Post do Luciano
TV NOSTALGIA
Certa vez ouvi um amigo dizendo que o computador lograria a utilidade da TV, porém, como dizem os adolescentes: “só que não!”
Em recente evento sobre mídias ocorrido em Barcelona, Christian Frenza, executivo da Ericssom, mostrou com muita propriedade o destino da programação e utilização dos televisores para um futuro bem próximo. A tecnologia 4G, aliada a nuvem computacional (local centralizador de dados fora do PC pessoal), permitirá uma programação mais interativa, proporcionando ao usuário assistir o programa favorito mesmo que já tenha começado, ou ainda, assistir somente aquilo que for do seu agrado dentro do rol de possibilidades existentes.
No evento chamado “Mobile World Congress (MWC) 2013” ficou claro que “a TV do futuro é a TV como o usuário quiser”, ou seja, uma TV sem horário definido, na qual o prazer do entretenimento nunca margeará a sensação de aprisionamento causada pelo relógio e o programa a ser assistido virá de uma grade pré-selecionada pelo próprio usuário via login (uso de senha).
A meu ver isso será um grande avanço, contudo, sendo o ser humano como é – complicadíssimo – tudo precisará ser bem conversado ou a filha adolescente conflitará com o papai pelo jornal que, por sua vez, atrapalhará o futebol do filho mais velho fazendo com que a mamãe não consiga assistir a novela.
Aí você, meu respeitado leitor, pensaria assim: Fácil de resolver, desde que haja uma TV para cada integrante da família. E lá se vão aquelas noites deliciosas em família, com todos na sala reunidos, ainda que mudos no pé da Televisão, esperando o intervalo para o costumeiro corre-corre, indo um a geladeira sem que consiga chegar ao destino e ouvir o grito de alguém pedindo “traga água pra mim...” ao mesmo tempo em que outro se aventura no banheiro para um “servicinho” tão breve quanto os poucos minutos do intervalo permitir.
Acho que sou meio nostálgico.
Luciano Esposto é poeta e escritor venceslauense.
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