quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Post do Luciano Esposto

Post do Luciano
FIDELIDADE CANINA

Muitas pessoas tem e curtem um bichinho de estimação, sobretudo, cachorros e gatos, apegando-se a eles como a um filho. Talvez por isso o mercado dos “pet shop” cresça tanto. A coisa de pouco mais de uma década um cachorro era apenas um animal de estimação, quando muito, uma companhia agradável para espantar a solidão do coração. Hoje, porém, tomam lugar de destaque em alguns lares a ponto de gozarem de privilégios um tanto quanto excêntricos.

Não entendam como privilégios os tratamentos de saúde como alternativa ao sacrifício, por que, como dizia meu pai: “ se pegou para criar tem que cuidar do bicho até o fim de sua vida”. Algumas raças possuem um instinto tão afável que há quem afirme com veemência que seu amigo do peito sorri quando chega em casa. Verdade ou não isso deve causar uma alegria danada ao sujeito.

Nas lojas especializadas a diversidade de rações deixou de ser a parte mais atraente dando espaço para roupas, acessórios e guloseimas das mais diversas. A força desses ventos fez nascer um mercado ainda não dimensionado de prestadores de serviço ávidos por oferecerem confortos dos mais inusitados. Tem cachorro relaxando em banhos de o furô; outros com babá para cuidar e brincar na ausência dos “pais”; hotéis especializados com intensa carga de atividades para que os peludos divirtam-se na mesma proporção dos donos, varrendo aquela sensação de injustiça por ter deixado o bicho.

Não sei ao certo como explicar isso, e até acho que os psicólogos o fariam com muito mais propriedade, contudo, fica no ar a sensação de distanciamento entre nós, seres humanos. Estamos trocando relações complexas de amizade e afeto pela simples companhia de um animalzinho que sempre lhe aceitará com seus defeitos; que apesar de ser maltratado pelo seu mau humor, no momento seguinte estará pronto para amá-lo sem rancor; que parece entender suas chateações apenas por sentar-se ao seu lado e deixar que fale tudo que precisar dizer se meias palavras.

Será que as pessoas vão mesmo desistir do grande mistério que rege as relações humanas levando- as ao equilíbrio? Será que não estamos nos acovardando diante das chateações da vida moderna querendo apenas eliminar mais uma das contendas diárias?

Acho que nossos amiguinhos podem e devem ser um complemento afetivo importante especialmente para crianças e idosos, mas em nada substituirão a magia de ter um bom amigo, alguém em quem confiemos; uma pessoa com a qual possamos compartilhar nossas angústias e alegrias e que possa nos felicitar com as dela, fazendo das vidas uma via de mão dupla na qual todos ganham.

Luciano Esposto é poeta e escritor venceslauense.

5 comentários:

Anônimo disse...

Provavelmente o autor deste texto não sabe o que é ter um cachorro de estimação. Ninguem substitui um amigo por animal. As reflexões dele em nada acrescentaram a nós leitores que temos caes e cuidamos com todo amor e carinho...
Se o autor queria escrever sobre relações pessoais, interpressoais, familiares, de trabalho ou qualquer outra, deveria entender que sao universos amplos e distintos. Apesar, que eu não trocaria meu animal pela amizade de tanta gente que tem por ai...Não entendi o que ele quis com esse texto...sinceramente...

Anônimo disse...

animal não tem duas caras, já o ser humano !?!?!

Anônimo disse...

só sei que quanto mais eu conheço os homens, mais aprecio os cachorros.

Anônimo disse...

A imagem do link abaixo pode ajudar o autor do texto a rever seus conceitos.

http://quemtemmedodademocracia.com/wp-content/uploads/2011/10/morador-de-rua1.jpg

Anônimo disse...

Muito bacana, concordo em genero numero e grau...