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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Post do Nando

Espaço do Nando
Carência de mulheres


As vozes femininas Brasil afora reclamam que está faltando homem no mercado. Sinceramente, não sei se a informação procede, até porque o título do texto não tem nada a ver com a oferta e procura de homens e mulheres na busca do par perfeito ou de um relacionamento amoroso. O objetivo deste escrito é fazer menção ao baixo número de pessoas do sexo feminino que resolveram pleitear um cargo público eletivo em nossa querida Presidente Venceslau. Semana passada, tive a oportunidade de averiguar todos os nomes dos postulantes à uma cadeira no legislativo venceslauense. Curioso que sou, e com a ajuda de um amigo, (inclusive o mesmo é ex-vereador); observamos que serão trinta e sete concorrentes mulheres à nossa câmara de vereadores. Levando-se em conta que o total de postulantes é de 116 candidatos, o percentual de candidatas é de aproximadamente 31,8%. Pouco mais do que os 30% estipulados pela lei eleitoral.


Apesar de enquadrar-se na lei, considero o número decepcionante. Digo isso porque o percentual de eleitoras em nossa cidade é de 52%. Portanto, a representatividade do eleitorado feminino, com relação ao número de candidatas, já começa defasada. Se levarmos em conta o número de vereadoras que serão eleitas, muito provavelmente esse percentual de representatividade sofrerá uma diminuição ainda mais significativa.


No mundo atual, as mulheres já não são mais coadjuvantes. São parceiras. Administram lares, empresas, sendo que muitas chefiam sozinhas suas respectivas famílias. Hoje, elas já presidem nações como Argentina, Brasil e Alemanha. Portanto, vejo com certa preocupação o número inexpressivo de candidatas em Presidente Venceslau. Sabe-se do bom trabalho que as venceslauenses realizam no comando de associações, entidades filantrópicas e assistenciais, por exemplo. Adoraria ver um contingente maior de postulantes mulheres ao legislativo, ou até mesmo um nome feminino que fosse, pleiteando o executivo. Quem sabe, se de repente, as urnas nos surpreendam e destinem ao menos metade das cadeiras às mulheres? Seria uma grata surpresa.


Desde já parabenizo as atuais candidatas, desejando-lhes boa sorte. Que a exemplo das senhoras sirva de estímulo, para que daqui a quatro anos, o sexo feminino tenha a representatividade política que merece em nossa cidade. A Câmara Municipal, bem como as casas legislativas de outras esferas do poder público, precisa deixar de ser praticamente um Clube do Bolinha. Equilíbrio é a palavra-chave, afinal, estamos em pleno século 21.


Fernando Freitas é Funcionário Público Estadual e escreve às quartas-feiras.

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