Post do Luciano
FILHOS E A NATALIDADE
Esta
semana, enquanto lia uma revista, me deparei com uma triste realidade: as
populações do mundo envelhecerão de
forma vertiginosa fazendo com que os mais novos tenham que ser mais eficientes
e trabalhem muito mais para dar conta do recado. (Veja)
Não
é muito difícil de entender. Antigamente as pessoas casavam-se e logo vinham os
filhos com a abundância que as facilidades da época permitiam. Facilmente
encontravam-se casais com três, quatro ou até mais filhos. Considerados como uma
espécie de conjunto da obra chamada família, ficar adulto, casar-se e não ter
filhos era um perdão dado apenas aos patologicamente impossibilitados.
O mundo mudou e os casais passaram a rever este número, lançando para baixo as taxas de natalidade. Mas nada tem repercutido de forma mais intensa nessa desaceleração que a independência feminina e a troca feita pelas mulheres optando pela carreira em detrimento da maternidade. Na Alemanha, cerca de um terço das mulheres com mais de 40 anos e com diploma universitário, estão sem filhos por pura vontade própria. Liberdade, compromisso com a carreira ou estudos, falta de um parceiro comprometido com a causa e até falta do hormônio ligado a maternidade e responsável pelo prazer na amamentação são algumas das justificativas. De qualquer forma, seja lá qual forem os motivos, a certeza inequívoca é que caminharemos para uma situação bem complicada. Ao mesmo tempo em que as pessoas ganham mais longevidade, faltará mão de obra jovem para ocupar postos de trabalho importantes. O sistema previdenciário precisará rever o tempo de contribuição e as empresas terão que aceitar a mão de obra mais velha como uma opção para preencher cargos.
Quem
sabe assim a educação será levada a sério já que teremos menos alunos a serem
educados e criança deverá ser “produto” de desejo de qualquer sociedade
produtiva.
Luciano Esposto é poeta e escritor venceslauense
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