sexta-feira, 16 de maio de 2014

Em 2013

Presidente Venceslau
DESABAMENTO NA AVENIDA DO ESTADO
Moradores cobram soluções
Ifronteira
Um ano e dois meses após a morte de Marta Aparecida Moraes, soterrada enquanto dormia com o marido em casa após o chão do quarto ceder, familiares e vizinhos, moradores do Bairro Parque São Jorge, em Presidente Venceslau, cobram soluções da Prefeitura Municipal. O local permanece com uma placa em frente a casa de Marta, que informa que a área restrita ainda oferece risco de acidente. No local da erosão, onde aparecem rachaduras provocadas pelo desabamento, apenas a cratera foi fechada. Mesmo depois de tanto tempo, o viúvo da vítima, José João dos Santos, continua sem nenhuma resposta. “Até agora a prefeitura não fez nada. Há cerca de oito meses não tenho contato com o executivo”, diz. As residências próximas ao local também foram ameaçadas e interditadas pela Defesa Civil. Na época, algumas famílias foram morar em um hotel e outras, em residências de parentes. A dona de casa Maria Creuza de Melo foi uma das pessoas que tiveram que abandonar sua casa. Atualmente, ela vive em um imóvel alugado, pago pela prefeitura. “Essa indefinição sobre o destino da minha casa é um problema que me causa muita preocupação. Eles ficaram de dar uma revisão, mas até hoje a casa está oca e não tive nenhuma resposta. A proposta deles era que a prefeitura seria responsável por analisar o local e que, se precisasse arrumar, eles é quem fariam isso e entregariam as casas prontas para nós”, conta. Quem mora próximo ao local do acidente, mesmo que não tenha tido o imóvel interditado, ainda convive com sentimento de insegurança, como é o caso da aposentada Josefa Elza de Menezes, que depois do ocorrido passou a olhar o terreno todos os dias. “Minha casa não foi comprometida, mas fica bem ao lado da residência ameaçada. Estou sempre olhando e minha filha já não dorme mais no quarto dela com medo, ela dorme na sala, porque o quarto fica no rumo do buraco. Temos medo de desabar lá e desabar minha casa também”, relata. No inquérito feito em novembro de 2013 pela Polícia Civil, a conclusão foi de que o desabamento aconteceu em virtude do rompimento da galeria localizada embaixo do quarto da vítima que, até então, era negada a existência pelo próprio município. O documento ainda, aponta que houve uma série de omissões, especialmente por parte da prefeitura ao não fiscalizar e monitorar o sistema urbano de galerias de águas pluviais. Os moradores seguem preocupados por saber que as galerias não são fiscalizadas e que muitas sequer são de conhecimento público, o que possibilita o desmoronamento a qualquer momento. “Já passou um ano e o buraco está cada vez mais fundo e ninguém faz nada. Dessa forma, a gente acaba não sabendo o que está acontecendo”, comenta a aposentada Gláucia de Fátima Chaga.


Outro lado
Em nota, a Prefeitura de Presidente Venceslau informou que prestou assistência à família da vítima do soterramento e que as famílias vizinhas foram recolocadas em imóveis custeados pela prefeitura ou em hotéis. Três, das cinco famílias que recebiam o auxílio se acomodaram em outros locais. A nota diz ainda, que o executivo conseguiu junto ao Governo do Estado um estudo de sondagem de solo e que técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inspecionaram o local por duas vezes, no entanto, ressalta que os laudos foram inconclusivos. Outra sondagem será feita nas galerias de água do município, porém, conforme a nota, não há data definida. Em virtude de aspectos jurídicos, policiais e técnicos, a prefeitura também diz que não pode agir naquela área.
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CA Semijoias

3 comentários:

Anônimo disse...

Quantas pessoas vão ter que morrer para alguém fazer alguma coisa?

Anônimo disse...

A CONTRA RESPOSTA É REDÍCULA PELA PREFEITURA, SE A PREFEITUTA NÃO PODE ATUAR NAQUELE LOCAL , COMO MENSIONADO PELA NOTA, FICA A PERGUNTA ; QUEM PODE ENTÃO?

Anônimo disse...

Foi uma tragedia é fato. Mas foi um show de informacoes desencontradas e sem fundamentos. Contribuinte preparem o bolso pois a prefeitura para felicidade de advogados sera condenada mais uma vez.