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quinta-feira, 26 de março de 2015

Trabalho escravo

Parapuã
HOMEM É PRESO POR SUBMETER PESSOAS AO TRABALHO ESCRAVO
G1/Prudente

Um homem de 50 anos foi preso, no início da tarde desta quarta-feira (25), suspeito de submeter pessoas ao trabalho escravo em uma propriedade rural, localizada na Rodovia Assis Chateubriand, em Parapuã. De acordo com a Polícia Militar, os agentes foram até o local após denúncias realizadas pela Vigilância Sanitária Estadual.

No momento do flagrante, quatro pessoas trabalhavam no local. Dois homens capinavam em um cafezal, outro passava veneno na plantação sem nenhum Equipamento de Proteção Individual (EPI) e um estava no interior da casa onde moravam.

Em um dos cômodos, ainda conforme a corporação, agentes da vigilância e policiais encontraram alimentos, venenos e adubos armazenados sem qualquer proteção e higiene adequada. Também foram localizados, em um freezer, alimentos congelados e um refrigerador com alimentos estragados e com validade vencida.

Em depoimento, os funcionários disseram que trabalhavam há cerca de dois anos e meio. Firmaram ainda que deveriam receber R$ 10 por dia. Porém, até hoje haviam recebido apenas um pagamento. Os trabalhadores também disseram que recebiam duas refeições por dia.

Conforme a PM, o dono da propriedade foi preso em flagrante. Ele disse em depoimento que os alimentos estragados eram para alimentar os porcos e que para os trabalhadores eram fornecidos arroz, feijão e ovo. Em relação ao salário, o indivíduo informou que pagaria com a colheita do café.

O homem vai ser encaminhado para a Cadeia de Lutécia, na região de Marília, onde deve responder por reduzir alguém a condição análoga à de escravo, “submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”, conforme Artigo 149 d Lei 2.848.

A pena ou reclusão vai de dois a oito anos e multa, além da pena correspondente à violência.
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Charme Fraldas

Um comentário:

  1. Fábricas pequenas de costura do município estão em ordem? Bom olhar e tomara que estejam.

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