quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Post do Luciano


Post do Luciano
Modelos "Plus Size"

Existem perguntas que nunca querem calar-se...

Por que as modelos são sempre magrinhas, para não dizer esquálidas?
Todos os anos, quando vejo as primeiras reportagens sobre a SPFW – São Paulo Fashion Week, me pergunto qual seria a real justificativa para tanta mulher “magrelinha”.
Pela ótica do mundo real, aquilo que realmente existe e vive-se fora das passarelas, percebemos que esse não é o perfil da mulher brasileira. Nas ruas, a grande maioria das pessoas está um pouco ou muito acima do peso. É muito difícil encontrar uma mulher que tenha um corpo tão magro quanto o das profissionais da passarela.
No Show Business até poderíamos encontrar alguém assim, mas a grande maioria precisaria de meses num SPA para chegar ao estado de pouca carne dessas meninas. Cantoras como Ivete Sangalo e Claudia Leite exibem uma boa forma de fazer babar qualquer marmanjo de olhos atentos. Inclusive o nordeste tem como marca registrada o gosto por intérpretes e dançarinas volumosas, mostrando que a mulher, para ser bela, não precisa ser pele e osso...e a Preta Gil que o diga.
Mulheres frutas e rainhas das pistas de Funk nem de longe serviriam para um desfile de modas se as roupas não contivessem o dobro de tecido.
Mas não acho que isso vá contra nenhuma delas.
Navegando pela internet, li um texto da blogueira Karine Baggio que faz algum sentido e pode explicar o porquê de somente na moda as mulheres deverem ser magras: “As magrinhas que desfilam nas passarelas seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays, odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.”
Sei que a opinião dela pode parecer até meio homofóbica, e não estamos aqui a pregar a intolerância, mas só entende de mulher bonita quem é homem e hétero.
Aí, surgirão as mulheres dizendo que estou sendo machista porque as mulheres são capazes de discernir sobre a beleza feminina. Até o são, desde que a pessoa em tela não faça sucesso, porque, se o fizer, logo ganhará a rivalidade velada do público feminino, afinal, como diz um ditado que não fui eu que fiz... a maior inimiga da mulher sempre será uma outra mulher.
A grande verdade é que as modelos “Plus Size”- como são chamadas as mulheres “cheinhas” que atuam como modelo - estão ganhando espaço na moda e vão ganhar o mundo, finalmente libertando- se da balança, para a alegria dessas profissionais e deleite dos marmanjos de plantão. 

Luciano Esposto é escritor e funcionário público estadual. Escreve às quintas-feiras. 
  

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