quarta-feira, 30 de setembro de 2015

1000 dias - Por uma vida mais saudável



A importância da amamentação

Amamentar não é apenas dar alimento, mas também amor, proteção e carinho. É um momento em que um vínculo entre mãe e filho é criado e isso fará toda diferença no desenvolvimento da criança ao longo da vida.

A composição do leite materno é completa: proteínas, vitaminas, gorduras, sais minerais e até anticorpos, que fazem dele um alimento único e essencial. “O leite humano possui anticorpos específicos que vão ajudar no combate às bactérias e no fortalecimento do sistema de defesa do bebê. Nenhum outro alimento fabricado possui essa característica”, explica a pediatra e consultora internacional de aleitamento materno Dra. Luciana Herrero.

Com um alimento tão rico, não é à toa que a Organização Mundial da Saúde recomenda que o leite materno seja o alimento exclusivo até os seis meses. Após essa idade, a indicação é introduzir outros alimentos, mas sem retirar o leite materno. Ele deve ser mantido até, pelo menos, os dois anos.

O valor nutricional, imunológico e emocional da amamentação é tão importante que os benefícios a curto e longo prazo para o bebê são vários, entre eles:

- ajuda no desenvolvimento intelectual;
- reduz o risco de problemas respiratórios;
- melhora a formação do maxilar;
- diminui a chance de morte por diarreias;
- estabelece o vínculo afetivo, que irá facilitar o relacionamento da criança futuramente;
- reduz o risco de obesidade na vida adulta;
- diminui a chance de doenças crônicas (como diabetes).

Não são só os bebês que saem ganhando, a amamentação também diminui o risco de câncer de ovário e de mama; ajuda o útero a voltar ao lugar; diminui o risco de sangramentos e ainda emagrece (a mulher chega a perder 600 calorias por dia ao amamentar).

Para que todos esses benefícios sejam aproveitados, saber amamentar é fundamental. A Dra. Luciana complementa com algumas dicas:

- O bebê deve dar a primeira mamada na “Hora Sagrada”, a primeira hora de vida. É quando o corpo está em transição, aprendendo a viver fora do útero;
- A maneira correta de segurar o bebê durante a amamentação pode influenciar no aparecimento ou não de rachaduras e no aproveitamento da mamada. Se tiver dúvidas, peça orientação médica;

- Quando o seio está muito cheio de leite, fica difícil para o bebê conseguir pegar. As mães podem fazer um teste: mexa na aréola e no bico. Se estiverem muito duros, o peito está cheio. Esvazie um pouco e garanta que estejam maleáveis antes de oferecer o peito ao bebê;

- Sem preconceito ou vergonha, amamentação é um ato natural;
- Hidratantes e pomadas não são bem-vindas no bico ou aréola do seio, eles não evitam as rachaduras, pelo contrário, podem deixar a região mais suscetível;
- Informação é essencial e, caso tenha dúvidas ou esteja passando por dificuldades, procure ajuda.

Precisa de ajuda?


A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano pode ajudar, são casas gratuitas onde oferecem apoio às mães com dificuldade de amamentação. Também fazem coleta e doação de leite. Mais informações no site: http://www.redeblh.fiocruz.br

Eu não tenho leite, o que fazer?

Seja qual for o motivo pelo qual não seja possível dar de mamar ao seu filho, dê amor. “Tenha bastante contato pele a pele com ele. Quando for dar a mamadeira, coloque o bebê na posição da amamentação, assim, os benefícios afetivos do aleitamento serão preservados”, comenta a pediatra. E uma dica importante: reveze o lado para que o bebê não tenha problemas de desenvolvimento dos músculos da face.

Nenhum outro leite vai substituir o valor nutricional e imunológico do leite materno, mas no caso de não poder amamentar, há opções de fórmulas infantis e até o leite animal. O médico deve indicar qual será o melhor para o seu filho.
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Panificadora Ryanne

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