Páginas

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Post do Fernando Freitas

 Espaço do Nando 
“Partidarismo doentio”

“Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa!” – Paulo Cintura;

“Saúde e paz, o resto a gente corre atrás” – Pedro Bial;

“Me cansei, de lero-lero, dá licença, mas eu vou sair do sério... quero mais saúde!” – Rita Lee;

As respectivas frases ditas por estes três filósofos contemporâneos, (brincadeirinha), dão a dimensão exata do quão o item saúde é importante para qualquer cidadão. E no início da semana, o debate sobre o tema aflorou de forma intensa em nossa comunidade, motivado pela falta de médicos nos Postos de Saúde locais, que supostamente, vem sobrecarregando o atendimento na Santa Casa de Presidente Venceslau.

Na última segunda-feira, segundo notícia veiculada pela assessoria de imprensa da Câmara Municipal, parece que nossos vereadores debateram exemplarmente sobre o assunto. Destaco, sem querer fazer propaganda deste ou daquele edil, os posicionamentos do “Mestre Tota” e do Tufy Jr. O primeiro pede contrapartida dos municípios vizinhos cuja população é atendida na Santa Casa local, o que considero justo. O segundo propõe uma reunião envolvendo a provedoria do hospital, o Executivo, o Legislativo e o Ministério Público. Creio que é assim que deve ser: diálogo, busca pelas soluções e alternativas, deixando questões partidárias e preferências políticas em segundo plano.

Digo isso porque vejo principalmente por parte dos eleitores, uma segregação ainda acirrada, que partidariza até mesmo a questão da saúde, resquício das últimas eleições, que por sinal, é fatura liquidada há mais de meio ano. Quem votou no candidato D reclama da demissão coletiva dos profissionais de saúde realizada no final do mandato do candidato E. Porém, quando alguém concorre a um cargo público, está ciente dos desafios a serem resolvidos, e creio que os olhares devem ser voltados para frente, não para trás. Por outro lado, não adianta os simpatizantes do candidato E pregarem o discurso do “cada povo tem o governo que merece”, pois se o trabalho realizado anteriormente tivesse sido satisfatório, a reeleição teria sido confirmada nas urnas, o que não aconteceu.

Amigos leitores, o buraco é mais embaixo, e envolve questões suprapartidárias e emergenciais. A doença não atinge somente o paciente do PT, do PMDB ou do PSDB. Ela atinge a todos os contribuintes, que pagam seus impostos em dia, exatamente para que tenham, no mínimo, atendimento digno. O resto é democracia e preferência político-ideológica, que deve ser respeitada.

Mas se for para “partidarizar” uma questão tão humana quanto à saúde, finalizo: o venceslauense demonstrou que na política local insatisfação rima com renovação, e não com reeleição. A lição serviu no passado recente para o candidato E, bem como pode servir de alerta para D. Fica a dica.

Fernando Freitas é funcionário público estadual e escreve às quartas feiras.

7 comentários:

  1. Você é aquele que disse que era melhor 13 cadeiras na Câmara, e que não dava mais tempo para passar a tal da ficha limpa, ou não??

    ResponderExcluir
  2. Enfim meus Parabéns ao FERNANDO FREITAS, não o conheço mas fica aqui minha admiração pela palavras sinceras e de puro realismo. Precisamos de comentários assim caro Toninho Moré, opinião é opinião mas que tem cada lixo de comentário que vc coloca que chega a dar nojo, mas respeito, o Blog é seu e faz oq bem entender. Fica aqui meu joinha pra vcs!!!

    Lucio
    RG 30.066.427-8

    ResponderExcluir
  3. Tentando tapar o sol com a peneira. Na gestão do candidato E não havia falta de médicos e nos postinhos havia atendimento médico. Tanto que nunca aconteceu isso. As reclamações na Sta Casa sempre ocorreram pq cada um acha que sua necessidade é mais importante do que do seu próximo. E qdo se está doente até um boa tarde pode ser interpretado como grosseria. Admita SEU prefeito e SEU vice estão deixando a saúde um caco.

    ResponderExcluir
  4. " Não importa quantas cadeiras temos na Câmara, o importante é que a união faz a força".

    ResponderExcluir
  5. nem de 'brincadeirinha' deve expressar-se que estas 3 pessoas são filósofos ou que andam filosofando; isto a meu ver é um achincalhamento aos nobres eruditos da ABL (academia brasileira de letras), estes sim pelo menos estudaram para serem contemplados ao posto de acadêmico, o resto não chega nem ser o resto.

    ResponderExcluir
  6. Para fins de esclarecimento:

    1) Creio que deva ter ocorrido erro de interpretação em algum texto que redigi no passado. Em "Empate com sabor de derrota", datado em 13/06/12, havia escrito que era contrário ao número de treze cadeiras na Câmara de Presidente Venceslau, (mesmo número que em Presidente Prudente, uma cidade bem maior que a nossa), e que ao meu ver, o mais sensato seria que aqui as vagas se limitassem a nove cadeiras no Legislativo. Apenas salientei que nossa comunidade não havia se pronunciado sobre a questão pouco tempo antes da eleição, e que nossa omissão fez com que o debate sobre o tema só se tornaria viável para as próximas eleições. Quanto ao Ficha Limpa, não abordei no texto, mas obviamente sou favorável à lei, desde que o candidato tenha sido condenado ao fim da última instância, tornando impossível qualquer apelação ou recurso;

    2) Quanto ao pronome possessivo utilizado empregado antes do substantivo "prefeito", creio que também há outro equívoco: Como o prefeito é de Presidente Venceslau, entendo que o mesmo exerce o cargo em função não só dos seus eleitores, como também dos que não votaram nele. Portanto, tanto no mandato de E, quanto no de D, ambos eram prefeitos de todos, não somente "meu" ou "seu". Este tipo de colocação só vem confirmar o quanto os segregadores colocam as opções políticas de cada um acima da coletividade.

    Grato pelas participações

    * Fernando Freitas

    ResponderExcluir