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terça-feira, 14 de abril de 2015

Balé

Regente Feijó
BAILARINO GANHA BOLSA EM MIAMI
G1/Prudente

Com o sonho de ser bailarino profissional, Kennedy Wagner dos Santos Silva, de 16 anos, divide sua rotina entre os estudos e os ensaios de balé. O morador de Regente Feijó, atualmente busca um sonho: conseguir viajar para Miami para realizar um curso de aprimoramento durante as férias. O adolescente conquistou uma bolsa de estudos no exterior, mas outras despesas com a viagem devem ser pagas por ele, o que dificulta a realização do projeto.

Para poder fazer o curso, o bailarino tem feito algumas campanhas. “Neste ano, devido à crise e o dólar mais caro, a viagem tem se tornado mais difícil de acontecer. Mesmo após ter ganhando a bolsa, ainda não tenho certeza se conseguirei participar”, conta Silva.

O jovem, que iniciou na dança com 8 anos, após observar a apresentação de um projeto social, tem feito diversas campanhas para arrecadar fundos. “No último domingo, fiz uma almoço solidário para arrecadar dinheiro. Agora, estou planejando a 'Noite das Sobremesas', próximo ao dia das mães. Rifas também estão nos meus planos”, disse o bailarino.

No final de 2013, após participar de uma seleção no Rio de Janeiro, o jovem ganhou uma bolsa para estudar balé em Miami durante as férias, viagem que ele fez em junho de 2014. Devido ao seu desempenho, foi reclassificado, e agora voltou a pedir ajuda para arrecadar dinheiro.

“Neste ano parece que tudo está mais difícil. Algumas das pessoas que me ajudaram no ano passado, já não querem contribuir mais. Além de ter aqueles que não entendem que o curso é de férias e ficam me questionando porque voltei para o Brasil se pretendia ficar no exterior. É complicado”, pontua o estudante.

Enquanto busca o dinheiro, Silva continua com a rotina pesada de ensaios. “Eu estudo em Regente Feijó, e assim que saio da escola, vou direto para rodoviária, pois as aulas de dança faço em Presidente Prudente. Tem dias que ensaio das 16h às 22h. Já em outros, a maratona começa às 18h e vai até as 22h. Não é fácil, mas vale a pena”, ressalta.

Com o apoio dos pais para seguir a carreira, o estudante diz que sua mãe é quem o auxilia no momento com os custos de fantasias, uniformes e sapatilhas. “Graças a Deus, minha família sempre me incentivou, por isso, o meu pai trabalha para manter as despesas de casa e a minha mãe que me ajudar a manter o meu sonho”, confidencia.

Mesmo diante de tanto esforço e dificuldades, o adolescente fala que seu maior sonho é se tornar profissional e viver da dança, por isso, não desistirá. “Tem dias que eu até fico desanimado, mas aí eu lembro de tudo o que já passei para chegar até aqui. Isso é o que motiva a continuar. Assim que completar 18 anos, meu foco será morar fora do Brasil, pois em outros países a remuneração e reconhecimento dos bailarinos são maiores, então poderei viver do meu sonho”, conclui Silva.
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Liane 

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