Região
PRESÍDIOS
Pesquisadora fala sobre unidades na região
O Imparcial
"É difícil acreditar que a politica de construção de presídios pelo oeste do Estado tenha sido sensata". A análise é feita por Maria Ângela D'Incao, pesquisadora e professora de pós-graduação em Geografia da Unesp (Universidade Estadual Paulista). Em recente artigo, intitulado " Insegurança máxima", ela fala sobre o medo vivido pela população que habita nos arredores de penitenciárias. Segundo ela, os cidadãos enfrentam um "perigo constante" devido á fragilidade da segurança pública da região. " Avolumando prisões, nos tornaremos uma sociedade sem esperança de transformação", diz, se referindo a todo o Estado. O foco da professora são as unidades prisionais existentes em Presidente Venceslau. Para a estudiosa, a cadeia pública da cidade, "um imóvel antigo, central, com lotação quase completa e que não foi reformado para conter avalanches de presos", configura-se como "ícone do medo". A movimentação nos arredores da P2 (Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Perreira), com a saída e retorno de lideres de facções criminais, e até mesmo das viaturas nas estradas da região, fazem os cidadães lembrarem de que vivem momentos perigosos. "Não só estamos em perigo constante, quanto há evidência de que esses prisioneiros estão incessantemente programando a sua fuga. As tentativas de escape da P-2 se sucederão até o momento em que deram certo. O grupo já manifestou competência e capacidade logística acima da oficial, infelizmente. Sabe-se por estatística que em algum momento conseguirá fugir. Isso é claro para quem trabalha com teorias de jogos e probabilidade", coloca. E completa: "O que não queremos é sofrer mais do que já sofremos, ver morrer mais funcionários jovens. O que não queremos é reviver a matança que ocorreu na P-1 (Penitenciária Zwinglio Ferreira), anos atrás", lamenta. Diante do cenário apresentado, a professora acredita que não há quem possa assegurar que não existem problemas para a sociedade e afirma que o presídio se tornou um "depósito de problemas" ante um governo que esqueceu o fator humano e abriu mão da prisão educativa. "A situação só vai piorar, sem deixar esperança de melhora, pois a educação não está presente no âmago da reclusão criminal", aponta, entre outras considerações.
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José Hamilton do Amaral |
Contraponto
José Hamilton do Amaral, médico especialista em criminologia, trabalhou por 35 anos na P-1 e tem uma visão diferente daquela apresentada por D'Incao. Para ele, não há que se amargar esta insegurança citada pela professora, uma vez que "os índices de criminalidade das cidades que possuem unidades prisionais é bem menor do que o daquelas que não possuem unidades prisionais". Falando da P-1, defende que jamais houve qualquer tipo de violência vinda das penitenciárias contra a cidade, mais apenas entre os presos. O profissional aponta que penitenciárias não são objetos de desejo, mas "um mal necessário". "É o preço que pagamos por vivermos em uma sociedade violenta". Acrescenta que na falta de unidades federais ou grandes indústrias, elas até auxiliam na geração de empregos e no desenvolvimento econômico da cidade. " Somos a região mais desassistida pelo Estado. Já que não temos outros tipos de investimentos, não vejo problemas em termos presídios", considera.
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Ao Barulho
Sou a favor de novos presideos.
ResponderExcluirDebate interessante, em que duas pessoas de grande credibilidade e relevância para nossa comunidade expuseram seus pontos de vista de forma democrática e racional.
ResponderExcluirParticularmente, vivo os dois lados a moeda: sou formado em Geografia pela mesma Unesp em que a professora Maria Ângela leciona, ao passo que exerço as funções de agente penitenciário há quinze anos. Baseando-se nestas duas circunstâncias, emito minha opinião:
Os perigos que estas unidades prisionais nos trazem não podem ser ignorados. Muitos alegam que ambos os presídios proporcionam maior vigilância e policiamento para a nossa cidade, e isso é fato. O problema é que em todos os momentos de crise no sistema penitenciário paulista, (e não são poucos momentos de crise); nossa comunidade fica em evidência e em um estado de alerta e de iminente catástrofe. Graças ao bom Deus e aos serviços de inteligência das polícias civil e militar, tal catástrofe ainda não se concretizou. Contudo, pode ser sim que um dia aconteça.
Também não pode ser ignorada a tese de que os presídios contribuem para o aquecimento da nossa capenga economia local. Porém, a questão é se essa contribuição econômica não nos impõe um preço muito alto, limitando nossas alternativas de prosperidade, ao passo que as tais "contrapartidas" que deveriam nos beneficiar exatamente por conta da vinda dos presídios não foram concretizadas efetivamente. Entendo que ficamos com muito ônus e pouquíssimos (ou quase nenhum) bônus.
Portanto, se colocarmos os prós e contras da questão em uma balança, entendo que estamos amargando um incômodo déficit, que deveria ser revertido pelo empenho das autoridades políticas na busca das tais contrapartidas que por aqui, ainda não chegaram.
Ass: O Eldoradense
Concordo com sr Jose Amilton!!!
ResponderExcluirDR., OS TEMPOS SÃO OUTROS.O FATO É QUE SE PERMITIRMOS A INSTALAÇÃO DE MAIS PRESÍDIOS NA REGIÃO E CIDADE,COM ESSA HISTORINHA QUE É BOM, QUE DÁ EMPREGO,É PQ SOMOS LOUCOS VARRIDOS.
ResponderExcluirEssa Sra deve ser como a Diuma, aceita a produção e o livre tráfico de drogas que vem dos países vizinhos e protegem os menores delinquentes que antes estavam desempregados e hoje vivem a margem da criminalidade, portanto não estão procurando emprego, e a nossa presidente diz com o peito estufado, nos temos o menor indice de desemprego da historia. Ah Sra Maria vai visitar outras regiões, grandes centros, onde os traficantes tomam conta de tudo, e onde os viciados roubam e furtam tudo e todos. Grandes centros com centenas de industrias, universidades, shoppings, etc, mas vc vive atrás de muros e grades, se tem carro blindado bem, se tem seguro bem, mas se não tem de que adianta morar num grande centro ondevtem de tudo, mas não tem o principal, a tranquilidade, eu digo isso pq passei por tudo isso, e sei que Venceslau e a nossa região é uma das mais tranquila e segura do estado, tudo pq aqui na nossa região é bem policiada e tbm o dinheiro é bem escasso em relação a outros centros. Venceslau por ser uma das primeiras unidades prisionais tem pouco, pois queria que essa senhora conhecesse o complexo de Hortolandia, ou a regiao de Ribeirão Preto, ou a região de Aracatuba. Agora melhorar as condições dos funcionários que hj trabalham com deficit de pessoal, ecom 200%de presos além da capacidade pois a senhora e outros municipes não aceitam a construção de outras unidades anexo a ja existente garantindo segurança para todos, mas não só pensam na filosofia, e em nada ajuda a cidade.
ResponderExcluirCom todo o respeito a Sra. Maria Angela, mas a tese dela está totalmente desfocada com nossa região.
ResponderExcluirEstá comprovado por números que a instalação de presídios só fez diminuir o índice de criminalidade em nossa região e principalmente nas cidades onde estão instalados os presídios.
As filas do pronto socorro da Santa Casa, ocorre pela não atendimento eficaz nos postos de saúde dos bairros, e por isso a população procura o pronto socorro, e não é meia dúzia de presos que são levados ao pronto socorro para o atendimento de emergência que tira a oportunidade de atendimento na área da saúde.
Assim, vejo que com este posicionamento errôneo a pesquisadora, está desviando o foco da realidade, e contribuindo para a não resolução do efetivos problemas que temos na segurança e saúde em nossa cidade.
A falta de segurança está diretamente ligada ao uso e tráfico de entorpecentes, que deve ser combatido com ações policiais e políticas sociais, assim as considerações da Sra. Maria Angela Dincao, nada contribui em nada para a resolução dos problemas em nossa cidade.
FORA.PRESIDIOS NUNCA MAIS.DIZEM QUE NÃO TEM EM QUE TRABALHAR.MAS A DIFICULDADE DE SE CONTRATAR UM PEDREIRO,MARCENEIRO,ENCANADOR ,ELETRICISTA E ATÉ PINTOR COM CONHECIMENTO TÉCNICO TA CADA VEZ MAIOR.AÍ NINGUÉM QUER NÉ?TEM QUE BATALHAR FORTE NÉ? OS QUE ESTÃO EM ATIVIDADE TÃO RINDO Á TOA E ATÉ DISPENSANDO SERVIÇO.O SENAI DÁ CURSO,SOBRAM VAGAS.
ResponderExcluirNunca tivemos problemas por ter dois presídios em nossa cidade, aliás, sempre me senti protegida por viver numa cidade tão bem policiada. Os presídios até hoje só nos trouxeram empregos. Que continuem sempre, precisamos deles.
ResponderExcluiro povo tem o que merece ,pois o sr geraudo foi o mais votado em nossa regiao, e o que temos em troca é pedágio caro, penitenciária e como já foi dito esquecimento por parte do governo estadual, tá falado!
ResponderExcluirDona dilma, ops dincao, se não fosse os presídios da região venceslau ja teria falido ou fechado há muito tempo! Em cada unidade da regiao sao mais de 50 % de venceslauense, e em todas as 150 cadeias do estado tem dezenas de gente da terrinha. Eldoradense cospe nos prato que come ! Vai conhecer a baixada santista, a grande SP, Campinas, Ribeirão Preto e depois diz se venceslau é pobre e perigosa.
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