Opinião

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O TRISTE FIM DE PEDRO
Ontem fui até o local do acidente em que morreram dois homens no trevo de Marabá Paulista. Quando chegamos no local já verificamos que o Estado falha. A escuridão do trevo é de assombrar qualquer um. Quando saí do carro não conseguia avistar o chão. A polícia rodoviária estava no local fazendo a sinalização através do giroflex. Os carros estavam lá enganchados um no outro como ferro velho destorcidos. Haviam dois corpos no chão e em meio a eles a triste história de Pedro. Era um brasileiro de 51 anos que acabava de trabalhar o seu último dia, cumprindo um contrato com uma empresa de Teodoro Sampaio. Pelo que vimos, foi um trampo bravo, pois o serviço havia acabado por volta das 21 horas. Bastou entrar no carro e percorrer 5 minutos até o trevo e encontrar a morte de maneiras sutil e trágica. Era o fim. Seu companheiro também morreu. Duas mortes e duas famílias esfaceladas pela tristeza. Olhamos em volta para tentar entender o que tinha acontecido. Não dava para ver nada. Somente o flash da máquina clareava em segundo o cenário desolador. Digo, são mais duas vítimas do Estado que não nos atende da maneira que temos o direito. O trevo de Marabá Paulista é perigoso, mal desenhado e tem um histórico de mortes assustador. Aliado a pista horrorosa, se torna uma armadilha para quem o desconhece. Aquilo não deveria estar ali. Pelo que pagamos de impostos, a estrada devia ter pista dupla com canteiro central e a entrada da cidade um belo trevo com pontilhão e iluminação moderna. Se o Estado fosse eficiente e se houvesse menos corrupção, Pedro e seu amigo estariam hoje vivendo tranquilamente com suas famílias. Infelizmente em nosso Brasil a gente anda poucos metros e encontra a negligência da União, do Estado e municípios. Negligência que, infelizmente, em muitos casos leva à morte.