Um texto sobre Zé Gordo

Clóvis Moré escreve
ZÉ GORDO MEU RECONHECIMENTO À AMIZADE

A morte faz parte da vida, diz a velha frase bíblica.
Mas, a ela, com certeza, nunca nos consolaremos.
Toda vez que perdemos um ente querido, parente ou amigo, os sentimentos ficam aflorados e feridos pela dor.

É difícil e doloroso demais, saber que aquela pessoa a quem tanto nos afeiçoamos, está nos deixando, ficando um vazio que jamais será preenchido.
O ser humano é único. Cada um tem sua personalidade o seu jeito de ser. Virtudes e imperfeições permeiam nosso comportamento e desagradam a uns e agradam a outros.

Deus nos fez assim e assim somos.
Hoje, perdí um grande amigo. Desde a minha juventude, pelos idos dos anos 60, yiví uma amizade estreita com o José Dancs Jacinto, o Zé Gordo de Caiuá.
Nossos destinos se cruzaram na mocidade e se prolongaram pela vida, nos parques e exposições de gado, onde ficávamos ansiosos à beira da pista esperando os resultados de nossos animais.

“O ZÉ” foi um dos responsáveis pelo sucesso do meu melhor animal : CHODÓ CM. Foi êle quem levou no caminhão de sua fazenda, o bezerro até Uberaba em Minas Gerais, cidade na qual da qual CHODÒ CM, se transformou em um fenômeno da raça Nelore.

O meu querido amigo Zé, cedia gratuitamente o “Napier” com que alimentávamos a nossa pequena esperança, na frágil luta contra os pioneiros da raça.

Lembro da alegria do Zé, quando o CHODÓ CM, foi campeão bezerro em l.995 no Parque Fernando Costa em Uberaba. Graças à Deus pude retribuir anos depois esta alegria, quando o EDIPO de Caiuá, filho de um crioulo da 4J, em uma vaca que ajudei a adquirir da Santa Sofia, conquistou o inédito título de Reservado Grande Campeão do Nelore Mocho também em Uberaba.

Conto estas particularidades que estão guardadas no coração para homenagear o amigo que se foi tão de repente, fulminado por um ataque cardíaco após estar em plena recuperação, depois da implantação de pontes de safena e se preparava para votar para casa neste fim de semana.

O destino nos prega peças. A FAIVE de 2015 está chegando. Nos seus quase 40 anos protagonizamos em muitas oportunidades neste período, da organização e recrutamento de gado para a Feira. É da lavra de feira realizada pela presidência do vereador Ezequias Dassie no final do século passado, o recorde de mais de 300 animais nas argolas dos pavilhões da feira.

Também, hoije seu primeiro neto, filho da Maria Helena e Bruno está completando aniversário. O ZÉ tinha verdadeira adoração pelo seu netinho.
Caro amigo..... Não consigo escrever mais nada...Apenas lhe dizer do fundo do coração...muito obrigado por ter sido meu amigo e fique com Deus em sua nova morada.