Cultura
A OUTRA VOZ DE KURT COBAIN
Com informações da Assessoria de Imprensa
À frente do Nirvana, uma das bandas de maior sucesso do início dos anos 90, o guitarrista e vocalista Kurt Cobain (1967-1994) alcançou projeção planetária por meio de uma combinação infalível de talento, carisma, rebeldia e propensão ao exagero. Da camisa xadrez de flanela ao cabelo loiro e desgrenhado, da voz rouca e sofrida aos imprevisíveis ataques de melancolia, dos versos poderosos à postura camicase, não houve nada nele que não tivesse reverberado em milhões de jovens ao redor do mundo. O som que saía de sua guitarra e de sua garganta mudou os rumos da música com apenas um disco: o ainda insuperável Nevermind. Longe dos holofotes, no entanto, o jovem nascido numa cidade de lenhadores na costa oeste dos Estados Unidos era frágil, solitário e autodestrutivo – mais um rapaz que, apesar do sucesso, parecia não encontrar seu caminho. É deste lado humano e inquietante de Kurt Cobain que se ocupa o espetáculo Aberdeen – Um Possível Kurt Cobain, escrito pelo jornalista e dramaturgo Sérgio Roveri, que o Sesc Thermas traz para Prudente nesta quinta, dia 24, às 20h45, na Área de Convivência. Os ingressos são grátis, mas como a capacidade do local é limitada é preciso retirar ingressos antecipadamente na Central de Atendimento.
O monólogo, que tem direção do ator José Roberto Jardim, é interpretado pelo ator Nicolas Trevijano, idealizador do projeto. “Depois de participar de várias peças com elenco numeroso, senti que havia chegado a hora de fazer o meu primeiro monólogo”, diz Trevijano. “E a figura de Kurt Cobain sempre me atraiu. Embora ele tenha morrido aos 27 anos, eu sempre acreditei que as angústias, dúvidas e inquietações que ele tinha acompanham cada um de nós, qualquer que seja a nossa idade”.
Aberdeen – Um Possível Kurt Cobain não é um musical e muito menos um espetáculo biográfico. O dramaturgo Sérgio Roveri não se preocupou em passar a limpo a vida do músico, em relato cronológico. “Nossa intenção nunca foi a de simplesmente contar a vida de Kurt Cobain”, diz Roveri. “Procuramos, por meio da liberdade que a ficção oferece, viajar pela mente do músico. Imaginamos o que ele poderia ter dito diante de determinadas situações e, a partir disso, criamos um Kurt Cobain ao mesmo tempo particular e múltiplo”. Aberdeen, nome da cidade americana no estado de Washington onde o músico viveu a infância e adolescência, se passa ao longo dos três dias em que o músico foi dado como desaparecido – até seu corpo ser encontrado na estufa da mansão de Seattle onde vivia.
O espetáculo marca a estreia na direção do ator José Roberto Jardim, integrante da companhia Os Fofos Encenam. “A exemplo do que ocorreu no texto, eu procurei evitar qualquer referência à imagem glamurosa de Kurt Cobain”, diz Jardim. “Em cena, o ator se movimenta ao lado do público, em um relato próximo e confessional, às vezes quase num sussurro. Eu acho que o espetáculo promove uma viagem não ao sucesso de Kurt Cobain, mas ao interior da sua mente”.
Após o espetáculo acontece um bate-papo com Nicolas Trevijano, idealizador, produtor e ator na peça. O intuito é discutir os temas que a peça aborda, como felicidade, solidão, dinheiro, sucesso, família, bem como sobre o desenvolvimento do projeto, que teve como ideia original falar de um homem, Kurt Donald Cobain, mas que também poderia ser qualquer um de nós.
2 comentários:
Por quê esse tipo de iniciativa não chega a Presidente Venceslau?
Infelizmente não há quem resolva o problema da cultura na cidade!
eles tambem poderiam vir aqui ne apresentar esta peça
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