quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Notas do Brasil

Quem será o ministro?
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (5) que só indicará o novo ministro da Fazenda após voltar da Austrália, onde participa da Cúpula do G20, nos dias 15 e 16 de novembro. O G20 reúne as 20 maiores economias do mundo. Perguntada se escolheria o substituto de Guido Mantega antes do G20, Dilma respondeu que "não dá tempo". A formação do novo ministério para o segundo mandato será feita "por partes", segundo a presidente. Durante a campanha eleitoral, Dilma anunciou que Guido Mantega, titular da pasta, não continuaria no segundo mandato. Na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" afirmou que Dilma pretendia fazer o anúncio do novo nome para a Fazenda antes da reunião do G20. (Uol).

Supremo e bolivarianismo
Com sua retórica apocalíptica, o ministro Gilmar Mendes disse aos repórteres Valdo Cruz e Severino Motta que "é importante que (o Supremo Tribunal Federal) não se converta numa corte bolivariana": "Isto tem de ser avisado e denunciado". A advertência está relacionada com a eleição de Dilma Rousseff e sua atribuição constitucional de nomear cinco novos ministros para o Supremo Tribunal Federal durante seu mandato. Pelo andar da carruagem, depois de julho de 2016, quando o ministro Marco Aurélio Mello completar 70 anos, dez dos onze juízes do Supremo terão sido nomeados por presidentes petistas. (Folha de São Paulo).

Miséria parou de cair
Sem fazer alarde, o governo Dilma Rousseff já apurou os primeiros dados oficiais que mostram a interrupção do processo de redução da miséria. Segundo cálculos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ligado ao Palácio do Planalto), o número de indigentes do país cresceu de 10,08 milhões, em 2012, para 10,45 milhões no ano passado. Trata-se de um aumento de 3,7%, que não chega a ser expressivo. No entanto, é o primeiro desde os 10% de 2003.
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Dermatologia

3 comentários:

Anônimo disse...

Retórica apocalíptica nada.Ele está certo e nós que nos cuidemos.

Anônimo disse...

http://www.folhapolitica.org/2014/10/diretor-do-ipea-pede-demissao-apos.html

Anônimo disse...

Política
Diretor do Ipea pede exoneração após órgão se negar a divulgar estudo sobre desigualdade

A análise social dos dados da Pnad é feita anualmente logo após a divulgação da pesquisa; neste ano, Ipea afirmou que fará a análise só depois das eleições

Herton Araújo, diretor do Ipea
Herton Araújo, diretor do Ipea que pediu exoneração nesta sexta (Ipea/Reprodução)

Uma decisão inédita tomada pela direção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de proibir a publicação de estudos realizados pelos pesquisadores envolvendo dados públicos divulgados entre julho e o fim das eleições presidenciais, deu origem a mais uma crise interna. O diretor de estudos e políticas sociais do Ipea, Herton Araújo, colocou seu cargo à disposição por discordar da definição da cúpula do Instituto e, nesta sexta-feira, pediu sua exoneração.

Disposto a publicar um estudo técnico com dados sobre miséria social no Brasil a partir da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada há três semanas, Araújo trouxe o assunto à reunião da diretoria colegiada do Ipea, realizada no dia 9 deste mês. Ele não conseguiu. A decisão do Ipea foi mantida: estudos somente serão divulgados a partir do dia 27 de outubro, após a realização do segundo turno eleitoral. Segundo nota do Ipea "o Sr. Araújo procurou convencer os demais membros do colegiado a rever a decisão, restando vencido".

Leia também:
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​Falta transparência na divulgação de números sobre desigualdade no Brasil

Não se trata do primeiro estudo preso nas gavetas do Ipea. O site de VEJA revelou, em setembro, que o Instituto havia engavetado outro levantamento, desta vez, feito com base nos dados das declarações de Imposto de Renda de brasileiros, e que mostrava que a concentração de renda havia aumentado no Brasil entre 2006 e 2012. A tese, curiosamente, contraria o discurso recorrente dos governos petistas.

A credibilidade do Instituto foi colocada em risco em outra ocasião em 2014. Levantamento divulgado em março deste ano mostrava que 65% dos brasileiros concordariam total ou parcialmente com a ideia de que mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas. O dado correto, divulgado posteriormente, era de 26%.

O incidente ocorrido no Ipea se soma a outros deslizes em órgãos de pesquisa, em teoria, técnicos, que sofreram algum tipo de ingerência durante o governo do PT.