Marijuana: o limite entre a vida e a morte
É preciso estar atento à utilização desta droga em sua forma natural e também em sua forma sintética
A Marijuana foi uma medicação botânica amplamente utilizada no século XIX e início do século XX. Ela foi regularizada no ano de 1930 como sendo uma droga de alto risco, deixando de ser aceitável para uso medicinal. Já em 1970, o órgão responsável pelas substâncias controladas, mudou sua classificação para substância controlada grau I, colocando a Marijuana no mesmo nível que a Heroína, LSD, Ecstasy, Methaqualone e Peyote. Apensar disso, a Marijuana tem indicações para pacientes com dores crônicas, sendo considerada uma forma de tratamento capaz de substituir os analgésicos; nestes casos, os medicamentos à base da substância são chamados de opioides. De acordo com estudos recentes, o número de mortes por overdose de opioides tem caído de forma significativa em países onde é permitido o uso da Marijuana como medicação para fins de tratamento. A droga age diretamente no cérebro, se ligando a receptores que dimunem a percepção da dor, porém, gera uma sensação temporária de euforia seguida de disforia, o que pode facilmente levar ao vício e à dependência física. Com isso, existe o risco de muitas pessoas chegarem a fazer uso de altas doses desta droga com o objetivo de alcançar um efeito maior de euforia ou ainda para evitar o efeito rebote de sua retirada, ou quem sabe para simplesmente se sentirem normais. A Marijuana é considerada a porta de entrada das drogas para produtos mais perigosos, como a Heroína, por exemplo. Segundo o Dr. Allan Frankel, há sete anos trata seus pacientes usando a cannabis médica, ela não pode ser considerada milagrosa ou como algo que possa ser utilizado para tudo. As indicações mais comuns são para:
- Distúrbio de humor
- Distúrbios dolorosos
- Esclerose múltipla
- Degenerações neurológicas
- Convulsões
- Doença de Parkinson
Cuidado com Marijuana sintética
Tem surgido no mercado uma onda de oportunismo gigante diante do uso da Marijuana. Já faz um bom tempo que a versão sintética, quem em nada tem a ver com a natural, vem sendo distribuída causando sérios problemas à saúde das pessoas. É importante salientar que essa versão sintética é uma combinação potencialmente mortal fabricada em laboratório.
Diferente da Marijuana natural, a versão sintética pode causar sintomas severos, tais como:
- Alucinações
- Convulsões
- Dano cerebral
- Derrame
- Dor no peito
- Problemas cardíacos
- Problemas gastrointestinais
- Problemas renais
- Problemas respiratórios
- Psicose aguda
- Taquicardia
- Tremores
Além disso, a versão sintética se liga cerca de mil vezes mais fortemente aos receptores cannabis no seu corpo em comparação com a Marijuana natural; a sintética liga-se fortemente na serotonina e em outros receptores cerebrais e o corpo não sabe como inativá-la, permitindo que o efeito persista. Com uma quantidade bem menor desta droga é possível gerar um efeito muito mais perigoso e muitas vezes fatal. A versão sintética da Marijuana é a segunda droga mais popular entre adolescentes e jovens adultos, produzida em laboratório. Ela chega a ser misturada com uma folha de tempero para ser fumada. Infelizmente, muitos ainda realizaram quão perigosa pode ser essa Marijuana. Em relação ao produto natural, esse tipo de medicação só deve ser utilizada em casos crônicos de dores, pois em situações agudas, a indicação continua sendo o uso de analgésicos por um curto período de tempo, somente para o alívio dos sintomas.
Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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Colégio Venceslauense
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