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quarta-feira, 4 de março de 2015

Cão na Linha


Dermatite por lambedura

Também chamada de Dermatite Psicogênica, essa é uma doença que acomete cães e gatos. Consiste em lesões na pele que são provocadas pela lambedura constante do animal naquela região, causando feridas que são difíceis de tratar.

Conforme os anos passam, a rotina das pessoas de maneira geral fica mais intensa e os animais domésticos acabam passando boa parte do tempo sozinhos e recebendo cada vez menos atenção. A chegada de uma criança nova em casa, um ambiente desconhecido ou a negligência dos donos desencadeiam a mesma sensação em alguns animais: tédio, estresse, depressão.

Assim como nós, os cães também resolvem procurar o que fazer nesses momentos e acabam desenvolvendo a mania de lamber uma determinada parte do corpo, normalmente as patas. Ou seja, são lesões auto induzidas – provocadas pelos próprios animais. Normalmente por depressão ou tédio.

Causas da dermatite por lambedura

“Na depressão canina, a falta de neurotransmissores muitas vezes desencadeia um comportamento crônico, excessivo e estereotipado, que se exterioriza através da lambedura de partes mais distais do corpo.

A possível explicação para o desencadeamento deste tipo de comportamento deve-se ao fato de que em animais submetidos a estresse, supõe-se que ocorra um aumento dos níveis dos hormônios indutores dos melanócitos e adrenocorticotróficos, levando a uma maior produção de endorfinas, gerando o comportamento anormal de lambedura, devido ao seu efeito narcótico. As lesões ocorrem mais frequentemente na porção dorsal de membros anteriores e posteriores, bem como, na região abdominal.” – segundo o site Center Vet.

Ou seja, cães que ficam muito tempo sozinhos ou não tem interação com a família durante o dia (por exemplo, a chegada de um bebê em casa e o cão fica de lado).

Sintomas da dermatite por lambedura

a) Lambedura constante e excessiva em mesmo local (muitas vezes além de lamber o pelo, o animal também o mastiga).

b) Falha no pelo em uma determinada região.

c) Formação de lesão que geralmente apresenta-se circular, devido à alta contaminação da boca dos animais.

Estas lesões podem agravar-se, resultando em infecções secundárias com pus. Outros sintomas também correlacionados são: o emagrecimento sem causa aparente, a irritabilidade e mudanças nos hábitos de higiene, no caso de gatos. Estes sintomas são correlacionados porque fazem parte do quadro de estresse e depressão, como foi visto anteriormente.

Atopia, dermatofitose, hipersensibilidade alimentar ou dermatite alérgica a picada de pulga são fatores que podem agravar a dermatite patogênica ou mesmo desencadeá-la. Entretanto, normalmente a causa principal é de fato a questão psicológica que provocam estresse ou depressão no animal, como deslocamento, chegada de um novo animal ou bebê em casa, mudança de móveis, viagem, perda de território, negligência, falta de exercício e atenção etc.

Tratamento da dermatite por lambedura

A primeira medida para que o tratamento seja bem-sucedido é a correção do fator desencadeante da doença. Não adianta tratar a pele do cão se o cenário continua o mesmo e ele continua estressado e deprimido. Porém muitas vezes é difícil encontrar a causa primária e para que isso aconteça é preciso que o dono do animal relate todos os detalhes da vida do animal para o veterinário no ato da consulta.

Segundamente, o distúrbio poderá ser tratado com ansiolíticos por no mínimo 30 dias. É importante reiterar que a Dermatite Patogênica, apesar de ser apresentada como uma doença do corpo, é na verdade uma doença mental, que precisa de tratamento psicológico. Normalmente o tratamento varia de 2 a 4 meses.

As lesões devem ser higienizadas com produtos antissépticos de 2 a 4 vezes ao dia e xampu terapêutico 1 ou 2 vezes por semana, dependendo da gravidade do quadro. Nos casos em que a contaminação das lesões for muito grave (dermatite úmida aguda), recomenda-se associar ao tratamento tópico, um antibiótico via oral.

É importante que durante o tratamento o animal seja mantido com colar cervical, para evitar recontaminação das lesões, pois durante a administração dos remédios ele ainda estará sob influência do distúrbio e continuará lambendo a região.

Mais informações com Rodrigo (18) 99710-1007 e João Vitor (11) 98425-5823.

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