Esclarecimentos sobre 37ª FAIVE

Foto: Ifronteira

Presidente Venceslau
MATÉRIA SOBRE FAIVE NO IFRONTEIRA
Ifronteira
A Câmara de Presidente Venceslau encaminhou nesta terça-feira (5) à Prefeitura e à Associação da Feira Agropecuária e Industrial de Presidente Venceslau um requerimento pedindo explicações sobre a 37ª edição da Faive, realizada neste ano na cidade. A maioria dos vereadores quer saber se foi utilizada verba pública na organização do evento, que neste ano terminou com saldo positivo de R$ 94.918,96. O requerimento foi aprovado na sessão dessa segunda-feira (4) e solicita a prestação de contas do evento, com o balanço financeiro geral. Além disso, também quer saber quem arcou com a energia gasta no período da Faive: se a Prefeitura ou a associação. De acordo com o vereador Tufy Nicolau Júnior (PSDB), este ano a Faive não foi realizada diretamente pela Prefeitura, como em anos anteriores. “A festa foi terceirizada através de uma lei. Foi criada essa associação, sendo assim, não pode ter dinheiro público”, afirma o legislador. Um dos questionamentos é sobre o show de aniversário do município, que foi realizado no último dia da feira. Segundo a Prefeitura, o custo da contratação foi de cerca de R$ 50 mil. Tufy alega que a apresentação não poderia ter acontecido dentro do evento. “Teria que ser feito fora. Também questionamos o pagamento de outras coisas, como a energia elétrica. Se não for esclarecido e resolvido, vamos encaminhar uma denúncia ao Ministério Público”, ressaltou o vereador. Em 2012, ele encaminhou um ofício ao MP pedindo providências sobre as contas da 36ª edição da Faive, que terminou com prejuízo de R$ 578 mil aos cofres do município, já que a festa era organizada pela administração pública.

Outro lado
A Prefeitura de Venceslau também ressalta que a Faive este ano foi administrada por uma associação sem vínculos com o poder público. O Executivo esclarece que optou por realizar o show dentro da feira para “utilizar a estrutura já montada de palco e arquibancadas”. O contrato, ainda segundo a Prefeitura, foi firmado diretamente com o artista e “não houve repasse para a associação e o show ter acontecido dentro do evento não caracteriza repasse de verba. Houve apenas uma parceira entre as partes, como a manutenção do parque, já que o evento era de interesse da Prefeitura”. Por fim, o Executivo enfatiza que a feira foi aberta ao público este ano e que, sem a verba pública, a “associação não precisa prestar contas”. O prefeito Jorge Duran Gonçalez (PDT) está em São Paulo e tem 15 dias para responder ao requerimento. O presidente da associação, Edimilson Scalon Magro, também salienta que não houve injeção de dinheiro da Prefeitura no evento e que o Executivo foi um parceiro. “Quem contratou o show de aniversário foi a Prefeitura, nem tenho o contrato junto com a minha documentação. A Câmara questiona os serviços dados pela administração pública, mas outras entidades também usaram o espaço gratuitamente e não estão sendo questionadas”, pondera. Mesmo sem a obrigação de prestar contas aos vereadores, Magro afirma que divulgará o balancete final à Câmara, mas principalmente a toda sociedade. “Já faria isso em dezembro, pois não tenho obrigação de prestar contas por evento. Contudo, não queremos entrar em atrito com ninguém”, finaliza o presidente.