seu nível se eleva, atingindo o seu pico na faixa entre 20 e 40 anos. A produção declina na medida em que a idade avança.

Atualmente, os estudos mostram uma correlação do DHEA com o processo de envelhecimento, sendo que a sua suplementação (caso necessária) pode ter significantes efeitos antienvelhecimento. Alguns desses efeitos são:

  • combate da depressão;
  • redução do depósito de gordura;
  • aumento do tônus muscular;
  • melhora na função da tireoide;
  • melhora no humor;
  • combate ao câncer.

Por outro lado, baixos valores de DHEA estão associados com:

  • declínio cognitivo;
  • osteoporose;
  • libido baixa;
  • artrite reumatoide;
  • inflamação crônica;
  • diabetes – complicações;
  • queda imunológica;
  • aumento do risco de câncer.

O precursor do DHEA é o Sulfato de DHEA (DHEAS), usado na produção de outros hormônios vitais, como a testosterona por homens e o estrógeno pelas mulheres.

Relação cortisol – DHEA

A glândula adrenal, além de produzir o DHEA, produz o cortisol (hormônio do estresse). Com competição direta entre esses dois hormônios, ou seja, quando há muita produção de cortisol, especialmente em situações de estresse prolongado, há redução da produção de DHEA. Esse é um grande problema! A pessoa se sente exausta, perde de tônus muscular e aumenta o depósito de gorduras. Além disso, ocorre supressão de hormônio em geral, inflamação, queda imunológica, envelhecimento acelerado, acne, queda de cabelo, insônia e aumento de risco de câncer. Essas são condições nas quais é indicada a suplementação com DHEA.

Suplementação de DHEA

Além da estória clínica, o ideal é que se faça um teste sanguíneo ou de urina de 24h para DHEA. A suplementação deve ser feita na dosagem correta, que é diferente entre homens e mulheres, para que não haja consequências desfavoráveis, como inibição de produção de DHEA pela glândula adrenal. Portanto, a suplementação deve ser feita por períodos intercalados. Um exemplo seria suplementar mês sim, mês não.

A dosagem preconizada é de 10 a 25 mg/dia, sendo a menor para mulheres e a maior para homens. A suplementação deve sempre ser feita pela manhã, pois essa é a hora em que fisiologicamente o corpo produz o hormônio, que é excretado no final do dia. Assim como todos os outros hormônios, o ideal seria que se fizesse a suplementação de modo transdérmico, pois quando é feita por via oral sempre há perdas por metabolização hepática, aproveitando-se apenas cerca de 20%.

Então, se você está passando por exaustão física, estresse crônico, sem sensação de bem estar, ganho de peso, redução de libido, sono ruim, perda de massa muscular, humor alterado, com difícil recuperação por exercício ou estresse e quer também melhorar a sua performance física, pense na suplementação com DHEA.

Mas, atenção! Antes, não deixe de fazer exames para checar se o hormônio pode lhe ajudar. Converse com o seu médico para determinar se esse é o seu caso!

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Canto do Olho

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Alimentação


Queijo cru ou pasteurizado? Qual é o melhor para a saúde?


Dentre as muitas coisas sem fundamento que se ouve por aí, certamente você já ouviu falar que não se deve consumir queijos crus. Dizem que eles são sujos, e que por isso causam doenças. Agora, pare um pouco e reflita comigo: os queijos mais famosos da França e da Itália, por exemplo, são feitos com leite cru – uma tradição de centenas de anos que garante complexidade de gosto e textura. Sabe por quê? Por causa das bactérias boas e vivas que atuam nesse leite!

Mas para que esse queijo cru seja seguro e de qualidade, a fonte é importantíssima. As vacas devem ser criadas a pasto, pois nas criações em sistema confinado o risco de contaminação, tanto do leite quanto da carne, são maiores e não se tem a mesma garantia. A grande maioria das doenças transmitidas por alimentos nos Estados Unidos está ligada ao gado confinado e aos alimentos altamente processados, e não alimentos crus.

Na verdade, nenhum alimento é completamante seguro, mas leite e queijos crus não são mais perigosos do que alface, tomate ou outro alimento consumido normalmente, por exemplo.

Mito das gorduras

Por conter gordura saturada e colesterol, o queijo ainda é visto por muitos como indutor de obesidade e doença cardíaca. Essa afirmação é um mito e já caiu por terra. Há numerosos estudos que confirmam que a gordura saturada não está associada com doença cardíaca e obesidade; pelo contrário, afirmam que ela é um agregador de saúde. Os países aonde se consomem mais queijo, como a França, Itália e Grécia, apresentam baixas taxas de obesidade e hipertensão.

Qual é o queijo de qualidade?

Com certeza, nem todos os queijos são iguais. Há os queijos naturais e os processados.

O queijo natural é um produto simplesmente fermentado, feito com os ingredientes básicos: leite, cultura mãe, sal e coalho (enzima). Quando produzidos a partir de leite cru, esses queijos são riquíssimos em:

  • proteínas e aminoácidos de alta qualidade;
  • ômega 3 e gordura saturada boa de alta qualidade;
  • combinação de vitaminas e minerais, como cálcio, fósforo, zinco, vitamina A, B2, B12 e D. Contêm também 3 nutrientes que agem sinergicamente: vitamina D, K2 e cálcio, importantes na prevenção de doença cardiovascular, cerebral e osteoporose;
  • combatem inflamação no corpo, pois apresentam melhor proporção entre ômega 3 e ômega 6 (1 para 2). Já o leite pasteurizado (normalmente de gado confinado) tem a proporção entre ômega 3 e ômega 6 de 1 para 25;
  • são livres de antibióticos e hormônios de crescimento;
  • para finalizar, o queijo de leite cru tem um sabor mais pronunciado e rico do que os queijos feitos com leite pasteurizado, pois o processo destrói enzimas e bactérias boas que dão sabor ao queijo.

Por outro lado, o queijo processado é um produto pasteurizado, adulterado com aditivos e sem o seu valor nutricional. Mesmo que você seja intolerante à lactose, há muitos queijos que serão bem tolerados, pois a lactose é removida durante o processo de produção dos queijos.

Diga sim ao queijo cru!

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Canto do Olho

sábado, 28 de novembro de 2015

Alimentação


O segredo para uma vida longa pode estar escondido dentro de uma casca bem dura!


Essa até poderia ser uma daquelas mensagens que costumamos ver nos filmes de caça ao tesouro, mas neste caso o tesouro está prestes a ser revelado sem maiores mistérios. Isso mesmo! Você precisa saber o quanto antes que o segredo para uma vida longa está guardado dentro de uma casca bem dura, no caso, na casca da castanha.

Acontece que existem centenas de pessoas que ainda evitam as castanhas a todo custo por pensar que elas contêm gordura demais, calorias demais e sal demais. Mas, essa turma não só está enganada como também está muitíssimo enganada, pois comer castanhas pode, na verdade, adicionar anos para a sua vida!

Cada castanha está repleta de ácidos graxos ômega 3 que dão vida e incrementam o coração, e também por vitaminas e sais que combatem as doenças.

Então, trate logo de comer um bocado de castanhas hoje, ou melhor, faça delas uma parte da sua rotina. Assim, o seu risco de morte por qualquer que seja a causa cairá em pelo menos 20%, como bem disse um estudo recente feito no JAMA Medicina Interna.

Outro estudo, este realizado no ano de 2013 em Harvard, revelou que comer estas pequenas e deliciosas guloseimas regularmente além de reduzir o risco de morte por doenças cardíacas em até 29%, pode também diminuir o risco de morte por câncer em aproximadamente 11%.

Apenas um lanchinho de castanhas já é o suficiente para atuar neste processo de proteção do organismo. Por isso, com quanto mais frequência você consumir a castanha, menor será o seu risco de desenvolver doenças. Para que você tenha uma ideia, o consumo de castanha de duas a quatro vezes por semana corta o seu risco de morte prematura em 13%. Agora, se você fizer do consumo da castanha um hábito diário, o risco cairá para um quinto, de acordo com um estudo do New England Journal of Medicine.

Agora, se você ainda quer mais provas reais de que aqueles nutricionistas anticastanhas estão loucos, indo um pouco mais a fundo no estudo mencionado, você verá que os comedores de castanhas pesam menos do que aqueles que as evitam. Tá bom para você? Resumindo: mais calorias, mais gorduras e menos peso!

Sendo assim, faça das castanhas uma rotina regular dentro do seu lanche. E só um alerta: faça uso das castanhas cruas, pois as torradas acabam tendo destruídos alguns de seus valiosos nutrientes.

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Ultra Game Eletrônica


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Receita


✽ Receita 5 ✽ Smoothie detox antiestresse, elevador de humor e energia


Na receita de hoje, vou dar mais uma opção de receita para quem está estressado, precisa melhorar o humor e aumentar as energias para o dia a dia. Esse smoothie ajudará a remover toxinas do seu corpo, além de ser bem saboroso! Se você não se lembra o passo a passo para se fazer o smoothie, veja o texto sobre os fundamentos dos smoothies verdes. Utilize os ingredientes abaixo aplicando-os aos passos:

  • 02 copos de couve
  • 02 copos de água
  • 02 copos de abacaxi
  • 01 copo de manga
  • 01 banana
  • 02 colheres de sopa de óleo de coco

Couve

  • Contém altíssima concentração de vitaminas K, A e C, luteína e zeaxantina;
  • Apresenta alta atividade antioxidante;
  • Contém indole-3-Carbinol, que ajuda a reparar o DNA, reduz risco de câncer, em especial de mama, próstata e cólon.
  • Altas concentrações de Ômega 3, Ômega 6 e ácidos graxos essenciais que devem ser ingeridos pela alimentação.
  • Minerais em alta concentração: ferro, magnésio e cálcio. Contém mais cálcio por grama do que o leite integral em termos de biodisponibilidade; como na carne, contém os 9 aminoácidos necessários para formar proteína, além de outros 9 aminoácidos essenciais.
  • Sua relação carboidrato:proteína é 3:1, algo fantástico em termos de proporção de proteína em um vegetal.

Benefícios:

  • Ação anti-inflamatória;
  • Antioxidante;
  • Estimulante imunológico;
  • Ajuda a regular a coagulação sanguínea;
  • Protege de doença cardíaca e derrame;
  • Auxilia o combate de doenças autoimunes, como Lúpus e Artrite reumatóide;
  • Protege contra câncer.

Abacaxi

  • Contém bromelaína, uma enzima que ajuda na digestão, reduz inflamação e edema, além de ter efeito anticâncer;
  • Rico em antioxidantes, em especial a vitamina C, fundamental para síntese de colágeno, que mantém a estrutura da pele, vasos sanguíneos, órgãos e tecidos de suporte. Vitamina A e beta caroteno fornecem ação antioxidante adicional;
  • Melhora o sistema imunológico;
  • Excelente fonte de manganês, fundamental na geração da mais poderosa enzima antioxidante produzida pelo nosso corpo, a superóxido dismutase;
  • Contém vitaminas B1 e B2, importantes na geração de energia;
  • Consuma abacaxi com moderação por conter muita frutose, que pode ser lesiva para a sua saúde, se consumida em excesso.

Manga

  • Fruta tropical da mesma família do pistache e castanha de caju.
  • Contém flavonoides como beta caroteno e alfa caroteno.
Benefícios:
  • Apresenta altas concentrações de vitaminas e minerais;
  • Rica em antioxidantes: vitaminas C e A;
  • Apresenta ação protetora especialmente para câncer de cólon, mama e próstata, segundo estudos;
  • Consumir com moderação pela alta concentração de frutose, que pode ser desfavorável para a saúde em grandes quantidades.

Banana

  • Contém antioxidantes flavonoides e polifenóis como luteína, zeaxantina e beta caroteno;
  • Alta concentração de vitaminas C e B6;
  • Muito conhecida por ser rica em potássio, contendo cerca de 476mg por banana, importante no controle do ritmo e da pressão arterial;
  • Por outro lado, contém pouco sódio, cerca de 1mg por banana;
  • Abundante em fibras, magnésio, manganês e cálcio.

Benefícios:

  • Usada para aliviar desconforto gástrico;
  • Reduz estresse;
  • Alivia queimação gastresofágica;
  • Melhora a função cerebral;
  • É a fruta que comprovadamente mais reduz o risco de carcinoma de células renais;
  • Protege contra doença cardiovascular e alguns tipos de câncer;
  • Também deve ser consumida com moderação por ser rica em frutose, que é desfavorável para a saúde em excesso.

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Canto do Olho

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Prevenção


Revelada a verdadeira causa do refluxo ácido


NÃO, o refluxo não é uma doença causada por excesso de produção de ácido. Considerar isso é um erro médico sério e que afeta centenas de milhões de pessoas. O refluxo está relacionado propriamente com a hérnia de hiato, uma condição na qual o ácido está saindo do seu estômago.

Depois que o alimento passa do seu esôfago para o estômago, uma válvula musculosa chamada de esfíncter inferior do estômago (EIE) se fecha, evitando assim que o alimento ou o ácido suba. Sendo assim, o refluxo gastroesofágico ocorre quando o EIE relaxa inapropriadamente permitindo que o ácido vá para trás, para dentro do seu esôfago.

Sintomas de refluxo

Só quem passa por esse problema sabe o desconforto que ele causa. Entre os principais sintomas do refluxo podemos destacar a azia, uma queimação que irradia do seu estômago até o peito e garganta e que piora com determinadas atividades, tais como:

  • Ingerir uma refeição pesada.
  • Curvar-se para frente.
  • Levantar pesos.
  • Deitar-se, especialmente de costas para baixo.

Outros sintomas incluem:

  • Rouquidão.
  • Sensação de ter comida presa na garganta.
  • Aperto na garganta.
  • Asma.
  • Problemas dentários.
  • Mau hálito.

Causas do refluxo

A presença de um organismo chamado Helicobacter pylori causa uma inflamação crônica de baixo nível no revestimento do estômago e é responsável, ou pelo menos é considerada como fator principal, por muitos dos sintomas do refluxo ácido.

Tratamento

O que as pessoas precisam entender é que suprimir o ácido estomacal não é o mesmo que tratar o problema. Fazer isso é só remediar os sintomas.

Uma das explicações é que quando você suprime a quantia de ácido no estômago, você diminui a habilidade do seu corpo a exterminar a bactéria Helicobacter. Então, isso só piora a sua condição e perpetua o problema.

Existem tratamentos com antibióticos, por exemplo, que são projetados para erradicar esse organismo. Mas, o tratamento natural mais estudado, e até agora tido como o mais efetivo, é o feito com a goma de aroeira (ou goma mastic). Esse tipo de tratamento tem sido usado por séculos para solucionar o problema de saúde a nível gástrico.

As pesquisas modernas confirmam que o uso da goma de aroeira (ou goma mastic) ajuda na restauração da perfeita saúde digestiva e gastrointestinal. Além disso, os estudos dizem também que a goma de aroeira (ou goma mastic) pode ajudar em condições como úlcera gástrica e duodenal.

Em outro estudo, desta vez duplo cego, os pesquisadores encontraram que o uso oral de um grama por dia de goma de aroeira (ou goma mastic), por ao menos duas semanas, ajudou a melhorar a dor em 80% dos casos dos pacientes com úlcera duodenal. Além disso, na avaliação endoscópica, surgiram evidências de que a goma ajudou a reparar a mucosa gástrica.

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine, no final da década de 90, trouxe que a goma de aroeira (ou goma mastic), tem fortes implicações associadas com o tratamento da H. pylori, mesmo quando ingerida em baixas quantidades. Nos testes in vitro realizados pelos pesquisadores, a goma de aroeira (ou goma mastic), ajudou em 99,9% dos casos.

Estratégias para eliminar o refluxo ácido

As pessoas se enganam pensando que precisam de verdadeiros milagres para eliminar o refluxo ácido, enquanto a proposta é simples: elas precisam efetuar uma modificação de estilo de vida para que possam eliminar essa condição de uma vez por todas. E essa mudança inclui:

  • Eliminar gatilho alimentar: As alergias alimentares podem ser um problema, então você deve eliminar completamente esse fator. Aconselho que você faça um teste de alergia alimentar para determinar isso. Outros fatores de risco controláveis são: tabagismo e excesso de estresse oxidativo.
  • Modificar a sua dieta: Comer grandes quantidades de alimentos e açúcares processados é uma maneira certeira de exacerbar o refluxo ácido porque desequilibra as bactérias no estômago e intestinos.Prefira comer alimentos de alta qualidade e orgânicos.
  • Probióticos: Procure suplementar sua dieta com um probiótico de alta qualidade ou incluir alimentos fermentados. Experimente consumir alimentos tais como o kefir (leite fermentado feito com leite cru), iogurte e natto, além de vegetais fermentados. Isso ajudará a equilibrar a sua flora intestinal, o que pode auxiliar na eliminação do Helicobacter naturalmente. Além disso, associe um suplemento probiótico que possa reforçar mais o reequilíbrio da sua flora intestinal gerando menos inflamação na mucosa gástrica e permitindo uma melhor assimilação nutricional.
  • Aumentar a produção natural do ácido estomacal do seu corpo: Já falamos no início da nossa conversa que o refluxo ácido não é causado por ácido em excesso no seu estômago; ao contrário, ele é geralmente um problema causado por ácido de menos. Uma das estratégias mais simples para encorajar o seu corpo a fabricar quantidades suficientes de ácido clorídrico (ácido estomacal) é consumir o suficiente da matéria-prima:

a) Um dos itens mais simples e básicos que muitas pessoas negligenciam é o sal marino de alta qualidade (sal não processado). Eu sugiro que você elimine o sal comum de mesa, e prefira um sal não processado, como o de Himalaia, considerado um dos melhores sais no planeta. Ele não só fornecerá a você o cloreto que o seu corpo precisa para fabricar o ácido clorídrico, como também contém mais de 84 sais minerais necessários para que o seu corpo tenha um desempenho bioquímico ideal.

b) Vinagre de maçã: o uso de vinagre de maçã com acidez de até 4%, em quantidade de uma colher de sopa diluído em um copo de água três vezes ao dia antes das principais refeições, é efetivo no estímulo da acidez gástrica.

c) Limão: outra opção saudável para estimular a produção de ácido hidroclorídrico é consumir de meio a um limão espremido em um copo de água, pouco antes das três principais refeições.

d) Tomar um suplemento de ácido clorídrico em gotas, diluído em um copo de água antes das três principais refeições também pode ser uma boa saída. Você deve tomar o número de gotas suficiente para te dar uma leve sensação de queimação e depois subtrair uma gota das dosagens usadas futuramente. Isto ajudará o seu corpo a digerir melhor a sua comida e também auxiliará no extermínio do Helicobacter e na normalização dos seus sintomas.

  • Otimizar o seu nível de vitamina D: A vitamina D é essencial para esta condição também porque há provavelmente um componente infeccioso na causa do problema. Uma vez que o seu nível de vitamina D estiver otimizado, você também irá melhorar a sua produção de 200 peptídeos antimicrobiais que ajudarão o seu corpo a erradicar quaisquer infecções indevidas. Além disso, suplemente sua alimentação com um bom multivitamínico e mineral, garantindo um bom suporte antioxidante e nutricional.
  • L- carnosina: Esse aminoácido se mostra eficiente já desde 1936 quando era usado no tratamento e prevenção da úlcera gástrica. De acordo com estudos recentes, o uso de L- carnosina oral inibiu significantemente erosões tanto no estômago como no duodeno. No Japão, há um complexo com L- carnosina e Zinco (nome genérico Prolaprezinc) que é aprovado como medicação antiúlcera.
  • Aloe Vera: O suco desta planta ajuda a reduzir inflamação que como consequência ativa os sintomas do refluxo ácido. Consuma uma colher de sopa diluída em água pouco antes das refeições.
  • Astaxantina: Os estudos mostram que este potente antioxidante reduz os sintomas de refluxo quando comparado com um grupo placebo, especialmente nos casos em que há infecção por Helicobacter pylori.
  • Glutamina: Segundo estudos, a lesão gastrointestinal causada pelo H. pylori pode ser tratada com o aminoácido glutamina, encontrado na carne vermelha, frango, peixes, ovos, laticínios e algumas frutas e vegetais. É possível também usá-la na forma de suplemento, na forma biologicamente ativa, e como a L-glutamina.
  • Gengibre: Usado desde a antiguidade, o gengibre apresenta efeito protetor gastrointestinal, promovendo neutralização de acidez e suprimindo o H. pylori. Estudos revelam que o gengibre é superior ao protetor gástrico na prevenção de formação de úlcera, sendo cerca de oito vezes mais potente que a medicação.
  • Bicarbonato de sódio: Apesar de não ser aconselhável usá-lo de forma rotineira, o bicarbonato de sódio é muito útil em situações de emergência, cuja dor é muito intensa. Use de meia a uma colher de chá em um copo de água, promovendo um rápido alívio da queimação e neutralização da acidez estomacal.
  • Efetuar uma rotina de exercício: O exercício é mais uma maneira de incrementar o sistema imune do seu corpo, necessário para combater todos os tipos de infecções.

Como substituir as medicações para o refluxo ácido?

Se você sofre desta condição, normalmente está usando uma medicação prescrita que deve ter sido prescrita um médico. Posso, inclusive, apostar que você está tomando um inibidor de bomba de prótons, como o Omeprazol.

Essas medicações são muito populares porque eles funcionam muito bem. Entretanto, ao consumi-las, você desenvolverá não só uma tolerância como também uma dependência, de modo que você nunca poderá parar de tomá-las sem sofrer sérias repercussões, como a má assimilação nutricional, por exemplo.

Diante deste quadro, o que eu tenho a te dizer que você NUNCA deve parar de tomar essas medicações da noite para o dia. O certo é que você vá se desligando delas gradualmente, pois do caso contrário, meu amigo e minha amiga, os sintomas voltarão de forma ainda mais severa (efeito rebote) e o problema pode acabar ficando pior do que quando você começou a tomar o medicamento.

O correto é você reduzir gradualmente a dose que costuma tomar. Uma vez que você consiga chegar à menor dose do inibidor de bomba de prótons, você pode começar a substituí-lo por um bloqueador de H2, como o Cimetidina, vendido sem prescrição. Depois, gradualmente trata de se livrar também deste bloqueador nas próximas semanas.

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Canto do Olho