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FILHO CONTINUA TRADIÇÃO COM ESPORTE CLUBE FLUVIAL
Tradicional equipe de Presidente Epitácio, o Esporte Clube Fluvial foi fundado no Porto Tibiriçá, por volta de 1938, onde funcionava uma empresa de navegação chamada Bacia do Prata, precursora dessa atividade e mantenedora do time. Com o apogeu nos anos de 1954 a 1957, o Fluvial guarda muitas histórias e lembranças. Parte desta memória, o ex-goleiro e membro da diretoria, Wilson Cruz, o “Melado”, hoje com 79 anos, relembra com saudosismo os momentos do passado. “Participei desde o começo do time. Na época, só tinha um campeonato amador da Liga de Presidente Prudente e era muito difícil ser campeão”, afirma.


Depois de 29 anos, em 1967, o Fluvial fechou suas portas. O motivo foi a redução das atividades da Bacia do Prata no Porto Tibiriçá, que começou a levar os jogadores para o Marítimo de Corumbá-MS, também mantido pela empresa. Mas a história não acaba aí. Quarenta anos depois, o filho de Wilson, o vereador Agnaldo Cruz, 52, reabriu o time em que seu pai jogava para relembrar as histórias, a tradição e trazer o nome do Fluvial de volta à história do futebol da cidade. “Sou nascido na vila Tibiriçá, onde surgiu o time. Participavam dele familiares e amigos. A intenção é preservar o nome, as cores, a história e estar junto com as pessoas fazendo amizade”, destaca o presidente do Fluvial.


Assistindo ao jogo da equipe na semifinal do Campeonato de Masters de Caiuá do banco de reservas, no meio da entrevista o presidente e enfermeiro que trabalha há 27 anos no hospital da Penitenciária I de Presidente Venceslau sai correndo para tratar uma contusão de um jogador adversário. Serviço feito, na volta ao banco ainda aproveita para especular a contratação de um jogador que passava por ali. Reaberto há cinco anos, o “novo” Fluvial tem um título de campeão e dois vice-campeonatos. Na semifinal do Masters de Caiuá, que deu vaga ao time para mais uma final, a nova equipe recebeu a ilustre visita da velha guarda do antigo Fluvial. Além do goleiro Wilson Cruz, o ponta-direita do time em 1954, Erasmo Ferreira da Silva, com 91 anos.


Com o pé no chão, Agnaldo traça metas para a equipe. “O objetivo é manter o grupo organizado e respeitado pelos adversários, atuando e sempre trazendo novos atletas para equilibrar o time diante do futebol master regional”, afirma o presidente. Vida longa ao Esporte Clube Fluvial, e que dessa vez seja para sempre, sem ponto final.


Reportagem e texto: Murilo Souza