Degradação

 

Fotos: Mauricio Barbosa

Natureza
RIO SANTO ANASTÁCIO COMEÇA A SECAR
G1/TV Fronteira
Por conta do desmatamento e da exploração dos recursos naturais, o Rio Santo Anastácio, que passa por 12 cidades do Oeste Paulista e fica localizado entre Marabá Paulista e Piquerobi, começa a apresentar trechos totalmente assoreados. A areia já começou a tomar espaço de locais entre seus 100 km de extensão por conta da destruição da mata ciliar. “Esses bancos de terra vêm do uso do solo. Por exemplo: quando um agricultor trabalha a terra com um trator, por exemplo, vão se desprendendo sedimentos. Quando chove, eles vão para dentro do rio e vão se formando bancos de terra que começam a serem vistos de fora [da água]”, explica a doutora em meio ambiente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Encarnita Martim. Em Santo Anastácio, por exemplo, o problema já pode ser visto. Além da quantidade da terra, o nível da água também preocupa. Em alguns pontos, ele chega a 15%, conforme ambientalistas. Os profissionais acreditam que, aos poucos, o rio começa a desaparecer. “O rio vai ficando cheio de terra e sedimentos e começa a perder água. Por conta disso, ele se torna uma área úmida e vai secando. Tudo vai se deteriorando”, relata. O problema também desperta a atenção em Presidente Prudente. Os bancos de terra e o nível da água chegou a dois metros em alguns pontos, porém agora não passa de 60 centímetros. De acordo com a pesquisadora, a cor da água, em tom alaranjado, mostra que a areia já tomou conta de grande parte do local. “Para resolver o problema, teríamos que cumprir a legislação, tanto o Poder Público quanto os proprietários. Devemos cumprir o que ficou determinado pelo Código Florestal. O governo precisa ajudar os proprietários a fazer isso, pois isso não é uma coisa barata. É necessária uma série de ações coordenadas”, conta Martim.

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