Uma ideia brilhante que pode afastar o Alzheimer
Não há nada que assuste mais as pessoas adultas do que a demência. E quando eu digo nada é absolutamente nada mesmo. Os adultos têm mais medo da demência do que da doença cardíaca e até mesmo do câncer. Para essas pessoas a ideia de perder a mente devagar até que não haja mais nada é pior do que esses males juntos. Neste exato momento uma em cada oito pessoas que estão na terceira idade – incluindo metade de todas acima dos 85 anos – está lutando contra a demência em pleno desenvolvimento. Isso totaliza 5,2 milhões de americanos e é previsto que esse número se agigante em 16 milhões até 2050. A demência é tão comum entre as pessoas que muitas pensam que ela simplesmente faz parte do envelhecimento, mas nada podia estar mais longe da verdade do que isso! Quando se trata de saúde mental nada é inevitável. Mas há um passo que você pode dar agora mesmo para proteger a sua própria mente, ainda que pense que já está apresentando os sinais de uma desaceleração cognitiva. E esse passo é dado da porta para fora, onde o sol está brilhando, isso porque a vitamina D que você obterá durante essa exposição ao sol tem o poder de…
…Varrer os danos da demência da sua mente!
O beta-amilóide é um peptídeo que forma as placas encontradas nos cérebros de pacientes com demência. Os cientistas não sabem como ou por que elas se formam, mas eles sabem de uma coisa: quando estas placas começam a se acumular, a demência geralmente vem logo atrás. Você não consegue limpar esta placa com uma droga e não há nenhuma cirurgia que possa reparar o seu cérebro uma vez que ela apareça. Mas a vitamina D3 que é a forma natural da vitamina D, diferente da sintética e inútil vitamina D2, pode realmente ligar um gene que transforma as suas células sanguíneas brancas em mísseis que caçam a placa. Uma vez que elas recebem o sinal, as células sanguíneas brancas encontram a placa, cercam-na e levam-na embora.
É como ter um time de defensores movidos à energia solar ao seu lado!
O mesmo estudo descobriu que a curcumina tem um efeito similar. Ela é o poderoso anti-inflamatório encontrado no curry que lhe dá um sabor tão excitante. Felizmente, a curcumina é facilmente disponível na forma suplementar e acrescentá-la a sua dieta não é má ideia, já que os benefícios vão bem mais longe do que a proteção contra a demência. Mas agora vamos focar na vitamina D, até porque este novo estudo não veio do límpido céu azul. As evidências vêm se acumulando já faz um bom tempo, incluindo dezenas de estudos publicados nos últimos poucos anos.
Veja alguns exemplos:
- Um estudo de 2010, realizado com 810 italianos da terceira idade, descobriu que aqueles com nível sanguíneo de vitamina D abaixo de 25 nanomoles por litro eram 60% mais prováveis de sofrer declínio cognitivo substancial.
- Em 2009, pesquisadores da Tufts descobriram que as pessoas da terceira idade com baixa vitamina D tinham um duplo risco de demência, doença de Alzheimer e derrame.
- Ainda em 2009, os pesquisadores da Cambridge descobriram que as pessoas da terceira idade com os menores níveis de vitamina D tinham 2,3 vezes o risco de prejuízo cognitivo do que aquelas com os mais altos, especialmente os homens.
- Neste mesmo ano, um estudo francês sobre mulheres acima de 75 anos descobriu que aquelas com os menores níveis de vitamina D tinham problemas cognitivos como perda de memória e até a inabilidade de fazer aritmética simples.
No mundo todo, os pesquisadores estão chegando à mesma conclusão. E isso não está nem perto de ser toda a evidência e sim apenas alguma parte das mais recentes. Outros estudos têm descoberto que altos níveis de vitamina D podem aumentar a memória, cortar a inflamação cerebral e até estimular o crescimento de células nervosas no cérebro. Mas, a não ser que você tenha acatado os meus conselhos…
…Você provavelmente está muito deficiente em vitamina D.
Até 90% das pessoas na terceira idade sofrem de níveis subótimos de vitamina D (você reconhecerá os outros 10% pelo bronzeado). Você poderia fazer um exame de sangue para te ajudar a saber em que pé se encontra, mas seria uma perda de tempo porque você certamente precisa de mais. Existem duas maneiras de obter essa vitamina. Uma é barata e a outra é de graça. O problema é que você foi obrigado a se afastar das duas. Você conhece aquela que é de graça muito bem, mesmo que você não tenha visto ultimamente. Você pode estar o ignorando, mas ele não ignora você; ele só está pairando do outro lado da sua janela por aproximadamente 12 horas por dia, como um amante abandonado, só esperando uma espreitada.
É o sol!
A exposição ao sol é a maneira mais fácil de fazer a fábrica de hormônios do seu corpo funcionar mais eficientemente que as plantas chinesas que produzem os iPads. E quando a sua fábrica movida ao sol está funcionando em pleno vapor você tem acesso a algo muito mais valioso do que uma engenhoca qualquer. Você tem acesso à vitamina D que não sai de moda nunca. Mas isso por si só não será o suficiente para muitas pessoas. É por isso que eu recomendo um suplemento de vitamina D mesmo para as pessoas que moram em locais ensolarados, só para ter certeza de que elas obtenham o que precisam. Naturalmente, dizem que você não precisa deste suplemento e que a maioria das pessoas já consegue toda a vitamina D necessária. Dizem também que tudo o que você precisa é de 600 UI por dia, no final das contas. Esses mesmos gênios também alegam que 10.000 UI de vitamina D é mortal, apesar do fato de que você obterá pelo menos esta quantia e talvez até mais com apenas 30 minutos de exposição ao sol na praia. Eu vou muito à praia e eu não tive que pular sobre nenhum cadáver lá até agora. Você quer isso! Você precisa disso! E não vá confiando em ninguém que te diga outra coisa. As necessidades individuais variam de pessoa para pessoa, mas 4.000 UI é um bom começo para a maioria das pessoas. Para resolver de vez essa questão sugiro que você procure também um médico ortomolecular e/ou um nutrólogo.
Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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