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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Greve dos professores

Educação
TERMINA SEM ACORDO MAIS UMA REUNIÃO
Agência Brasil

Terminou sem acordo mais uma reunião entre professores paulistas em greve e o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, nesta quinta-feira (23) na sede do órgão, no centro da capital. A paralisação já dura 42 dias. Após a reunião, um grupo de professores tentou ocupar o prédio do órgão e foi reprimido pela Polícia Militar (PM) com gás de pimenta. Neste momento, os professores fazem passeata pela região central. De acordo com o Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), importantes vias de São Paulo devem ser bloqueadas nesta tarde.

A presidente da entidade, Maria Izabel Noronha, lamentou que em mais um encontro com o gestor da pasta não se tenha avançado em uma proposta que garanta a valorização dos docentes e o encerramento da greve.

“Foi muito ruim. [O secretário] não apresentou nada. Quando a gente esteve em 30 de março aqui disseram que em abril poderiam ter números. Agora já diz que não tem”, relatou.

Na avaliação dela, o governo estadual adotou a posição de não apresentar nenhuma proposta enquanto os professores estiverem em greve. “A nossa posição é de continuidade de greve. Não tem jeito. A tendência é radicalizar, não tem outra coisa”.

A categoria reivindica um aumento salarial de 75,33%. “Não vamos acabar com a greve. Ainda temos zero”, declarou a presidente.

Os professores pedem também a redução do número de alunos por sala para um máximo de 25 estudantes por classe. Izabel critica a política de bônus como principal meio para a valorização profissional. De acordo com ela, o bônus foi uma opção do governo, mas que só beneficia uma parte da categoria e não é incorporado ao salário-base. A estimativa da Apeoesp é que 60% dos professores tenham aderido à greve.

Antes do início da caminhada, houve a tentativa de ocupação da sede da Secretaria de Educação. O secretário de Comunicação da Apeoesp, Roberto Guido, destacou que essa iniciativa não teve o respaldo da direção da Apeoesp, mas acredita que esse tensionamento está relacionado à falta de resposta do governo estadual.

“Depois de 42 dias de greve, os professores estão tensos, ansiosos, criam expectativa e se o governo age desta maneira, a tendência é radicalização com ações mais arrojadas. Vamos continuar forçando negociação com quem pode de fato decidir. Isso passa pelo próprio governador e chefe da Casa Civil”, avaliou.

A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria de Educação e aguarda o posicionamento do governo paulista sobre a reunião com os professores da rede pública.
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Liane

3 comentários:

  1. Os pais não se manifestam procurando reivindicar seus direitos afinal é com a educação dos seus filhos q o governo esta brincando. A luta não deve ser somente dos professores; estes por sua vez oriente os pais de seus alunos a cobrar soluções por parte dos nossos governantes

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  2. Meu filho estuda no Atonio Marinho. Desde o início ele não perdeu nenhum dia de aula por causa desta "greve" . Se os professores não acreditam na sua força porque nós temos que acreditar. Somente os filiados do PT estão de greve. No IEE só tem um. que está sendo substituído. No meu tempo de escola os professores eram unidos. Durante as greves as escolas eram fechadas. Hoje ninguém quer perder o "Bônus".

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