quinta-feira, 12 de abril de 2012

Uma nova escola

Post do Luciano
UMA NOVA ESCOLA


Assistindo a nossa presidenta - como prefere ser chamada – fazendo convênios importantes com grandes universidades americanas para intercâmbio de alunos, docentes e pesquisadores me faz pensar se seria o sempre aguçado sexto sentido feminino tentando mudar a história deste Brasil.


Em qualquer âmbito, a educação sempre exercerá uma importância crucial para o desenvolvimento de um país e, no Brasil, não seria diferente. Contudo, os convênios firmados na terra do Tio San sequer fazem sombra à calamidade vivida pela pura ausência de profissionais em determinadas áreas.


Para exemplificar, qualquer país, em pretenso desenvolvimento, precisa de uma boa quantidade de engenheiros disponibilizados anualmente pelas universidades. Se colocarmos em números, o Brasil forma hoje cerca de 40 mil engenheiros por ano contra 80 mil da Coreia do Sul, mesmo tendo metade da nossa população; 220 mil/ano da Índia; 190 mil da Rússia e 650 mil da China. O pior disso tudo é que não há falta de vagas e sim uma alta evasão nos cursos, cerca de 54% entre universidades públicas e privadas, aliadas à grande quantidade de retidos.


Sem engenheiros um país como o nosso jamais conseguirá sustentar um crescimento superior à média de 4,5% do PIB. Claro que o problema não se resume ao profissional de Engenharia usado aqui apenas como exemplo, mas sim a toda gama de trabalhadores qualificados que compõem a mola propulsora do crescimento sustentado.


Se houvesse um esforço para solucionar o problema, esse não seria pelo aumento de vagas ou construção de novas unidades de ensino, ainda que sempre sejam bem-vindas e contribuam sobremaneira, mas pela modernização, requalificação e inclusão de métodos mais eficientes que consigam formar jovens mais motivados e com uma nova visão sobre disciplinas como Português, Matemática, Química, Física, dentre outras.


O Ensino Fundamental e depois o Médio não estão conseguindo dar a base de conhecimentos que propiciem um alinhamento entre o exigido pela universidade ou aquilo tido como básico para os cursos profissionalizantes.


A motivação é outro tendão de Aquiles. A geração que hoje cursa a universidade, seja os últimos da “Y” ou os primeiros da “Z” guardam, na sua maioria, baixa capacidade de interação; de convivência em grupo; de demonstrar suas vontades e razões de tal sorte que até os vocacionados acabam, muitas vezes, desistindo de alguns cursos pela simples falta de capacidade de falar em público, um fiapo das cicatrizes deixadas pelo excesso no uso de redes sociais na infância e adolescência.


Paralelo a isso, alguns governos insistem na progressão continuada mesmo sob a gritaria de especialistas afirmando que o método irá lançar os jovens para fora da escola num lugar bem distante das universidades. Fiquemos atentos!


Luciano Esposto é poeta e escritor venceslauense.

2 comentários:

Anônimo disse...

PENSO QUE,EM UM FUTURO MUITO PRÓXIMO,A FIGURA DO PROFESSOR,DO BOM PROFESSOR,ESTARÁ FADADA À EXTINÇÃO.NÃO ENTRO NEM NA QUESTÃO DE SALÁRIOS E SIM DO ABANDONO A QUE ESTÃO ENTREGUES,SEJA PELO EXCESSO DE ATRIBUIÇÕES OU PELOS DESMANDOS DE DELINQUENTES JUVENIS TRAVESTIDOS DE ALUNOS E SUAS FAMÍLIAS DESESTRUTURADAS.MUITOS ESTÃO INDO TRABALHAR NOS PRESÍDIOS E LÀ,PASMEM,DIZEM QUE ESTÃO MAIS EM PAZ.

RED WARRIOR

marquinhos:sp disse...

no brasil o professor è vitima de pais omissos e filhos mau educado.