Cinco perguntas para Levi Almeida

Entrevista 
CINCO PERGUNTAS
LEVI ALMEIDA DE MORAES JÚNIOR
Venceslauense, teólogo e sociólogo

01
Fale da Comunidade Cristã Apascentar 
Nós temos em Presidente Venceslau o trabalho desta comunidade cristã que visa os campos social e missionário. Já estamos há três anos atuando no trabalho de apoio de distribuição de cestas básicas às famílias de maior necessidade. A Apascentar tem a linha evangélica protestante e somos em aproximadamente 150 fieis. 

02
Qual o trabalho missionário que será desenvolvido por você?
Na verdade estou indo em março para o exterior. Vou, mais precisamente, para Moçambique na África, onde a comunidade cristã Apascentar mantem há 23 anos um trabalho junto a crianças carentes. Esse projeto foi iniciado por Adelaide Janone que faz parte da Igreja Avivamento Bíblico. Além de ser a criadora do Aviva Terra, que é o nome do projeto, também se encontra em Moçambique desde a sua criação. Estou indo para lá para auxiliá-la inicialmente e depois, talvez, substituí-la para que ela retorne por um tempo para o Brasil. 

03
A missão é voltada para crianças?
Como muitos outros países da África, Moçambique também é um país em reconstrução, por ter vivido uma guerra civil no final dos aos 90. Desde então trabalhamos lá com crianças, visando a sua estruturação educacional. O Aviva Terra recebe as crianças que necessitam de assistência e elas passam a serem alfabetizadas e receber alimentação. Nós temos no local a escola Comunitária Luz e Vida, que é a base de todo o projeto. 

04
Conte como foi o início desta história?
Tudo começou debaixo de uma árvore, onde Adelaide começou a ministrar suas primeiras aulas e palestras ligadas à higiene e saúde. O que parecia ser algo pequeno, tornou-se duradouro e grande e agora precisa cada vez mais de missionários. Hoje são mais de 700 crianças assistidas pelo Aviva Terra. 

05
E você se sente preparado para tudo isso?
São muitos desafios, a começar pela questão cultural que é totalmente diferente. Não teremos problemas com o idioma, pois lá também se fala o Português, apesar da existência de outros dialetos. Quero salientar que uma das preocupações de nosso trabalho é a evangelização. Em Moçambique, como também em outros países africanos, existes ritos macabros e seitas envolvendo feitiçaria. Entendemos que temos que trabalhar na conscientização destes jovens dentro da área cristã, pois são eles o futuro da nação. Se a gente conseguir aplicar a questão moral que existe em meio ao cristianismo, estaremos dando passos importantes para a base de reconstrução do país. Acho que estou preparado para tudo isso, pois estudei para tal. Só para completar, viajo em março para ficar inicialmente 60 dias por lá e depois, talvez, volte definitivamente.