DESCARTE IRREGULAR DE LIXO
G1/TV Fronteira
O improviso no descarte do lixo recolhido em Presidente Epitácio, não é novidade para os moradores. Há um ano, a cidade enfrenta problemas com o descarte dos resíduos em locais inapropriados que, por consequência, gera transtornos à população e coloca o meio ambiente em risco. Por dia, são descartados cerca de 20 toneladas de lixo no aterro improvisado pela prefeitura situado no distrito de Campinal. Durante seis meses, os resíduos foram descartados em uma outra área, mas que foi considerada irregular pelos órgãos ambientais. Diante do impasse, o Poder Público precisou licenciar um outro local de 12 hectares diante da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). No entanto para os moradores e ambientalistas, o problema foi apenas transferido de lugar. A prefeitura abriu uma vala de cerca de seis metros de altura e 100 de comprimento, e deposita todo o material que é produzido na cidade diariamente. Porém, os resíduos entram em contato com o solo, sem nenhum tipo de tratamento, de acordo com a ambientalista, Leila Oliveira Moreira. “Todo o lixo é jogado dentro da vala e, ao completar de despejar os resíduos, apenas será coberta com terra. Com tudo isso, dá origem ao chorume que contamina o solo e a água”, diz a ambientalista. Pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o aterro sanitário deveria ter uma manta impermeabilizadora a fim de evitar que o chorume entrasse em contato com o lençol freático. Além disso, o líquido deveria ser tratado, mas, em Presidente Epitácio, o jeito rústico de tratar o lixo permanece, o que trouxe problemas para os moradores. "Se contaminar a água, o leito criado pelo gado também será afetado. Então, além de acabar com o solo, a nossa renda também está sendo afetada", afirma o pecuarista Alberto Martins. Para o agricultor Antônio Sérgio Rodrigues, não é apenas a água que corre riscos. "Está em jogo a saúde das nossas famílias e das gerações futuras", relata o agricultor. Segundo o prefeito Sidney Junqueira, o município tem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público que autoriza a disposição do lixo na área do distrito. Contudo, um projeto para a construção de um novo aterro sanitário já foi elaborado e, agora, o órgão aguarda a aprovação da Caixa Econômica Federal para o início da obra, afirma. "Nós já fizemos um projeto no banco de um investimento de quase R$ 4 milhões. Precisamos, apenas, da autorização deles para licitarmos. Como a Cetesb disse que podemos continuar com a área, temporariamente, creio que o solo não será afetado, enquanto isso", explica Junqueira.
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W.E.M. Gesso & Decorações
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