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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Alimentação


Boas formas de adoçar a vida


Açúcar e adoçante têm lugar de destaque na dieta moderna.Mas a escolha nem sempre é feita com consciência.

Há mais de 30 anos, Sugar Blues causou impacto no público leitor. No livro, seu autor, William Dufty, levantava os inúmeros problemas físicos e mentais causados pelo consumo de açúcar. E exortava as pessoas a abandonar o doce hábito de consumi-lo, em nome de uma vida mais saudável. Atualmente, os substitutos do açúcar encontram-se disponíveis em qualquer balcão de café, são usados em refrigerantes, balas, chocolates e em centenas de outros produtos industrializados. Muito se tem discutido sobre sua eficiência e os malefícios que podem causar. As perspectivas de uso constante e a longo prazo, conforme alguns estudos, podem não ser promissoras. Para citar apenas uma, suspeita-se que o aspartame, tido como o mais saboroso, cause lesões no sistema nervoso, abrindo caminho para distúrbios cerebrais como o mal de Alzheimer.

Em nome da beleza
De tal forma os adoçantes artificiais entraram em nossas vidas, que já nem questionamos sua escolha. Muitas vezes são consumidos apenas por estarem ali, ao alcance da mão. É comum ver alguém tomar um cafezinho com adoçante, por exemplo, acompanhando uma substancial fatia de torta feita com o velho e conhecido açúcar. Já os caçadores da boa forma e da beleza, atiradores certeiros contra a obesidade que desfigura a estética atual, não abrem mão deles. Atitudes desse tipo devem ser questionadas. Seja consciente. Quem não é viciado em açúcar, tem uma boa alimentação e pratica exercícios, por que não pode encarar, afinal, algumas colheres do produto por dia? Neste caso, parto do princípio de que o excesso é que prejudica. E que é preferível um mal conhecido a correr o risco de sofrer os efeitos ainda não inteiramente identificados de adoçantes artificiais.

As boas opções
É claro que pessoas com problemas no metabolismo do açúcar, como diabéticos, devem evitá-lo. Também é contraindicado em casos de osteoporose e em estados depressivos de diferentes níveis, acompanhados de ansiedade, medo e sensações de desconforto físico. Uma abordagem mais nutritiva é fazer uso de melado ou de açúcar mascavo que, ao contrário do açúcar refinado, ainda conservam alguns nutrientes, como magnésio, cálcio, ferro e potássio. O mel é outra opção interessante: além de adoçar, atua como descongestionante dos brônquios e facilita o trânsito intestinal, entre outras coisas.
Não seja vítima de modismos. Cuide da beleza, mas não sacrifique a saúde por ela. Se o que você pensa hoje atua sobre seu estado de espírito amanhã, o que você come vai se refletir no seu corpo. Preserve-se.

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.

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