sexta-feira, 19 de abril de 2013

Recuperação Judicial da Decasa

 Rubens Germano, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Presidente Venceslau e Marabá Paulista
  Marabá Paulista   
NOTÍCIA SOBRE A DECASA
Recuperação Judicial da usina é aceita pelos credores
*Nota do jornalista Danilo Bonfim

Assembleia ocorrida na quarta-feira, 17, em Presidente Venceslau, reuniu credores, fornecedores, advogados e sindicalistas para apreciar o plano de recuperação judicial apresentado pela usina Decasa Açúcar e Álcool S/A, de Marabá Paulista. Na oportunidade, a indústria sucroalcooleira teve a sua proposta aprovada pelos presentes.
Entre os compromissos assumidos pela Decasa, está o de pagar, em condições parceladas, suas dívidas junto aos trabalhadores, instituições bancárias e demais credores. Ficou decidido que a usina não beneficiará a cana de açúcar produzida para as safras de 2013 e 2014, voltando a operar seu parque industrial apenas em 2015. A produção agrícola no biênio será direcionada exclusivamente para venda a empresas interessadas. O plano de recuperação prevê também que aproximadamente 400 trabalhadores permaneçam nas áreas de agrícola e indústria realizando manutenções básicas.
De acordo com o sindicalista Rubens Germano, que preside o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Presidente Venceslau e Marabá Paulista, a aprovação da recuperação judicial abona o acordo firmado juntamente com os trabalhadores dos setores de corte de cana, transporte e parque industrial e seus respectivos sindicatos quanto ao pagamento de direitos trabalhistas em atraso. “Com o plano devidamente aprovado, a empresa não terá mais desculpas se faltar com suas obrigações com os trabalhadores que assinaram o acordo demissionário imposto no mês de janeiro. O pagamento do referido acordo está garantido e terá seu início em 30 de junho próximo”, comenta Germano.
Para o presidente do STR-PVMP, não há mais motivos para que a Decasa aponte impedimentos que a impeçam de cumprir com o que ficou acertado na assembleia. “Na quarta-feira foi dada uma nova chance, um verdadeiro voto de confiança para que a empresa se recupere e volte a operar, em nome da manutenção e da geração de postos de trabalho. Não há mais qualquer motivo para a usina dar novo calote em seus agora ex-funcionários, como lamentavelmente ocorreu nos meses de dezembro e janeiro passados”, afirma Germano, e completa: “Esperamos que a indústria honre com seus compromissos e não agrave ainda mais a situação das pessoas que fizeram parte de seus quadros. A falta do pagamento de salários e benefícios refletem na vida profissional e familiar dos trabalhadores até hoje”, enfatiza o sindicalista.
O anúncio de paralização das atividades da usina e a demissão em massa de quase a totalidade de seus funcionários nas primeiras semanas do ano provocou impacto imediato na economia do pequeno município de Marabá Paulista, bem como nas demais cidades vizinhas, como Presidente Venceslau, Caiuá, Piquerobi, Mirante do Paranapanema, entre outras. Com a renegociação de suas dividas através do plano de recuperação judicial, a expectativa na comunidade da microrregião é de que esse quadro se reverta somente a partir 2015.

3 comentários:

Anônimo disse...

Isso não é bom. Não acredito que haverá recursos para recuperação, espero que esteja errado, mas fica a dúvida, será?

Anônimo disse...

É meu povo, chegamos ao fundo do poço. Emprego para quem mora aqui só mesmo se passar em concurso pra asp ou pra policia. Em cinco ou dez anos seremos uma espécie de Piquerobi um pouco maior. Nada mais. Aff......

Anônimo disse...

Boa tarde..... A eseperança dela ser vendida trabalhei durante 6 anos na usina mas tive a sorte de sair antes e reçeber todos os meus direitos, masfico pensando naquelas familias q tinha como principal renda familiar vindo da usina... mas vamos torçer para ela ser vendida