A coisa está feia

Futebol
A CRISE FINANCEIRA DO PEIXE
Em forte crise financeira e sem patrocínio máster fixo há quase dois anos, o Santos não pode sequer contar com as receitas de bilheteria para ajudar. O valor arrecadado pelo clube jogando em casa pelo Campeonato Brasileiro em 2014 não paga nem metade de um mês do salário de Leandro Damião, por exemplo. Os salários e direitos de imagem de parte do elenco atrasaram nos últimos meses, tendo sido quitados nesta última quarta pela diretoria. Somados os jogos que o time alvinegro realizou como mandante na competição, o lucro do Santos, depois do pagamento de todas as despesas, foi de pífios R$ 215.989,58. Isso não paga nem metade de um único salário de Leandro Damião, já que atualmente os vencimentos do centroavante são de R$ 500 mil. Sem contar que, de acordo com revelação do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro há alguns meses, os ganhos do atleta custam R$ 900 mil aos cofres santistas mensalmente. Os números ruins santistas são explicados pelas "rendas negativas" da equipe no Brasileiro. Na última partida, contra o Goiás, no Pacaembu, por exemplo, o time teve prejuízo de R$ 37.644,74, explicados por causa do excesso de gastos, como aluguel, policiamento, confecção de ingressos e fiscalização. No boletim financeiro da partida, a renda bruta santista no jogo foi de R$ 225.655,00, mas as despesas totais foram de R$ 263.299,74. Ou seja, o clube "pagou para jogar". Para efeito de comparação, os arquirrivais Corinthians e São Paulo tiveram rendas líquidas superiores que a toda a santista na Série A 2014 apenas somente na última partida de cada um em casa. Contra o Fluminense, o time tricolor paulista faturou R$ 271.311,43, enquanto os corintianos levaram R$ 1.410.928,45 do duelo contra o próprio São Paulo.