Espaço do Nando
Palavra e credibilidade
Existem ensinamentos que carregamos para a vida toda, uma espécie de legado. Uma das coisas que sempre ouvi do meu pai, é que um homem, deveria honrar sua palavra, e consequentemente, seu nome. Dizia ele que ao firmar um compromisso, o mesmo deve ser cumprido, e se caso acontecesse um infortúnio ou imprevisto, que se procure antecipadamente a parte interessada, explicando e justificando a mudança de planos.
Creio que talvez hoje a palavra tenha perdido o seu devido valor, e é exatamente por isso que atualmente, ao firmar compromissos, principalmente no mundo dos negócios, exige-se a assinatura de “trocentos” papéis, além de alguns fiadores e testemunhas. Ainda com toda essa burocracia e cautelas de praxe, muitos não cumprem com o que foi estabelecido através de um contrato.
Refiro-me a este tema, porque em tempos de eleições, vejo muita gente, de forma até tolerante, afirmar que fazer promessas e não cumprir é uma atitude natural, que automaticamente faz parte do jogo político, sendo que isso me deixa muito preocupado. Houve um tempo, em que se aceitava muito passivamente a ideologia do “rouba, mas faz”. Hoje, apesar da impunidade, mas com uma fiscalização mais atuante, existe uma rejeição maior a esse comportamento, tanto que o principal ícone desta prática, nunca mais se elegeu para um cargo executivo, apesar de conseguir votos suficientes para tornar-se Deputado Federal. Creio que não preciso citar nomes, e todos saibam de quem estou falando.
Durante o período eleitoral, prestem bastante atenção nas propostas, compromissos e promessas feitas nos palanques e nas propagandas. Se o candidato nunca exerceu cargo eletivo, fiquem atentos se tais compromissos não são “mirabolantes demais”, beirando à impossibilidade. Se o mesmo já foi eleito alguma vez, verifique se honrou seus compromissos no período em que exerceu o mandato. Faça esse importante exercício de reflexão e procure qualificar seu voto. Já que a prática de prometer e não cumprir não é condenada pelas leis eleitorais, que esta punição aconteça nas urnas, para que tentemos, aos poucos, colocar um fim nesse comportamento repugnante. Os homens públicos precisam compreender que para se tornarem públicos, é preciso, antes de tudo, ratificar a condição de homem. E para os verdadeiros homens, a “palavra” possui grande relevância.
Fernando Freitas é Funcionário Público Estadual e escreve às quartas-feiras.
3 comentários:
então, eu mesmo quero um dos 500 lotes urbanizados....
Amigão das 17:49. enquanto não regularizar a burrada e falcatrua das casinhas do watanabe não pode dar lotes; deixa o Ernane resolver mais esse problema da ex administração que até o final do outro mandato, alem dos lotes vai vir casas tambem.obs. os apts do Ipanema vem ai para a nossa alegria
ele não sabia que a situação era complicada antes de sair prometendo ?? falou de mais...
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