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quinta-feira, 10 de julho de 2014

Crescimento técnico

Presidente Venceslau
LARISSA CARNEIRO
Pequena na estatura, armadora evolui em quadra
O Imparcial
Com 1,64 metro, a armadora Larissa Jerônimo Carneiro, 17, foi a mais baixa dentre as 15 jogadoras que defenderam a seleção brasileira no 3º Campeonato Mundial de Basquete Feminino Sub-17, disputado entre 28 de junho e 6 deste mês, nas cidades de Klatovy e Pilsen, na República Tcheca. Entretanto, a estatura física não foi empecilho para a atleta de Presidente Venceslau, que mostrou toda sua grandeza dentro de quadra. Na tarde de anteontem, depois de cerca de um mês longe de casa, a venceslauense desembarcou em sua terra natal munida com o sentimento de dever cumprido, bem como pelo anseio de continuar treinando e aprimorando seu potencial. “Cada uma de nós, jogadoras, poderíamos ter dado um pouco mais. Infelizmente perdemos os únicos dois jogos que não poderíamos perder, mas, fora isso, avalio como bom o desempenho de toda a equipe. Todos deram sua cota de colaboração, apesar de ter ficado a vontade de ter terminado entre os primeiros”, analisa a armadora.Com cinco vitórias e apenas duas derrotas, em sete partidas, a seleção comandada pelo técnico Júlio César Patrício terminou na nona colocação na classificação geral, dentre as 16 equipes participantes. As derrotas citadas pela venceslauense foram sofridas ante a Espanha, em 1º deste mês, por 73 a 52, na disputa pelo primeiro lugar do grupo B, assim como contra o Canadá, na segunda fase, pelo placar de 52 a 40. O revés frente as canadenses, inclusive, tirou a possibilidade de o Brasil brigar por uma vaga na ponta. Mesmo com o resultado final da seleção não ter sido como planejado, a atleta da equipe Top Therm/Grupo Leonardi/Sicredi/Uniesp/Sert, de Presidente Venceslau, avaliou como positiva sua atuação no Mundial. “Com certeza foi a minha melhor competição que já participei pela seleção brasileira. Consegui jogar tudo que eu sei, marquei muitos pontos e consegui ajudar minhas companheiras. Só trago coisas positivas, aprendi que tenho que treinar muito mais, como fazem os europeus. Aprendi também que não existe vitória sem união. Enfim, coisas que levarei para o resto da vida”, considera Larissa Carneiro.

Determinação para continuar
Satisfeita com seu retrospecto, a atleta desembarcou em Venceslau na tarde de anteontem, com o objetivo de matar a saudade da família e dos amigos. Tanto que, mesmo de folga, a atleta tratou de ir visitar as companheiras de clube já na manhã de ontem. “Fiquei muito tempo longe de casa e da equipe, portanto não vejo a hora de voltar treinar. Lá [na República Tcheca] era tudo muito diferente, a bola, a quadra, o aro, era tudo diferente, então terei que me readaptar”, comenta. Todo esse anseio pelo retorno às quadras tem nome: aprimoramento técnico. “Mesmo com as minhas atuações, ninguém tem vaga garantida na seleção, tenho que continuar treinando e buscando o aperfeiçoamento se quiser continuar sendo convocada”, afirma.

Números em quadra
Nas sete partidas do Brasil no torneio, a armadora anotou 59 pontos, além de ter encaixado 20 rebotes e conseguiu dez assistências. O desempenho da venceslauense em quadra só não foi melhor que o da ala/pivô Aline de Moura, que marcou 76 pontos e obteve 50 rebotes e seis assistências, como também da pivô Witalla Motta, que fez 69 pontos, pegou 23 rebotes e deu três assistências. Mesmo atuando no setor de armação, Larissa Carneiro foi a terceira melhor cestinha do time, com 8,4% dos pontos brasileiros, enquanto Aline de Moura marcou 10,9% e Witalla Motta assinalou 9,9%. A atleta só não pontuou na vitória do Brasil sobre o México, por 60 a 44, na disputa do nono ao 16º lugar. Em compensação, Larissa Carneiro foi cestinha em dois jogos. Contra o Egito na estreia, em 28 de junho, com 16 pontos, três rebotes e três assistências, tal como ante as coreanas, no fechamento do torneio, com outros 16 pontos, além de alcançar seis rebotes e duas assistências.
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Cenaic


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