Foto: Reprodução/TV Fronteira |
De branco, Maria da Foice, acusada pelo assassinato, e de azul dona Dorinha, presa acusada do crime (Foto: Reprodução) |
APÓS 65 DIAS, IDOSA DA REGIÃO PRESA POR ASSASSINATO É LIBERTADA
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Após 65 dias presa, Maria das Dores Lima Pinheiro, 62 anos, foi liberada da Penitenciária de Tupi Paulista na noite dessa segunda-feira (3). Ela é moradora de Pirapozinho e foi presa acusada de ter participado de um assassinato em Pernambuco, em 2005. A idosa ficará em liberdade até o término do processo, enquanto vai tentar provar que foi confundida com a verdadeira assassina. O caso dela foi mostrado pelo Fantástico do último domingo (2). Ontem, a família aguardou desde cedo pela idosa, conhecida como dona Dorinha. A Justiça de Pernambuco enviou para Justiça paulista o alvará de soltura referente a um mandado de prisão. Entretanto eram dois os mandados contra ela. O impasse só foi resolvido no fim da tarde. No reencontro com a filha, o alívio por estar fora da penitenciária depois de mais de dois meses. “Vou ver se descanso a cabeça porque enquanto eu lembrar essa vida que eu levei aqui não vai dar para ser a mesma pessoa”, afirmou dona Dorinha. Para a família, foi um presente antecipado de Natal. “Esse tempo todo que nós passamos com ela aqui dentro, parecia que ela estava enterrada viva e a gente não conseguia soltá-la. Mas com ela aqui fora vamos provar a inocência com muito mais facilidade”, disse a filha Rosangela Perussi.
O caso
Em setembro, dona Dorinha foi presa em Pirapozinho acusada do assassinato de um líder sem-terra em Pernambuco. Testemunhas acusaram duas pessoas: uma senhora, conhecida na região como Maria da Foice, e o sobrinho dela, Geraldo Miguel da Silva, que já foi preso. Segundo a Justiça de Pernambuco, na época, parentes da Maria da Foice passaram para a polícia dados pessoais dela, exatamente iguais aos da dona Dorinha. Por isso, ela foi presa. Entretanto, recentemente os mesmos parentes entregaram uma foto de Maria da Foice à Justiça e nela é possível ver a diferença entre ambas. Diferença, aliás, que foi reconhecida pelo próprio filho da vítima assassinada. "A mulher que matou meu pai é essa de branco. Eu conheci ela. Agora, essa daqui está presa inocente”, disse Antônio José dos Santos, referindo-se às fotos abaixo. Fora da prisão, dona Dorinha quer agora que a justiça seja feita. “Quem fez isso comigo vai pagar e bem pago porque eu tenho certeza que da minha parte eu nunca faria uma coisa dessas”, salientou dona Dorinha. Dia 13 deste mês ela vai a Tacaimbó, em Pernambuco, ficar frente a frente com as testemunhas do caso e seus depoimentos serão usados pela defesa da idosa para provar sua inocência.
Um comentário:
e a justiça acha que ta certa isso so acontece com pessoas humildes nunca vi um politico uma pessoa de classe alta ser presa por engano mas fazer o que esse e o nosso lindo BRASIL
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