quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Post do Fernando Freitas

Espaço do Nando
Religiões, deuses e fé

O dito popular sugere que política, futebol e religião não se discutem. Sinceramente, não concordo com a máxima em relação aos dois primeiros temas, mas quanto ao terceiro, admito que talvez seja mesmo muito difícil discutir sobre. Política pode ser um assunto complexo, assim como o futebol, mas são concretos, palpáveis. Já a religião, apesar de estar concretizada através dos rebanhos de fiéis, seitas e templos, envolve temas muito subjetivos e abstratos, com variáveis culturais nas suas inúmeras doutrinas e crenças. Não que eu seja agnóstico, ateu ou desprovido de fé, muito pelo contrário. Mas acho muita pretensão humana, mesmo dos sacerdotes mais preparados e estudados, tentar esclarecer os mistérios da vida após a morte, para onde vão as almas, ou coisa do tipo. Na minha modesta opinião, todos fazem uma interpretação conforme suas conveniências e crenças, repassando suas teorias, que são assimiladas ou não pelas pessoas. Mas saber mesmo o que ocorre no plano espiritual, ninguém sabe, de fato. Apenas suspeitam, através de livros “sagrados”, escritos por homens, em um lugar distante, em épocas remotas.

Também não nego que é importante para uma sociedade, o advento da religião. Importantíssimo no ponto de vista da fé, mas também importante para o controle social. Temer um Deus, ou mesmo a justiça Divina, faz com que muitos homens repensem sobre seus atos, antes de cometê-los. O mundo certamente seria ainda mais caótico se as pessoas fossem destemidas e descrentes no julgamento final. E não é à toa que muitos Estados foram ou ainda são vinculados à religião.

A Bíblia, o Alcorão, o Torá, todos os livros ditos “sagrados” foram escritos sábios humanos, e não menosprezo seus ensinamentos. Mas são preciosos ensinamentos humanos, não divinos. Os índios que veneram o Sol, os umbandistas que lançam oferendas no mar, os indivíduos que rezam ou oram fervorosamente, seja em um templo evangélico, na Basílica de Aparecida ou em uma mesquita, possuem um ingrediente vital para a sobrevivência: a fé. E é essa fé que nos torna mais fortes, dispostos a fazer o bem e a viver buscando harmonia e equilíbrio. Adorando qualquer Deus, ou mesmo nenhum, o importante é trilhar bom caminho, nem tanto por temer um castigo pós-morte, mas principalmente, para desfrutarmos de paz de espírito, enquanto vivos.

Fernando Freitas é Funcionário Público Estadual e escreve às quartas-feiras.

4 comentários:

Anônimo disse...

religiao nao serve pra nada

Anônimo disse...

A religião cristã não tenta descobrir os mistérios do pós morte, mas pela fé acredita que a vida humana não se resume a essa vida. Penso que também a política e o futebol exigem fé para crer que futuramente resultarão em ações que dignifiquem o ser humano.Ninguém vive sem fé!

norberto disse...

Caro Fernando, Referente á bíblia, discordo quando você diz: "escrito por sábios humanos" sou cristão, acredito fielmente na palavra de Deus, 2PEDRO, 1:20-21 diz: "sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de Particular Interpretação, porque a profecia NUNCA foi produzida por VONTADE de Homem Algum, mas os Homens Santos de Deus falaram INSPIRADOS pelo Epirito Santo. Norberto, rg 22.180.456. Abço.

Anônimo disse...

REALMENTE É MTO DIFICIL DAR UMA OPINIÃO OU FAZER UM COMENTARIO SOBRE ESSE TEMA EU AXO Q CADA UM TEM A SUA FÉ PQ NA VDD DEUS É UM SÓ PRA TODOS NÓS I