terça-feira, 13 de outubro de 2015

Alimentação


Sal: bom ou ruim ?



Se há um produto que é considerado – injustamente – um vilão tanto quanto a gordura, esse elemento é o sal.

Assim como existem gorduras boas, existem gorduras ruins, que causam problemas de saúde. É o mesmo em relação ao sal: existem os que não são saudáveis, mas existem também os que fazem bem. O sal fornece dois elementos essenciais para a vida: sódio e cloreto. Ainda que essenciais, o nosso organismo não pode produzi-los. Portanto, nós devemos absorvê-los pela alimentação.

Nem todo sal é criado igual

Quando falamos em sal, logo você pensa no saleiro que está na sua mesa. Mas, vou te contar um segredo. Existem 2 tipos de sal:
  • Sal natural não processado: como o sal marinho e o sal de Himalaia, que contêm 84% de cloreto de sódio (fornecendo 37% de sódio puro) e o restante (16%) são elementos traços, incluindo silício, fosfato e vanádio.
  • Sal processado (de mesa): neste caso, ele contém 97,5% de cloreto de sódio (fornecendo 39% de sódio) e o restante são substâncias químicas criadas pelo homem, como absorventes de umidade e os agentes de escoamento como ferrocyanide e aluminosilicate. Além destas diferenças nutricionais, o processamento altera a estrutura química do sal.
Qual é a dosagem certa?

O ideal é que se evite o sal processado e se consuma com moderação o sal não processado, para que se mantenha o equilíbrio entre sódio e potássio, importantes por diversos motivos:


  • mantem e regula a pressão arterial
  • mantem o equilíbrio ácido básico
  • são os componentes mais presentes no plasma sanguíneo e na linfa
  • a troca sódio:potássio permite a comunicação entre o cérebro e os músculos, permitindo o movimento
  • auxilia na produção de diversos hormônios relacionados à glândula adrenal

Importância da relação sódio: potássio

Apesar de sempre pensarmos somente em restrição de sódio para a saúde, devemos nos atentar na busca por níveis ótimos de potássio, algo que não é enfocado normalmente. O que promove o contraponto do efeito hipertensivo do sódio é justamente o potássio; o desequilíbrio dessa relação, além da hipertensão, pode causar outros males:
  • Osteoporose
  • Doença Cardíaca e derrame
  • Cataratas
  • Cálculo renal
  • Artrite reumatoide
  • Disfunção erétil
  • Úlcera estomacal
  • Câncer de estomago
  • Perda de memória
Portanto, é importante se evitar uma alimentação rica em produtos refinados, que são pobres em potássio e ricos em sódio. Além disso, esses alimentos são carregados com frutose, o que está associado ao aumento de risco cardiovascular e em especial à hipertensão – a frutose induz o aumento da produção de ácido úrico, que é indutor de hipertensão arterial e de todas as doenças crônicas.

Cuidado com a deficiência de potássio!

Sendo assim, aqui vai o meu conselho: você precisa manter os seus níveis adequados de potássio para regulação da sua pressão arterial. A deficiência dessa substância leva a um desequilíbrio de eletrólitos, o que causa a hipocalcemia (potássio baixo). Seus sintomas são:
  • arritmias cardíacas
  • elevação da pressão arterial
  • fraqueza muscular e câimbras
  • retenção de líquidos
  • constipação
Nossos ancestrais consumiam cerca de 16 vezes mais potássio do que sódio e, atualmente, nossa alimentação é mais rica em sódio, o que aumenta muito o risco de ataque cardíaco. Mas tudo tem dois lados: assim como o excesso de sódio é ruim, tê-lo em níveis muito baixos também não é bom. O sódio não é a principal questão! O que nós vemos com frequência é uma luta intensa para se reduzir o sódio; mas na verdade, o que se deveria fazer é recomendar uma alimentação rica em potássio. Isso gera mais benefícios para a saúde de um modo geral, e também a redução da pressão arterial.

O que os estudos mostram

Os estudos têm falhado em provar que alimentação com pouco sal traz benefícios. Aliás, têm mostrado o contrário: observam-se somente mínimas reduções de pressão arterial, de acordo com uma grande meta-análise de 2004 realizada pelo Cochrane Collaboration. Nessa pesquisa foram revisados 11 ensaios, observando-se redução de pressão arterial… mas de forma mínima.

Outra avaliação do mesmo instituto, em 2011, concluiu que quando se reduz a ingesta de sal, na verdade aumentam diversos fatores de risco que teoricamente seriam eliminados: fatores de risco cardiovasculares causados por redução de pressão arterial.

O American Journal of Medicine publicou, em 2006, um estudo de acompanhamento de 78 milhões de americanos por 14 anos, avaliando seu consumo de sal e o risco de morte por doença cardíaca. Concluiu-se que uma alimentação pobre em sódio leva a altas taxas de mortalidade por doença cardiovascular.

Como melhorar a relação Na:K
  • Consuma uma alimentação integral, não processada, pela qual você receberá uma quantidade adequada de potássio em relação ao sódio.
  • Quando usar sal, prefira um sal natural, como sal de Himalaia, que é o que tem melhor relação Na:K. É bem rico em potássio e pobre em sódio.
  • Sucos verdes garantem altas concentrações de potássio.
  • Fontes adicionais ricas em potássio: brócolis, couve de bruxelas, abacate, aspargos, abóboras, feijão lima, espinafre, papaia, ameixa e bananas.
Qual é a restrição adequada de sal?

O sal é vilificado como a causa primária de hipertensão arterial e doença cardíaca na maioria dos países, mas devemos entender que esse sal consumido é o comercial, de mesa, e vem também de alimentos processados. Não é o natural, sem processamento. Portanto, faz toda a diferença o tipo de sal que se está consumindo. Deve-se pensar no equilíbrio homeostático sódio:potássio, para que realmente haja uma função cardíaca normal, fornecendo adequadas condições de saúde.

Para você saber se está consumindo sal em proporções adequadas é simples: um exame de sangue em jejum fornece essa resposta. O seu nível de sódio deve estar entre 136 e 142, e se estiver muito abaixo disso, provavelmente você precisará ingerir mais sal (natural e não processado). Pelo contrário, se for alto, você deve restringir a sua ingesta.

Agora você já conhece mais evidências sobre o sal para comer sem medo. Consuma um sal natural não refinado sem culpa, relaxe e salgue a gosto!

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Canto do Olho

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Notícias do basquete

Presidente Venceslau
BASQUETE FEMININO
Flávia quer aproveitar oportunidades por Venceslau para voltar à seleção
Globo Esporte/TV Fronteira

Trinta e três anos, cerca de duas décadas de carreira, passagem por cinco países europeus e ainda sobra ambição para a pivô Flávia. Prestes a defender Presidente Venceslau no Campeonato Paulista de Basquete da Divisão Especial Série A-1, a atleta busca agarrar as oportunidades que aparecerem na temporada para voltar a vestir a camisa do Brasil, uniforme com o qual conquistou a medalha de ouro no Campeonato Sul-Americano de 2005.

"A minha escolha por vir para Venceslau se deu porque o time é uma vitrine, onde você tem a oportunidade de jogar. O elenco é reduzido, então isso te dá mais chances de mostrar o seu trabalho. A minha expectativa como atleta é ter essa visibilidade e ser vista de uma maneira diferente, para quem sabe estar voltando para representar a seleção brasileira."

Além de convocações para a seleção principal, Flávia tem no currículo medalhas pelas categorias de base do time nacional. A atleta também representa o Brasil na modalidade 3x3 e esteve presente no Mundial da Rússia, no ano passado. Pelos clubes, a experiência também é ampla. Passagem por Espanha, Itália, Letônia, Suíça e Portugal e, mais recentemente, o Santo André. A pivô espera usar toda essa rodagem a favor de Venceslau na temporada 2015/2016.

"Isso é o bacana de ter tido a oportunidade de ter jogado em outros países. Você acaba adquirindo uma bagagem. Eu espero que com as minhas atitudes eu consiga ajudar as demais jogadoras."

Na próxima sexta-feira (16), às 18h, Flávia vai enfrentar seu ex-clube Santo André, na estreia do Paulista. A partida será a primeira de três seguidas de Venceslau na primeira fase, todas em Americana. Os dois melhores classificados dos quatro times na disputa fazem a final no dia 24. Se depender das palavras da pivô, o torcedor venceslauense será bem representado no torneio estadual e na Liga de Basquete Feminino (LBF), prevista para começar em novembro.

"A torcida pode esperar grandes jogos, jogadoras que sempre vão dar o 100%. A gente nunca vai desistir, todas as bolas vão ser as últimas para a gente. Vamos dar o nosso sangue, se assim for preciso. Uma das frases que a gente fala muito: dentro da quadra a gente vai matar e morrer por nós todas. Quem tiver que jogar em Venceslau vai ter que suar sangue, pois não vai ser fácil ganhar da gente."
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Colégio Venceslauense

Um comentário:

Anônimo disse...

O depoimento dessa jogadora me deixou arrepiado, e com orgulho de ser Venceslauense!!