Kefir
Kefir significa “sentir bem”, em Turco. Além disso, a palavra refere-se a um alimento dessa antiga cultura. O kefir é rico em microrganismos bons que auxiliam no equilíbrio do ecossistema intestinal gerando, consequentemente, ótima saúde. Azedo e com sabor refrescante, assemelha-se a um iogurte, contendo também fermentos e bactérias benéficas.
Usado regularmente, o kefir:
- equilibra sua flora intestinal
- melhora o sistema imunológico
- regulariza o transito intestinal
- melhora o sistema digestivo
- elimina a compulsão alimentar, por manter o organismo mais nutrido e equilibrado
- melhora os níveis de vitaminas (B1, B2, B5, B12, K, ácido fólico e biotina), minerais (cálcio, magnésio e fosforo) e aminoácidos essenciais (em especial o triptofano)
- normaliza o seu peso
- auxilia na utilização de carboidratos, gorduras e proteínas para crescimento e geração de energia.
O kefir pode ser feito de qualquer leite: cabra, vaca ou ovelha. Sua consistência é a de uma gelatina branca sobre grânulos de partículas amarelas, o que o torna único, já que nenhuma outra cultura de leite forma esses grânulos.
Agora, outra boa notícia: diferente do iogurte, pode ser consumido pela maioria dos indivíduos com sensibilidade ao leite. Isso acontece porque a lactose do kefir é totalmente digerida na medida em que entra no organismo, momento em que algumas dessas proteínas são degradadas. Como se não bastassem todos esses benefícios, trata-se de um dos melhores e mais baratos meios de se conseguir bactérias boas através da alimentação.
Mas afinal, qual a diferença entre kefir e iogurte?
Apesar de ambos serem produtos da fermentação do leite, esses alimentos contêm bactérias benéficas diferentes.
No iogurte estão bactérias boas que auxiliam na saúde do sistema digestivo, além de fornecerem alimento a essas “bactérias amigas”. Já o kefir colabora na colonização do seu trato digestivo. Ele contém grande variedade de cepas de bactérias boas, que não são encontradas no iogurte. São elas:
- Lactobacillus Caucasus
- Leuconostoc mesenteroides
- Acetobacter
- Lactobacillus kefir
- Klyveromices marxianus
- Succaromyces unisporus
- Toruta kefyr
Essa composição de leveduras e bactérias fornece maior valor nutricional que o iogurte, por ajudar a digerir os alimentos que você come e manter a ecologia intestinal limpa e saudável.
Com relação à digestão, o kefir também leva vantagem. O tamanho de sua coalhada é menor do que a do iogurte, portanto, mais fácil de digerir.
Alimentos fermentados X Alimentos processados
Antigamente, a preservação dos alimentos era realizada através de lacto-fermentação. Esse processo resultava em uma série de outros benefícios, como tornar a comida mais fácil de ser digerida e rica em micro-organismos que aumentam a saúde da flora intestinal.
Atualmente, os alimentos comercialmente processados optam pela pasteurização, um método que acaba destruindo muitas enzimas importantíssimas. Isso sacrifica os produtos, comprometendo o suporte nutricional que se conseguia no passado.
Como fazer o kefir
Em primeiro lugar, você precisa conseguir leite cru, a matéria prima que será convertida em kefir através da fermentação.
Adicione, então, meio pacote de grânulos de kefir em ¼ de litro de leite cru e deixe a mistura em temperatura ambiente durante a noite. No dia seguinte, provavelmente você já terá o kefir. Caso ele ainda não tenha atingido a consistência de um iogurte, aguarde um pouco mais e só depois coloque-o na geladeira. Nas próximas vezes, você poderá reutilizar o kefir do ¼ de litro de leite original até cerca de 10 vezes, sem precisar começar uma nova cultura.
Esse é o modo mais saudável e econômico de se nutrir com boas bactérias probióticas, e nem se compara aos produtos industrializados que prometem os mesmos benefícios.
Dicas para fazer o kefir
Produzir um bom kefir não é uma ciência exata, mas uma arte.
Os principais fatores para determinar a espessura e o sabor do kefir são o tempo de preparo e a temperatura. Dependendo da quantidade que você deseja, ajuste o tempo até atingir o sabor e a forma que mais lhe agrade – afinal de contas, cada pessoa tem um gosto diferente. Faça ficar saboroso para você!
Nos meses quentes, o kefir pode ficar pronto para beber em cerca de 18h. Atenção! Se você deixá-lo por muito tempo em temperatura ambiente, ele vai ficar espesso e eventualmente começará a se transformar em queijo e soro de leite.
Se o seu kefir ficou irregular e muito azedo, é sinal que você está deixando-o fermentar fora da geladeira por muito tempo. Ele deve ser cremoso e bebível, um pouco mais grosso do que o leite. Neste ponto, bata bem e coloque-o no refrigerador. Ele vai ficar ligeiramente mais espesso, uma vez que continua a cultura, mas em um ritmo muito mais lento.
Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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