terça-feira, 23 de junho de 2015

Dr.Rondó


Conheça o grande engano relacionado às calorias!


Todas as vezes que falamos em regime, eles quase sempre são baseados em programas hipocalóricos. Raras são as ocasiões em que isso não ocorre. Além disso, quando observamos os obesos percebemos que eles têm uma preocupação enorme em contar calorias. Mas daí eu te pergunto: será que essa é mesmo a solução? Posso dizer a você que certamente não é.

O ato de “contar calorias” surgiu há aproximadamente 50 anos, quando dois médicos americanos da Universidade de Michigan, os doutores Newburgh e Johnston, afirmaram em uma publicação que a obesidade seguramente era mais um resultado de uma alimentação rica em termos de caloria, do que propriamente de uma deficiência do metabolismo.

Como o estudo apresenta poucos casos e possui um curto período de acompanhamento, ele não pode ser levado a sério em termos médicos. Entretanto, ele foi aceito como sendo uma verdade científica inquestionável, mesmo tendo os dois pesquisadores chegado à conclusão de que os resultados apresentados não eram exatamente o que eles esperavam.

Mas agora não adianta muito assumir o engano, afinal, a teoria já foi adotada nas principais escolas médicas do mundo como sendo uma informação correta. Já era!

A teoria das calorias

Por definição, a caloria é a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura de um grama de água de 14 a 15 graus centígrados. O corpo humano precisa basicamente de 2500 cal por dia, no caso das mulheres, e de 3500 cal, no homem. Vale lembrar que estes valores fazem referência a indivíduos que não praticam um trabalho pesado; essa quantidade de calorias será gasta somente com digestão, metabolismo, manutenção de temperatura a 37°C etc. Por sua vez, se o consumo for maior do que a queima, estaremos estocando calorias em forma de gordura. Já no caso contrário, onde o consumo é menor do que a queima, estaremos consumindo reservas (tecido gorduroso, músculo etc.).

Mas a verdade é que não podemos ignorar a capacidade de adaptação inerente de cada um, ou seja, aquela diferença que faz com que cada indivíduo seja único. Ao contrário do que se imagina o obeso não é uma pessoa que forçosamente come demais. Para que você tenha uma ideia, em uma população de obesos somente 15% comem excessivamente; 35% comem normalmente e os outros 50% comem pouco.

Bom, de acordo com a teoria baseada nas calorias, o resultado deveria ser matemático, mas daí vem a pergunta: como os prisioneiros de um campo de concentração puderam sobreviver por cerca de cinco anos com uma dieta de apenas 800 calorias por dia? Pela lógica, se a teoria tivesse algum fundamento eles teriam morrido assim que as suas reservas de gorduras tivessem acabado, ou seja, em poucos meses.

Do mesmo modo eu te pergunto: e os obesos que ingerem de quatro a cinco mil calorias diárias? De novo, pela teoria, eles deveriam pesar 500 kg em poucos meses.

Então, como explicar com essa teoria que certas pessoas comem pouco e mesmo assim continuam a engordar? E aqueles que comem muito e não engordam? Seria isso um mistério?

Martírio do obeso

Em um regime hipocalórico é preciso reduzir a quantidade de alimento para continuar a emagrecer. Ao final, entretanto, chega-se a um ponto em que quanto mais se come, mais se engorda.

Com muita frequência, as pessoas que querem perder peso, passam por severas privações e frustrações para conseguir alcançar o seu objetivo. Muitas chegam a apresentar um quadro de depressão, hipotensão, fraqueza, fadiga e até mesmo anorexia.

O efeito do regime ioiô é bem conhecido. O famoso engorda e emagrece, torna cada vez mais difícil o processo de emagrecimento, uma vez que a pessoa sempre recupera o peso inicial e, na maioria das vezes, acaba ganhando mais peso. Isso ocorre em 90% dos casos.

Um estudo realizado na Universidade da Pensilvânia utilizou ratos que receberam alimentação hipercalórica alternada com hipocalóricas. Os ratos ganhavam e perdiam peso, porém, o ritmo de ganho e perda variava a cada novo regime. Assim, ao término do primeiro regime, o rato perdia peso em dois dias e recuperava em 46. No segundo, o rato precisou de 46 dias para perder o mesmo peso que foi recuperado em 14 dias. A cada regime subsequente, a perda de peso se tornou mais e mais difícil de ser alcançada, e cada vez mais rápida foi a recuperação. Isso vem provar que o metabolismo se adapta à redução calórica.

Todo déficit calórico faz baixar os gastos metabólicos em mais de 50%, porém, é acompanhado de uma recuperação do peso. Quanto maior for a diferença entre a alimentação habitual e o regime, mais rapidamente se retoma o peso inicial.

O importante é saber o tipo de caloria e nutrientes que se está fazendo uso e não apenas falarmos sobre o regime “X” ou “Y”. Por isso, é fundamental termos uma dieta essencialmente equilibrada.

Resumindo: devemos voltar nossa atenção mais para a qualidade e o equilíbrio da alimentação do que apenas para o número de calorias que ela apresenta. Combinado?
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Milk Shake Mix

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