Emprego
EM ASSEMBLEIA, TRABALHADORES DÃO PRAZO DE 24H PARA USINA DECASA
Assessoria de Imprensa
O que era apenas uma pessimista suposição entre os trabalhadores da destilaria Decasa Açúcar e Álcool S/A, acabou por se confirmar nesta segunda-feira, 07. A indústria sucroalcoleira sediada em Marabá Paulista não efetuou o depósito dos salários referentes ao mês de dezembro dos empregados e agora acumula em sua conta também o não pagamento do 13º salário de 2012 e a concessão da cesta básica de novembro. Como se não bastasse o descumprimento de suas obrigações trabalhistas, a Decasa, sem qualquer explicação, não forneceu o transporte para os trabalhadores na manhã de ontem, data firmada pela própria usina para a retomada dos trabalhos após os 30 dias de folga coletiva. Como resultado deste conjunto de arbitrariedades, na tarde desta segunda-feira, cerca de 300 trabalhadores dos setores de mão de obra e transporte, bem como da área industrial, se reuniram em assembleia nas dependências do Sindicato dos Trabalhadores dos Rurais de Presidente Venceslau e Marabá Paulista e protestaram contra a situação. Por mais desfavorável que esteja o cenário, a categoria decidiu dar mais um dia de crédito à Decasa, para que esta se manifeste até o final de terça-feira pagando o que deve ou pelo menos concedendo um prazo para que o impasse seja resolvido por completo. Aguardam-se ainda os resultados de outras assembleias a serem promovidas neste dia 08 de janeiro pelas demais categorias que compõem o quadro de funcionários. Todos estão com salários em atraso. Durante a assembleia, não foi descartada a ocupação do parque industrial como instrumento de pressão para que sejam efetuados os pagamentos. A decisão dos trabalhadores foi acatada e apoiada pelo sindicalista Rubens Germano, que preside o STR-PVMP. “Durante o encontro foram levantadas várias propostas. A maioria optou por aguardar por mais 24 horas o posicionamento da usina e assim faremos”, explica Germano, ressaltando que nas últimas semanas foram feitas dezenas de contatos com a indústria na busca de obter informações a respeito do quadro que se avistava. “A dispensa dos trabalhadores pelo período de 30 dias, o não pagamento do 13º e a não concessão da cesta básica do mês de novembro já nos davam fortes indícios de um cenário mais negativo”, expõe Germano. “Ao invés de expedirem algum tipo de comunicado, a Decasa preferiu o silêncio, aumentando assim as especulações e, principalmente, as preocupações entre os trabalhadores”, diz o sindicalista. A falta do 13º e do adiantamento salarial - conhecido por “vale”, aguardado até o dia 20 de dezembro - implicam em sérias dificuldades para que os trabalhadores honrem com seus compromissos e até falta comida entre aqueles que dependem da cesta.
Se não houver evolução
Segundo o STR-PVMP, se não houver qualquer evolução nesta terça-feira, os trabalhadores pretendem sair às ruas no dia 09 em uma manifestação pacífica de alerta e sensibilização da sociedade local. “Tudo o que a empresa prometeu, em uma nota veiculada na imprensa, nada cumpriu”, aponta o sindicalista. No itinerário da manifestação, consta uma parada em frente ao fórum da Justiça do Trabalho existente no município. “Chamados de ‘heróis’ pelo ex-presidente Lula em 2007, hoje os usineiros são os verdadeiros vilões da classe trabalhadora em nossa região. Cada litro de etanol produzido carrega muito suor e sangue dos trabalhadores”, afirma. “Se por um lado o biocombustível é enaltecido por governos, por outro, poucos veem o quanto sofrem os trabalhadores, em especial aqueles do setor de corte de cana. Além de trabalharem debaixo de sol quente e receberem um salário ínfimo, tem ainda seus direitos trabalhistas mais básicos vilipendiados pelos patrões”, expõe Germano. O sindicalista enfatiza a falta de respeito que a usina tem dispensado aos trabalhadores. “Ao instituírem o retorno ao trabalho para esta segunda-feira, criaram a expectativa de que os salários poderiam ser pagos e os problemas resolvidos. Agora, além de não pagar nada, não há previsão de retorno e os trabalhadores estão ‘perdidos’, sem qualquer prazo para receberem o que tem direito”, diz. Em processo de recuperação judicial desde 2010, a falta dos pagamentos do salário de dezembro, 13º de 2012 e cesta básica corroboram com as especulações de que a Decasa pode encerrar suas atividades ainda este ano. Para o primeiro dia do mês de março está prevista a assembleia final do processo de recuperação judicial. Nela será definida a falência ou a sobrevida da usina.
Santo Anastácio
A dificuldade por qual passa a usina de Marabá Paulista reflete o mau momento do setor de produção de etanol no oeste paulista. Na usina Alvorada do Oeste, de Santo Anastácio, por exemplo, além de não moer cana em 2012, toda a sua produção de campo foi direcionada para a usina ETH de Mirante do Paranapanema. Ainda assim, os trabalhadores foram demitidos gradualmente no decorrer do ano e até o momento não receberam qualquer direito, como aviso prévio, dentre outros.
10 comentários:
Marabá Paulista está cagado mesmo! Quando a usina pertencia ao município de Caiuá, ia tudo bem.
Desde que passou para o município de Marabá Paulista, começou a despencar. Que fase.
PORQUE O JUDICIÁRIO NÃO DISTITUI A DIRETORIA , PASSA PARA OS CREDORES A GERENCIA ( BANCOS , ETC )ESSES COM MUITOS RECURSOS,DÃO SEGUIMENTO NA USINA ONDE COM A PRODUÇÃO DE ALCCOL E AÇUCAR VÃO QUITANDO SEUS DÉBITOS.
SE NÃO FOR ASSIM, AMARRA NO PÉ DA EMA E CORRA ATRAS!!
Toninho ! E sempre a mesma coisa,quem paga o pato são os trabalhadores,todas usinas começam bem depois enche os bolsos e saem de fininho deixandoa os trabalhadores na mão e ninguem faz nada,e o lado rico contra o lado pobre quem vai ganhar ? Lamentavel !
Boa tarde Toninho sou filha de um trabalhador da usina Decasa e estou realmente muito preocupada, com meu pai lógico mas também com todos os funcionários meu Deus será que não tem ninguém para dar uma respostas , garanto que se fosse para resolver o lado deles , eles ja teriam se pronunciado, lá trabalham pais de familias que assim como meu pai pagam aluguel tem contas a pagar,Familia a sustentar ...Esperamos que Deus toque no coração dessas pessoas e pelomenos deem uma satisfação aos trabalhadores...Boa tarde
TONINHO ,
Venho por intermedio de seu blog pedir que as autoridades de Venceslau e de Marabá, nós ajude a resolver este caso ou dar Solução para nós trabalhadores que temos familia para sustentar e contas para pagar,
Peço que os Prefeitos e Vereadores de Venceslau e Marabá, entre em contado com os Diretores da Usinas para dar solução para o nossos Pagamentos.
Somos todos trabalhadores honestos e cumpridores do nosso dever , por isso estamos aqui lhe pedindo esse favor , publica-se esse meu desabafo muitos Colegas estão até se alimentos em suas Casas.
Nunca passei um Natal e Ano Novo , sem siquer dar um presente para os meus Filhos.
Natal e Ano Novo foi muito triste, mais acreditamos que em breve tudo vai passar ,
Nòs Ajude,Peço ao Duram que tome a frente para nós ajudar, muitos colegas votou nele.
Obrigado.
Quem liga?
Autoridades do Marabá não tem nada a ver com o pagamento ou não da DECASA.
Sabiam da situação da empresa. Ninguém foi trabalhar enganado.
sorte minha q/sai em tempo
na realidade usineiros sao assim nunca trabalhao com o seu dinheiro, e sim com o dinheiro do governo e por fim o nosso os trabalhadores lesados,daqui algum tem abre outra usina e vai faser mais recardaçao d dinheiro,e nois passando fome a lei eziste para os empresarios corrupotos
cade´ as leis trabalhistas nos vamos ficar sem receber nada e tudo bem?
TONINHO BOM DIA OQUE ACONTECE NA DECASA .ACONTECE TAMBEM NA USINA DE SANTO ANASTACIO E NINGUEM FAIS NADA O JUDICIARIO DEVERIA SER MAIS DURO COM ESSES EMPRESARIO ELES FAZEM OQUE ELES QUEREM ELES NAO ESTAO NEM AI COM A JUSTICA .MUITOS PAIS DE FAMILIA ATE AGORA NAO RECEBERAM NADA SAIRAO COM AS MAOS ABANANDO.CADE A JUSTICA CADE O SINDICATO .esse e o nosso Brasil
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