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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Post do Fernando Freitas

Espaço do Nando
“O preço do Fiesta”

A família Pontes Vergara está em dúvidas: quer trocar o carro entre o final de agosto e o início de setembro. Como é de costume, seus integrantes discutem democraticamente os problemas internos, ainda que em muitas destas oportunidades, os debates tornem-se calorosos, como ocorre, aliás, em quase todas as famílias. Os “Pevê”, como são conhecidos na vizinhança, já viveram dias melhores financeiramente falando, mas agora, a realidade não é mais a mesma.

A única certeza que possuem é que o veículo que querem comprar tem que ser um Fiesta, pois se identificam com o carro. O pai quer comprar um modelo hatch, básico e modesto, do tipo que cabe no orçamento da família, sem exigir posteriormente apertos desnecessários. Os filhos, um pouco mais imaturos e com certa irresponsabilidade juvenil, querem um modelo sedan, novo e completo, que cause boa impressão na vizinhança. Afinal de contas, eles ainda são os “Pontes Vergara”!

A mãe, por sua vez, é um pouco mais radical: acha desnecessário até mesmo a troca do carro, e se de repente isso não acontecer, todos viverão muito bem, obrigado. Para ela o que importa são coisas mais relevantes, como ter a grana para bancar a educação dos filhos e a saúde da família. O “projeto Fiesta”, segundo a matriarca, é supérfluo perto de tantas outras prioridades dos “Pevê”. Até mesmo porque a última troca de carros que fizeram proporcionou um prejuízo bem considerável à família, que ficou inadimplente, devendo um bom dinheiro na praça e comprometendo a imagem deles perante os credores.

A discussão ainda persiste. O que devem fazer os “Pontes Vergara”? Deixam o “projeto Fiesta” para o ano que vem, quando supostamente estiverem mais tranquilos? Compram um modelo simples, comprometendo menos o orçamento familiar? Ou então arriscam tudo na aquisição do sedan completo, para não perderem a pose?

Na minha humilde opinião, acho que eles devem adquirir o modelo mais simples, exatamente para que quitem o veículo com folga, honrando com dignidade seus compromissos financeiros. A verdade é que estamos em março e as dúvidas ainda continuam. Os “Pevê”, bem como o povo do gueto, estão pensativos: “Vai rolar o Fiesta”?

Obs: Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, fatos, pessoas ou situações terá sido mera coincidência.

Fernando Freitas é funcionário público estadual e escreve às quartas feiras.

6 comentários:

  1. Caro Luciano. Algo muito parecido tbm acontece na familia "PV" e na Familia "P. Venceslau", mas qq semelhança é mera coincidencia. Abraço

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  2. aqui em venceslau o cara mal ganha um salario minimo e já quer posar de bacana tirando um carro zero ou que imprecione financia em 60 meses não aguenta pagar nem sequer 6 meses, depena o carro antes que o banco tome e faz maior escândalo qndo o carro vai pro pátio ou a leilão

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  3. A festa vai rolar, com certeza de acordo com a realidade de nosso povo(municipio), bem, realidade é presente, Pv já foi, todavia não é, e de pose já vimos que ninguém vive mais, ou será que ainda vivem, será?

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  4. e dale faive, festa simples e de acordo com as nossas possibilidades com certeza, chega de dividas façamos o melhor para nossos filhos, sejamos por favor senhores administradores responsaveis.

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  5. eu fico com a opinião da mãe mto mais sensata ja q pode esperar mais um pouko melhor nao arriscar fazendo gastos desnessesario.i

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  6. Acredito que a família do escritor, queria ter um carro da linha Ford, possivelmente um FIESTA.

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