segunda-feira, 18 de junho de 2012

Namoro

Eduardo Nunes
NAMORO


Semana passada, na terça-feira, foi comemorado o dia dos namorados. Lembram-se disso? – temos muita facilidade em esquecer certas coisas. Como está o vosso namoro no dia de hoje? Ainda conservam o clima romântico da data ou as intrigas voltaram? – também temos facilidade em mudar de humor em pouquíssimo tempo.


Só quem já namorou sabe que o namoro acontece no dia-a-dia. Dias bons, dias ruins; a estabilidade, se vier, vem com o tempo. É natural, ora o namoro é o começo, o casal está se conhecendo, se adaptando um ao outro, e farão isso pelo tempo que durar a relação.


“Pelo tempo que durar a relação” porque o “felizes para sempre” está fora de moda. Talvez sempre estivesse, mas, em nossos dias, ele se tornou antiquado. Não que os casais atuais não queiram ser felizes (eles querem!), mas é que o “para sempre” é um tanto quanto utópico (e todos sabemos disso).


Namoro é construção, não apenas um status nas redes sociais. E como toda construção, o namoro exige dedicação, cuidado, esforço e zelo cotidianos. Pedreiro relaxado derruba a parede! Agravante, o namoro não tem fim, não pode se tornar uma obra acabada. Onde está o homem envolvido sempre há o que se descobrir.


Por ser construção infindável, o namoro está constantemente em transformação; pode vir a ser um noivado, adentrar pelo casamento e perpetuar-se como um estado de espírito do casal. Ou pode, simplesmente, acabar.


O fato é que o namoro não vive só na felicidade. Brigas acontecem. Cabe ao casal aprender com as discórdias e lutar no dia-a-dia por uma melhora na relação. É bem óbvio, não há receita mágica. Como em toda ação humana, se o namoro for construído sobre alicerces firmes, ele tende a durar.


Talvez esteja aí mais uma utilidade para o dia dos namorados: contar o tempo e relembrar a história do casal. Assim como fazem os aniversários de namoro, a data do primeiro beijo, o primeiro olhar, o primeiro filme, e por aí a fora. É o alicerce que sustenta o convívio diário e dá possibilidade a novos descobrimentos para o casal.


Eduardo Nunes, psicólogo, venceslauense.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pode passar o endereço e telefone do seu consultório? Obrigado