Agência Fapesp
Um composto natural isolado de árvores da espécie Nectandra leucantha, popularmente conhecida como canela-seca ou canela-branca, apresentou em experimentos in vitro atividade antiparasitária e anti-inflamatória com potencial aplicação no tratamento da leishmaniose visceral e da doença de Chagas.
“Se a molécula demonstrar eficácia e segurança também nos ensaios pré-clínicos in vivo, poderá servir de protótipo para o desenvolvimento de um novo fármaco”, diz o pesquisador André Gustavo Tempone.
O trabalho integrou o projeto “Uso sustentável da biodiversidade de áreas remanescentes da Mata Atlântica do Estado de São Paulo: avaliação, isolamento e caracterização molecular de metabólitos secundários bioativos em espécies vegetais”.
“Já de início o composto se mostrou interessante, pois foi possível isolar uma grande quantidade em laboratório. Em pesquisas de produtos naturais, o comum é obter alguns poucos miligramas da substância ativa, mas o grupo da Unifesp conseguiu obtê-la na escala de gramas, o que facilita muito a realização dos testes pré-clínicos”, conta Tempone.
Nos primeiros experimentos feitos sob a coordenação de Tempone, a substância se mostrou capaz de matar parasitas das espécies Leishmania infantum (causadora da leishmaniose visceral) e Trypanosoma cruzi (causadora da doença de Chagas), sem apresentar grande toxicidade para as células de mamífero.
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