Será que precisamos mesmo nos preocupar com o Ebola?
Até bem pouco tempo atrás quase nada se ouvia falar sobre o vírus Ebola; a contaminação nos parecia muito distante, afinal ele estava localizado somente em países do oeste africano (Serra Leoa, Guiné e Libéria). Só que não demorou muito para o vírus chegasse à Europa, atravessando o oceano e chegando também à América. O vírus Ebola possui uma taxa de mortalidade altíssima, chegando a ápice de 90% nos casos de contaminação. Dentro da escala de alerta emergencial a doença está no nível 1. E para que você tenha ideia do que isso representa, só tivemos alertas de nível 1 com a passagem do furacão Katrina no ano de 2005 e quatro anos mais tarde com a Gripe H1N1. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou estado de emergência de saúde pública internacional para o Ebola, no dia 8 de agosto deste ano. Ainda que mais fortemente discutido nos dias atuais, o vírus Ebola foi descoberto há quase 40 anos atrás, mais precisamente em 1976 no Sudão. Ele possui cinco subtipos, sendo eles:
- Zaire ebolavirus (o mais virulento)
- Sudão ebolavirus
- Ivory Coast ebolavirus
- Ebola-Reston
- Bundibugyo ebolavirus
Os sintomas de infecção começam a ocorrer de seis a até 16 dias após a contaminação, levando à imunossupressão importante que pode levar a morte por desidratação por problemas gástricos. Os primeiros sinais de infecção são:
- Sintomas gripais não específicos;
- Aparecimento súbito de febre, diarreia, dor de cabeça, dores musculares, vômito e dores abdominais;
- Dor de garganta e sangramento;
- Em estágio mais avançado o doente pode apresentar choques, edema cerebral e distúrbio de coagulação, além de infecções secundárias. Podem acontecer também hemorragias logo após o quarto dia do aparecimento dos sintomas iniciais, chegando até à falência de múltiplos órgãos.
Como ocorre a contaminação
Ao contrário do que se imagina o Ebola não se espalha tão facilmente. A contaminação só ocorre por contato com o fluido corpóreo de pessoa infectada, estando descartado o contágio do vírus pelo ar.
Tratamento:
Embora diversas vacinas estejam sendo testadas, não existe ainda nenhum tratamento específico para o caso de contaminação pelo víruso. Na melhor das hipóteses teremos que aguardar até que surjam tratamentos seguros e eficientes.
Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.
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