quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Prevenção


Conheça os perigos da mania de roer as unhas


Muita gente acha que roer unhas é coisa de criança, mas estima-se que jovens e adultos sejam a maioria neste jogo perigoso. O hábito de roer as unhas não só causam consequências estéticas, como também apontam para questões psicológicas revelando pessoas deprimidas e isoladas. Mas estas não são as únicas consequências. Existem ainda outras evidências que precisam ser consideradas. Vejamos:

1) Contaminação por bactérias: embaixo das unhas é o local ideal para o alojamento de bactérias a como Salmonela e E. Coli. Quando se roe as unhas essas bactérias facilmente se transferem para a sua boca e em seguida para o resto do seu corpo, podendo espalhar focos infecciosos dependendo da sua condição imunológica.

2) Infecções unguais: as pessoas que roem unhas muitas vezes acabam apresentando infecções próximas das unhas. Essas infecções causam abrasões, inflamações e coleções purulentas na região da unha.

3) Risco de verrugas por HPV: conforme se roe as unhas, aumenta-se a possibilidade de formação de verrugas causadas por papilovírus ou HPV. Essas verrugas podem facilmente se espalhar na sua boca e lábios. Esse tipo de HPV não é o mesmo tipo que o causa verruga genital.

4) Problemas odontológicos: roer as unhas pode interferir diretamente na correta oclusão dental, ou seja, pode causar sérios danos na maneira com que os dentes de cima e os de baixo se aproximam quando se fecha a boca, causando um desgaste prematuro dos dentes.

5) Comprometimento de qualidade de vida: estudos mostram que as pessoas que roem as unhas têm maior comprometimento da qualidade de vida com o passar dos anos se comparadas com pessoas que não possuem esse hábito.

6) Desequilíbrio mental: em 2012 a American Psychiatric Association, classificou o ato de “roer unhas” como uma forma de distúrbio obsessivo-compulsivo. Porém, segundo artigo publicado no Journal Behavior Research and Therapy, a maioria dos casos dos jovens que roem unhas não aponta para esse tipo de transtorno, mas sim para o tédio e estresse.

Dicas para não roer as unhas:

Além de considerar uma terapia comportamental, o uso de substâncias nas unhas como pimenta ou substância de gosto forte podem ser extremamente úteis.

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.

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