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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Alimentação


Alteração no alimento cerebral pode auxiliar na melhora da atrofia


Para manter suas atividades normais, nosso cérebro precisa de muita energia. E, felizmente, ele é capaz de funcionar com mais de um tipo de fonte energética. E uma dessas fontes está no óleo de coco que traz em sua composição uma substância chamada corpo cetonico ou ketoacidos. Essa substância alimenta o nosso cérebro prevenindo a atrofia cerebral, além de restaurar e renovar os neurônios e a função do nervo, mesmo que a lesão já esteja instalada. Ao converter gordura em energia o nosso corpo produz o que chamamos de cetona. E uma fonte primária desses corpos cetonicos são os triglicérides de cadeia média (TCM) encontrados no óleo de coco. Ao todo, o óleo de coco contém 66% de TCM. Os TCM são gorduras que não são processadas no seu corpo do mesmo modo que os triglicérides de cadeia longa (TCL). Normalmente, uma gordura ingerida deve ser diluída com bile liberada da vesícula antes que possa ser degredada no seu sistema digestivo. Porém, os TCM vão direto para o fígado que converte naturalmente o óleo em cetonas, não precisando da bile. O fígado então libera imediatamente as cetonas na corrente sanguínea aonde é transportada para o cérebro para ser usada como combustível. De acordo com a doutora NewPort, os benefícios dos corpos cetonicos podem também se estender a outras condições clínicas. Ainda de acordo com suas análises, o consumo dos corpos cetonicos é um tratamento em potencial para doença de Parkinson, doença de Huntington, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica (SLA ou doença de Gehrig), epilepsia resistente à medicação e diabetes tipo I e II, onde há resistência à insulina. Os corpos cetonicos também podem ajudar o cérebro a se recuperar após a falta de oxigênio em recém nascidos, recuperar o coração após infarto agudo e eliminar tumores cancerígenos. Na verdade, as cetonas parecem ser a fonte alimentar preferida do cérebro de pacientes afetados com diabetes ou Alzheimer. A doutora NewPort relatou ainda que na doença de Alzheimer os neurônios de certas áreas do cérebro são incapazes de aproveitar a glicose devido a resistência à insulina e morrem lentamente, um processo que parece acontecer uma década, ou mais, antes dos sintomas se tornarem aparentes. Se essas células tiverem acesso aos corpos cetonicos, elas podem potencialmente sobreviver e continuar funcionando. Níveis terapêuticos de TCM têm sido estudados a 20 gramas por dia, o equivalente a quatro colheres de sopa, o que é indicado para o tratamento de doença neurológica degenerativa ou preventiva, segundo a doutora NewPort. Lembre-se que as pessoas reagem de forma diferente ao óleo de coco, portanto a ideia é começar lentamente e elevar a dose até níveis terapêuticos, aos poucos. Aconselho, então, que você comece essa ingestão no café da manhã, pois o óleo de coco requer no mínimo três horas para ser convertido em cetonas e, então, chegar ao cérebro.

Dr. Wilson Rondó, é Cirurgião Vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique Du Mail La Rochelle, na França. Possui vários artigos publicados em revistas médicas, além de livros com temas relacionados a nutrição, medicina preventiva e esportiva.

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