terça-feira, 18 de março de 2014

Agentes penitenciários

ENTRADA BLOQUEADA
G1
Nesta terça-feira (18), cerca de 30 agentes penitenciários bloquearam a entrada de três caminhões, com 22 presos e a saída de oito detentos da Penitenciária de Martinópolis que seriam transferidos, como ocorre semanalmente nas unidades. Os veículos, chamados pelos profissionais de bondes, deixaram as unidades de Junqueirópolis, Osvaldo Cruz e Presidente Venceslau, e, após serem barrados, foram encaminhados para os Centros de Detenção Provisória (CDPs) de Pinheiros e Belém, na capital. A greve da categoria chega ao nono dia no Estado de São Paulo nesta terça. De acordo com o agente penitenciário Rodrigo Ribeiro de Paula, o impedimento de entrada e saída dos detentos, seja para transporte de audiências e julgamentos e a transferência, deve permanecer enquanto não houver um acordo entre o governo estadual e os servidores. “Estamos aguardando uma nova proposta. A primeira não foi aceita, pois não condizia com as necessidades reivindicadas. Assim que apresentarem a segunda, nós nos reuniremos em assembleia para votar. Enquanto isso, permaneceremos parados na frente dos presídios”, disse ao G1 por telefone. De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), quanto à liminar que o Tribunal de Justiça expediu na semana passada proibindo os agentes de impedir transferências e remoções, ainda não houve a notificação oficial. A decisão estabelece multa diária de R$ 100 mil por unidade sindical, em caso de descumprimento. “Não recebemos nada ainda. O sindicato não adotará a medida até que seja judicialmente avisado. Enquanto isso, para nós não é válido”, informou a assessoria de imprensa do sindicato. O presidente do Sindasp, cuja sede estadual fica em Presidente Prudente, Daniel Graldolfo, se reuniu na noite desta segunda-feira (17) com representantes de outros três sindicatos envolvidos no movimento, o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário Paulista (Sindcop) e o Sindicato dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (Sindespe), e decidiram pela criação de uma comissão de greve unificada. Conforme Grandolfo, a partir do acordo firmado, a categoria terá mais segurança para manter a mobilização, que já atinge, segundo eles, 80% do sistema prisional paulista. A intenção é chegar a 100% de paralisação, até que o governo apresente uma proposta satisfatória e exclua qualquer possibilidade de punição para os grevistas. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) fala em 55% de adesão à paralisação. Os servidores reivindicam melhorias trabalhistas e salarias, entre elas, o fim do teto-base, correção do auxílio-alimentação, convocação remunerada durante a realização de blitz, redução das classes de carreira e a regulamentação do bico. A equipe de reportagem do G1 entrou em contato com a SAP mas, até o momento, não havia um pronunciamento sobre a atual situação da greve. Porém, na tarde desta segunda, em uma nota enviada à imprensa, informou as Coordenadorias Regionais das Unidades Prisionais estão “levantando toda e qualquer transgressão” das unidades sindicais e o balanço será encaminhado à Justiça para “as providências cabíveis.
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Pizzaria Tremendão

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