quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Post do Fernando Freitas

Espaço do Nando
Se eu ganhasse na Mega

O assunto é bem “clichê”, muito abordado no final de ano, principalmente às vésperas do sorteio da tal “Mega da Virada”. É comum, ver em reportagens televisivas, entrevistadores perguntando às pessoas nas ruas, o que elas fariam, se fossem contempladas com a sorte remotíssima de serem premiadas na principal loteria do país.

Como ultimamente eu tenho escrito muito sobre assuntos concretos, entrarei no clima de fim de ano que se aproxima, e relatarei aqui, os sonhos que eu realizaria, caso ganhasse sozinho o prêmio da “Mega da Virada”, que já está estimado em, no mínimo, cento e oitenta milhões de reais.

Inicialmente, de forma lógica, não seria mais um assalariado do serviço público, pedindo minha óbvia exoneração. Posteriormente, encararia tamanha sorte como libertação, e não como escravidão. Não faria questão alguma em multiplicar esse capital, mas sim, de gastá-lo de forma equilibrada em propósitos nos quais acredito, e principalmente, com atividades das quais eu gosto muito.

Sem querer parecer piegas ou demagogo, reservaria uns dez milhões para construir casas a um bom número de famílias pobres, destas que, infelizmente, vivem à beira da miséria. Com mais dez milhões, resolveria a vida dos meus parentes mais próximos. Sobrariam, ainda, cento e sessenta milhões de reais, onde eu compraria uma casa bacana, na qual eu ficaria muito pouco.

Na condição de multimilionário, teria dois herdeiros: um biológico e outro adotivo, pois considero a adoção um gesto bastante nobre, que aproxima muito o indivíduo de Deus. Faria, com muito gosto, mais dois cursos universitários, sendo um de Letras, e outro de Jornalismo, buscando aprimorar-me em uma atividade que realizo de forma prazerosa e amadora: a escrita.

A partir daí, realizaria, todo ano, uma grande viagem, peregrinando pelos mais diferenciados lugares deste imenso planeta, fazendo registros fotográficos e literários, conhecendo e descrevendo várias culturas diferentes. No final de cada experiência, escreveria um livro, não com o objetivo principal de ganhar fama e mais dinheiro, mas sim, com o intuito de compartilhar conhecimento e não ser vitimado pelo ócio. Na atual condição de humilde assalariado do serviço público, devo admitir que ao escrever este texto, já viajei, pelo menos em pensamentos! Mas vai que de repente, eu acerto as seis dezenas?
Afinal, é como diz o trecho de um famoso samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel: “Sonhar não custa nada, neste mundo tão real...”

Fernando Freitas é Funcionário Público Estadual e escreve às quartas-feiras.

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