segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Carta de Clóvis Moré


Os amigos que não esquecemos

Faleceu Pedro Aparecido de Camargo, aos 84 anos em Campinas, onde morava.
Era o Pedrinho da Saad, de 30 anos atrás.
Preocupado em homenagear aos que foram importantes nestes 50 anos de jornalismo, invariavelmente escrevo sobre estes amigos.
Baseado no livro sagrado A Bíblia aprendi que “a morte faz parte da vida”.
Assim devemos aceitá-la. O tempo este implacável juiz de nossas vidas, assim determina.
Perdi vários amigos, contemporâneos e que fizeram parte do meu dia a dia.
O seu Laércio Oliveira, pai do meu genro, o Oliveira peão velho conhecido da Fazenda São Luís, o Rubens Alonso, meu amigo veterinário por vocação, que salvou muitas vacas e bezerras do meu plantel, o pequeno Nicholas, neto do grande amigo João Serralheiro e outros que a memória já desgastada pelo tempo e pela doença, caprichosamente não lembram neste momento.
Não menos importantes e desde já minhas desculpas aos familiares e amigos pelas possíveis omissões, que, entretanto, não diminuem o amor e saudade que sinto por eles.
Um exemplo – o professor Nildo Jorge, amigo de todas as horas e que com sua esposa Maria Helena do Amaral, fazem parte de minha carreira estudantil e de professor, além de companheiros da APAE. A morte do Nildo foi uma grande surpresa para mim, que 30 dias antes, o havia visto e me desejava saúde. Estava em viagem quando do seu falecimento.
Mas, a vida é assim.
Hoje me lembro do Pedrinho e sua esposa dona Arminda, que fizeram parte de minha infância pois dirigiam a máquina de algodão da Saad onde moravam os tios Alcides e Iolanda.
Estava por lá com meu pai, minha mãe e irmãos em visitas de festas da família. O velho Nico, com seu inseparável violino, que fez 87 anos no dia 15, e que se estiver vivo, quero escrever sobre ele quando fizer 100 anos do seu nascimento.
Pedrinho sempre foi um “gentleman”.
Como vereador e Presidente da Câmara Municipal, um dos mais importantes cargos da hierarquia municipal.
Apesar de sua importância como vereador, foi Provedor da Santa Casa por vários anos, maçônico cumpridor de suas tarefas, “seresteiro” com o velho Nico Moré, sempre alegre e afável, freqüentava o “senadinho” com o Flávio Decco, Zwinglio Ferreira, Gorgulho, Inocêncio, Zé Hamilton e outros.
Pedrinho foi um grande homem e uma das nossas maiores autoridades no passado.
Vereador “sem ganhar nada”, prestava favores aos montes a quem o procurava. Esportista gostava do Palmeiras e era torcedor fanático. Era um homem da comunidade, um cidadão. Um venceslauense brasileiro.
Político habilidoso, ajudava a contornar as crises, sem obter favores pessoais. Um “político e cidadão”.
Era daquelas pessoas que a grande experiência empresarial e de vida, sabia empregá-las com o objetivo de resolver os problemas ao invés de aumentá-los.
Tinha um grande amor pela família Moré e em recente conversa disse ao irmão Toninho, que apesar de morar em Campinas, quando andava pelas ruas daquela linda cidade, revivia Presidente Venceslau e retrocedia ao nosso torrão e se sentia como se aqui estivesse.
Era o amor pela cidade de Presidente Venceslau, com que sempre conviveu e teve seus melhores momentos de vida.
Dias destes, com a minha querida Maria Luiza, lembrava dos que estão partindo, deixando atrás de si, lindas histórias de amor à cidade e as suas famílias.
É difícil controlar as lágrimas e não sentir um aperto no coração.
Descanse em Paz “Pedrinho” e todos os amigos que partiram, são os nossos pedidos a Deus.

2 comentários:

Anônimo disse...

ESSE SIM ERA O VERDADEIRO REPRESENTANTE DO POVO TRABALHAVA COMO VEREADOR SEM GANHAR NADA, AGORA ESSE VEREADORES DE HOJE EM DIA GANHAM MUITO E SÓ FICA NA PREFEITURA ENCHENDO AS PACIÊNCIAS DO PREFEITO E PEDINDO AS COISAS, SÓ SABE FAZER ALGUMA COISA SE A PREFEITURA DER TUDO E O VEREADOR SÓ ENTRA COM O NOME.

Thereza disse...

Parabens Toninho Moré pela bela homenagem, grande nomes de pessoas que viveram e deixaram saudades...