G1
Os moradores do bairro rural Agrovila Quatro, em Caiuá, reclamam da falta de creches no local. Segundo eles, uma obra está parada há cerca de 15 anos e, se fosse concluída, poderia resolver o problema de muitas das cerca de 300 pessoas que vivem no local. No prédio inacabado, é possível encontrar caixas de marimbondos em quase todas as portas, além da sujeira e infiltrações pelas paredes. Devido à demora da conclusão, muitas mães deixam de trabalhar por não terem com quem deixar seus filhos, o que dificulta no orçamento familiar. “Bem que eu gostaria de trabalhar, só que não há como. Nas despesas, fico dependendo do meu marido”, disse a dona de casa, Juliana da Conceição. O pintor Edclaudio Vitor de Jesus também reclama da situação. “Minha mulher não pode trabalhar, porque já houve vezes em que a criança foi para a escola e não tinha ninguém para tomar conta. Se a creche estivesse funcionando, teria um suporte para deixá-la”, contou. Materiais de construção, como tijolos e telhas, também foram abandonados junto à obra. De acordo com as famílias, a única escola existente no bairro precisou juntar crianças de várias idades em uma mesma sala de aula. Outro problema enfrentado é a falta de professores disponíveis. “Uma única lição é aplicada para todos os alunos e isso confunde a cabeça deles. Eu preciso trabalhar, mas não tenho com quem deixar meu filho”, ressaltou a dona de casa Fabiana Moraes. O prefeito e os secretários não quiseram responder por meio de entrevistas, mas por telefone, a administração pública informou que as obras da creche foram retomadas em 2011, com recursos do município. Porém, por falta de verbas, as obras foram paralisadas. Também foi informado que, para tentar parcerias junto aos governos estadual e federal, é necessário que as terras da Agrovila estejam regulares, o que ainda está em fase de processo.
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