quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Post do Luciano Esposto

Post do Luciano
LAMENTO SOCIAL

Já faz algum tempo que ando incomodado com noticias dando conta de policiais e seus familiares mortos por criminosos. Quando um policial morre em serviço já é para lá de lamentável, mas morrendo a covardia e em horário de folga, transcende a própria barreira do absurdo.

Estamos tão acostumados com tragédias que jornais televisivos ou pequenos clips da internet não causam mais clamor. A notícia sangrenta é a mesma que eleva os índices do IBOPE, talvez porque o advento morte estimule nossa curiosidade.

Gostaria que as pessoas parassem por um instante e pensassem no advento morte. Com o passar dos anos a única coisa que não mudou foi o sentimento que aflora quando a coisa acontece conosco. Enquanto estamos sendo bombardeados por todos os meios com noticias tristes nada muda muito em nosso coração até que o mundo caia sobre nossas cabeças e sintamos na pele a mesma dor que muitas famílias estão sentindo por quase uma centena de policiais falecidos.

O policial é a última fronteira entre as pessoas de bem e o crime. Aquele honrado cidadão que, por motivos dos mais diversos, geralmente uma vocação incontrolável, determina-se a doar de si para cuidar da sociedade. Contudo, ele nunca deixará de ser filho, marido ou pai. Já imaginaram como foi para aquele pai que, nesta semana, teve um filho executado e outro agora lutando contra a morte numa UTI?

E sabem o que mais me deixa indignado? Não ouvir em um só momento o pronunciamento dos grupos de direitos humanos. Será que devemos acreditar que o policial não é humano ou será que direitos humanos, além de rimar com direito dos manos, é também sua única e profícua função. Onde estão os questionamentos sobre o que fazer ou a pressão que costumeira quando há noticia de um algemado que tomou alguns empurrões? Alguma entidade dessas visitou uma família que fosse demonstrando um simples ato de solidariedade? Ou será que família de policial não é gente... não sofre... não deixam viúvas... filhos de pais ausentes e muito sofrimento.

A verdade é que o silêncio desses grupos desorientados que, por sua ideologia, deveriam cuidar do bem maior que a vida e a integridade física fosse de quem fosse, atuam no Brasil de forma míope e seccionada, ecoando uma amargura ensurdecedora.

Quase uma centena de policiais mortos indica que algumas coisas precisam ser repensadas e com brevidade, não devemos aceitar que a baderna e a subversão a lei e a ordem possam massagear o ego de um poder paralelo que sempre existiu enquanto o homem é homem mas que, neste momento, precisa de uma resposta tão rápida quanto inteligente.

Aos parentes e todos aqueles que perderam seus entes queridos da família policial, meus sinceros pêsames e que Jeová Deus possa consolar seus corações.

Luciano Esposto é poeta e escritor venceslauense.

2 comentários:

FURTIVO disse...

Sigo as palavras sinceras,tristes do autor do texto,que realiza uma leitura do caos social que há no momento no Estado de São Paulo.
É nítido que valores,como a vida viraram peças descartáveis,de uma politica que toma a todo o momento atitudes inescrupulosas,contra sociedade.

Anônimo disse...

Parabéns Luciano.
Primeiramente por sua solidariedade, como ser humano, pelas lamentáveis perdas desses que lutam para manter a ordem e a integridade da população em geral.... e principalmente pela solidariedade com seus familiares que choram a dor de tal perda.
Parabéns tb. por tentar desmascarar esses hipócritas que se intitulam militantes dos direitos humanos. Foi muito feliz em sua explanação... realmente nesse momento de dor dos familiares que perderam seus entes queridos, nenhuma dessas entidades dos direitos humanos vem a público como vc. fez e se solidariza.
Para mim só faltou vc. fazer uma sugestão para essa cambada dos "direitos dos manos"... e eu à faço aqui.
"Já que eles gostam tanto de bandido, para que amenize um pouco das lotações das cadeias em geral, por que eles não levam um bandido para a casa deles e da toda a mordomia que eles tem enquanto presos????"