SANTA CASA
Manifesto expõe situação do hospital
Tribuna Livre
Na edição de ontem do Tribuna Livre, a Irmandade da Santa Casa de Presidente Venceslau divulgou manifesto à comunidade venceslauense para expor o momento crítico por qual vem passando o hospital.
O documento, assinado pelos membros do Conselho Deliberativo, José Luiz Oberlaender (presidente), Mauro Villanova (vice-presidente), Riouzo Okada (1º secretário), Salvador Lopes Júnior (2º secretário), Ezequias Dassie, Antonio Assao e Ernane Erbella, faz um relato desde quando a Santa Casa foi devolvida pelo município, após o período de intervenção.
Ao reassumir o hospital em 2009, "a receita da associação filantrópica se restringia aos parcos recursos recebidos do governo federal, através do SUS (Sistema Único de Saúde), no pagamento de serviços médicos-hospitalares (intervenções) por ela e ele prestados. Por isso, seu passivo aumentava dia a dia, tomando proporções que colocavam em visco a manutenção e melhoria do hospital e o bom atendimento à população", diz o manifesto.
No documento, a Irmandade menciona que a situação "foi sendo sanada gradativamente", sendo cunho político-partidário, com o provedor Antonio José Aldrigui dos Santos "se aproximando de todos - entres políticos e privados - que podiam ajudar no trabalho de recuperação do hospital".
Neste processo, a Irmandade cita o reajuste do pagamento mensal por parte da Prefeitura para funcionamento do Pronto Socorro, a assinatura do convênio "Pró Santa Casa" com o governo do Estado, aumento nos recursos do IAMSP e emendas parlamentares. "Ao lado disso, foram melhoradas as condições do hospital, passando a ocorrer assinaturas de convênios e o retorno de pacientes particulares", diz.
"Receita e despesa estavam controladas, a situação corria melhorando; as dívidas tributárias do passado, parceladas, sendo saldadas dentro das possibilidades nos prazos estabelecidos; a estrutura física, de acordo com as normas legais, vai ganhando melhoramentos em todos os sentidos, mais médicos são contratados para o bom atendimento aos usuários", relata a Irmandade.
"Todavia, de repente, a situação piorou" por conta de alguns fatores elencados pela Irmandade, entre os quais, o aumento da inflação, que encareceu os medicamentos e insumos indispensáveis para a manutenção do hospital, o aumento do salário mínimo, aumento das despesas e queda nas receitas. A Irmandade cita também a falta de aumento da tabela SUS, o não pagamento, desde outubro do ano passado, do Pró Santa Casa, bem como o não pagamento de R$ 1 milhão prometidos pelo governador Alckmin no final de 2013 para a conclusão do centro cirúrgico.
Por conta disso, a Santa Casa está acumulando um déficit de R$ 3,85 milhões, valor contabilizado entre agosto de 2015 e junho de 2015. "Esse déficit quem está suportando são os fornecedores e médicos que deixamos de pagar, ou seja, estamos em débito com os médicos num valor de R$ 1,5 milhão, assim o mesmo valor para os fornecedores", diz o documento.
A Irmandade menciona que, em 2014, foi retomada e reestruturada a UTI, com seis leitos, cuja medida evitou o encaminhamento de vários pacientes para a UTI do Hospital Regional de Presidente Prudente. No entanto, a abertura acabou ocasionando um déficit de quase R$ 1 milhão, sem que o hospital recebesse ajuda dos governantes. "Durante o funcionamento da UTI tivemos uma queda de 70% de mortalidade", afirma a Irmandade.
"No entanto, a importância que foi gasta para manutenção da ITI e instalação trouxe muitos transtornos; igualmente, neste primeiro semestre, uma vez que nenhuma das emendas parlamentares anunciadas por deputador foram pagas até o momento", afirma o manifesto.
No final do documento, a Irmandade faz esclarecimento sobre notícias "infundadas publicadas por veículos de imprensa da cidade. "Um jornal publicou o pagamento por parte da Prefeitura da importância relativa aos serviços de atendimento do pronto socorro e da quantia relativa ao pagamento dos serviços médicos-hospitalares pelo SUS como se fossem auxílios concedidos pela municipalidade. Tais medidas são praticadas há anos e são produtos de contratos assinados com o Poder Público para atendimento de sua obrigações no campo da Saúde Pública.
Por último, a Irmandade reafirmou total apoio e solidariedade ao provedor Antonio José, e faz um convite à população para visitar a Santa Casa e "ver com os próprios as benéficas mudanças ali produzidas".
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Banco BMG
4 comentários:
MAS ENQUANTO MILHÕES SÃO DESVIADOS EM BUSCA DO FINANCIAMENTO DA GANANCIA E DE PODER,
A POPULAÇÃO EM GERAL SOFRE A FALTA DE ....... FALTA DE QUE MESMO??
DESVIAM MILHÕES E FECHAM OS OLHOS PROS DIREITOS BÁSICOS DO CIDADÃO!
ENTÃO VIDAS PODERIAM SER SALVAS, E A FALTA DE RECURSOS IMPEDIU ISSO...
ENTÃO AMIGO, É MELHOR SALVAR AS VIDAS COM INVESTIMENTO DO QUE INDENIZAR FAMÍLIAS MACHUCADAS PELA DOR AO SABEREM QUE QUE POR FALTA DISSO OU DAQUILO SEU PARENTE DEIXOU DE VIVER! -Pensamento particular, cada um tem o seu.
Serviços de saúde praticamente todos terceirizados.
A maior parte dos lucros não ficam com a Santa Casa e sim com os prestadores de serviços.
Aparentemente tudo muito bem tudo muito bonito mas a Santa Casa perdeu sua capacidade financeira com essa terceirização indiscriminada.
Santa Casa precisa no seu corpo técnico/administrativo alguém com conhecimento de administração e gestão hospitalar.
Não adianta fazer da Santa Casa um palanque contra o governo federal, Dilma, Prefeito e Governador.
Se você entrar no face do nosso amigo Danilo Bonfim.
Lá tem um álbum de fotos imperdível sobre nossa cidade.
E tem lá a foto de um Jornal do ano de 1966 - Onde a manchete relata que
A SANTA CASA PASSA POR DIFICULDADES.
Isso não resolve nunca???
Enquanto elegermos políticos sem compromisso com a saúde, continuaremos assim.
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